segunda-feira, 25 de março de 2013

“Boa Ventura!” Boa Leitura!


E, finalmente, depois de passar raiva com os “Cinquenta Tons de Cinza”, consegui ler um livro, que também ganhei, muito bom mesmo! “Boa Ventura. A Corrida do Ouro no Brasil (1697-1810)”, de Lucas Figueiredo. Como diz o título, o livro trata do período da descoberta do ouro no Brasil, de como essa descoberta gerou uma verdadeira corrida pelo metal no interior da colônia, e dos resultados para a Coroa Portuguesa. 

O autor é jornalista, e o livro, uma narrativa histórica, muito bem pesquisado, e escrito de forma fácil, tornando a leitura dinâmica. Tem muito mérito, uma vez que o tema é difícil, e são muitos fatos, personagens e datas que marcam a época dos bandeirantes e da mineração no interior do Brasil. 

Além disso, é muito interessante como o autor narra a busca incessante pelo ouro, por parte da Coroa Portuguesa, sabendo da existência de metais preciosos na América espanhola, e acreditando que seu pedaço de terra também deveria ter tais riquezas. No desenrolar da história, observa-se a verdadeira loucura pela descoberta do ouro, o anúncio da descoberta, dois séculos depois da chegada de Cabral ao Brasil, a cobiça pela extração do minério, a conquista pelo território da atual região de Minas Gerais, e, posteriormente em Goiás e no Mato Grosso, os problemas enfrentados pelos bandeirantes, a fome, as doenças, os índios e os animais selvagens, e toda a violência que a corrida do ouro causou. 

Depois disso tudo, vem a cobrança dos impostos pela Coroa, e o consumismo desenfreado da nobreza portuguesa, com seus gastos supérfluos e absurdos. E as dívidas que cada rei deixava para seu sucessor, por haver gasto demais, acreditando que o ouro de aluvião, mais fácil de extrair, nunca iria acabar. O livro mostra o comportamento da Coroa portuguesa, que nunca pensou em diferentes formas de extração dos minérios, nem em investir seu dinheiro em fábricas, em desenvolvimento para Portugal. 

Assim, além de ser uma ótima narrativa histórica, o livro é também uma denúncia ao comportamento consumista, culturalmente arraigado em nossa sociedade, que continua gastando tudo o que recebe, achando que no próximo mês tem mais salário para torrar, num consumismo desenfreado. Vale a pena ler! 





Mini-resumo: Tania gosta de bons livros, com conteúdos interessantes, que acrescentam algo a quem os lê. 

domingo, 24 de março de 2013

O Novo

Aprecio minha condição de ser inacabado.
Aprecio a possibilidade de me transformar todos os dias.
Acredito que uma das melhores coisas da vida é a emoção do novo: um novo olhar, um novo sorriso, um novo abraço, um novo afago, um novo sabor, uma nova música, uma nova paixão.
A descoberta do novo é o que enriquece o caminho.
Não quero me transformar em um "ponto final".
Meu eu é composto de exclamações e reticências...

Déia escreve aos domingos e está sempre de peito aberto para que o novo entre em sua vida.

terça-feira, 19 de março de 2013

Recado do Universo


Hoje acordei às 6 da manhã (leia-se de madrugada), disposta a ir caminhar antes do trabalho. Bom, não tão disposta, pois fiquei 40 minutos exercendo meu direito (e vício) de usar o soneca, e tendo sonhos de 5 minutos cada, sobre estar caminhando, saúde, ver o mar, etc...

Consegui levantar, me vesti de qualquer jeito, acho que prendi o cabelo, catei o cachorro e fui. Uma quadra depois, já me sentindo quase acordada e orgulhosa de mim, chove. Tipo, uma baita pancada de chuva.

Me abriguei num único telhadinho do Grauçá, e ficamos, eu e o Piá, esperando a chuva passar. Aí chega a irmã gêmea separada ao nascer do Piá, a Manjuba! Os dois brincam, se mordem, se derrubam, e eu segurando o Piá, porque senão eles somem pra sempre.

Tento colocar a Manjuba pra dentro de casa, e ela foge quase instantaneamente (perceberam a semelhança com o Piá?), e ela acaba indo pra casa comigo. E, desnecessário dizer, a chuva parou no momento em que entrei em casa.

Resumo: antes do trabalho eu já tinha tomado banho de chuva, de areia, tinha sido arrastada por dois cães malucos na rua, suado e, no final do banho, fui pra rua de toalha tentar ajudar a resgatar a Manjuba que obviamente, fugiu, e tive que tomar banho de novo! Como tinha acordado cedo, fui tomar café em casa e derrubei um vidro de AZEITONAS na geladeira! Limpei tudo, mas é claro que a casa vai ter um cheirinho sutil de azeitonas quando eu chegar.

Sério, Universo, é assim que tu me incentivas a ter uma vida mais saudável?!


Renata entendeu a mensagem: dormir até o limite, tomar banho rápido e sair sem tomar café. Esse é o jeito mais seguro de começar os dias!



terça-feira, 12 de março de 2013

Uma coisa por vez


Às vezes, tenho esse sonho maluco, de poder fazer uma coisa por vez. Sem essa loucura de vida multivariada, multifacetada, que atropela a gente. De novo a sensação de levar caldo no mar bravo, e se preocupar apenas em achar umas oportunidades de respirar. Ficar de pé, por o biquíni no lugar, arrumar o cabelo, tudo isso é secundário. Sobreviver é essencial.

Agora mesmo a vida é um caleidoscópio, que gira sem parar, e mostra um pouco de muitas facetas, hora uma em evidência, hora outra. Cacos e reflexos que vêm e vão num ritmo sem compasso.

Sonho em poder dar atenção e me dedicar às coisas que não são urgências, como tem sido. Em poder amar, trabalhar, conversar, chorar, estudar, seja o que for, plenamente.

Essa sensação é um alerta de que a vida está muito complicada. Bem a sensação de que estou sendo puxada pra baixo, com peso demais. Está na hora de me livrar da bagagem extra, de tudo o que não preciso, e deixar a vida mais leve.

Renata pede que desejem sorte, ela vem exercitando o desapego, mas ainda assim há peso demais.


domingo, 10 de março de 2013

A impermanência da vida...

A vida (felizmente!) é composta de ciclos.

Curiosamente, porém, apesar de sabermos perfeitamente bem disso, estamos sempre tentando (em vão) atingir a suposta permanência. 

Desejamos vorazmente que as coisas permaneçam, que os bons momentos permaneçam e - utopia das utopias - que as pessoas permaneçam.

Raras são as pessoas que permanecem.

A maioria segue seu rumo, esbarrando em tantas outras pessoas, desbravando novos caminhos...

O filósofo grego Heráclito, em meados do século V a.C., já dizia que "tudo flui, tudo se transforma continuamente". Não há nada fixo, nada estático. Estamos em constante devir, em constante mutação.

Ora, soltemos, então, as amarras que nos prendem à ilusória sensação de estabilidade e permanência.

Deixemos livres aqueles que, por ventura, tenham cruzado nosso caminho, para que possam partir rumo ao novo, rumo ao desconhecido.

Abracemos, pois, a vida com toda sua inconstância e instabilidade.


Déia escreve aos domingos e, embora às vezes sinta um pouco de medo, sente-se feliz pela impermanência da vida.

domingo, 3 de março de 2013

Estupidez humana elevada ao infinito

    Parece que estamos chegando, enfim, ao ápice da imbecilidade humana!
    Que me perdoem aqueles que acham cool, mas fiquei simplesmente embasbacada quando um aluno me mostrou um vídeo de uma "dança" que virou febre viral na internet, o "Harlem Shake".
    Ao som da música "Harlem Shake", da autoria do DJ Baauer, e da frase "Then do the Harlem Shake", pessoas fantasiadas (ou não) começam a realizar movimentos frenéticos, aleatórios e descompassados, na maioria das vezes com conotação sexual.
    A suposta "dança" começa com uma única pessoa fazendo tais movimentos nonsense, então surgem mais pessoas para complementar a palhaçada toda. E, a cada dia, mais e mais vídeos dessa porcaria aparecem pela net...
    Juro que fico chocada com a facilidade com a qual as pessoas se deixam envolver e massificar por bobagens como essa...
    E para aqueles que não tem a menor ideia do que é isso que me causou tanto espanto, deixo um video que (infelizmente) foi feito aqui na minha cidade:


 
    E então? Será que ainda é possível piorar?  

    Déia escreve aos domingos e, infelizmente, está começando a acreditar que os imbecis vão dominar o mundo...
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