segunda-feira, 23 de abril de 2012

Faxinão!

Estou em fase de faxina geral. Objetos pessoais, trabalho, amigos . Na verdade, em dúvida se a palavra de ordem é reciclagem, faxina ou exclusão... Reciclagem acho que não, pois estou me livrando de coisas que não estou interessada em reaproveitar, então estou a caminho da exclusão!

Pensando no conceito dessas palavras, hoje me deparei com o seguinte texto:

“... o termo faxina merece ser esmiuçado. A palavra tem berço no italiano fascina, feixe de lenha, remetendo ao latim fascis, feixe, alusão ao fascismo, doutrina que faz englobar todo o poder, como num feixe, nas mãos de um ditador – assim sucedeu com Benito Mussolini na Itália. Quando, em tempos muito antigos, alguém tinha que carregar braçadas de lenha para limpar um terreno, enfrentava um árduo trabalho. Foi essa noção de estafante limpeza que deu ao termo faxina o sentido de trabalho cansativo braçal, que, mais recentemente, nos ambientes militares, passou a designar a atribuição do encarregado de fazer limpeza geral na caserna ou no convés de um navio, tarefa que e estende às obrigações de faxineira de uma casa...”(Pioneiro, edição 596, pág19A).

Então, através da evolução dessa expressão, concluo que tenho o poder absoluto, o poder da faxina!

Parece simples, mas é trabalhoso! Estou reorganizando meu lar, minhas escolhas, tentando redirecionar minhas prioridades. Nos últimos dias numa limpeza pesada na minha casa, me desfiz de muitas roupas, brinquedos, objetos de decoração, livros...ufa! E neste processo há uma série de recordações embutidas que imediatamente devem ser banidas ou não, dependendo o grau de apego. É interessante, que de tempo em tempo faço isso e gosto muito, porque penso nas pessoas que estarão recebendo o que para mim não tem muito sentido, e isso é rotina, uma vez que as doações são de praxe (às vezes até exagero e surpreendo meu marido olhando o vizinho vestido com as roupas que até ontem habitavam o seu closet). O que foge a regra é me deparar com minhas memórias, pois desde muito cedo escrevia em diários e agendas, guardando bilhetinhos e papéis de bala. Já me desfiz de muitas cartas, mas das agendas definitivamente não consigo! É como se estivesse colocando no lixo uma parte de mim, que se não tiver este registro pode facilmente cair no esquecimento, pois eu mesma não acredito que era dona daqueles pensamentos ou atitudes. Tudo muito normal, todos temos passado e muitas gavetas misteriosas... Sem contar que também podem ser um remédio com efeito instantâneo para tristeza ou baixa autoestima, uma vez que, tem coisas muito bizarras escritas. E é claro que também não consigo me desfazer dos questionários adolescentes e os papéis de carta... ah, os papéis de carta...

Até aqui tudo bem, pois eu estou decidindo o que vai e o que fica, mas há coisas que fogem do controle e que vão sem que eu quisesse... que se excluem de nossa vida e deixam aquela lacuna. Seguindo sempre a teoria de que temos que transformar as perdas em ganhos, sigo minha faxina com o objetivo de abrir espaço para coisas novas, como renovação de energias ou início de um novo ciclo. Já visualizo algumas sementes, basta apenas aguardar os frutos!


Cláudia escreve esporadicamente e está fazendo muitas faxinas ultimamente!

2 comentários:

elly disse...

hahaha é assim mesmo, na minha ultima faxinona, tirei 2 sacos grandes de desapegos, a gente fica boba né, é super trabalhoso, mas vale muito a pena e tao bom o resultado!
o texto ficou merecedor de premio!
amiga conhece a charmeDALU?
postei fotos da minha bolsa dessa perfeita parceria
ótima semana pra vc
fique com DEUS♥
bjão
www.coisasdeladdy.com

Cláudia disse...

Que bom que gostou do texto, será útil na sua próxima faxina?? Hehehe
Acessarei o site em seguida..

Tenha uma ótima semana também,
Bj,

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