sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Colorir a alma da gente

Festival Internacional de Folclore acontecendo aqui na minha cidade, Nova Petrópolis. Oportunidade única para conhecer outras culturas, gente diferente e ao mesmo tempo essencialmente igual a nós. Estava há pouco sentadinha ao sol do começo da tarde, curtindo o horário de folga e assistindo algumas apresentações. Todas lindas e contagiantes, mas eis que surge no palco o Grupo Compagnie de Danse Pom’kanel de Martinique. Martinica é uma ilha que fica na América Central e foi colonizada pelos franceses. Isso foi o que aprendi sobre este lugar. Mas existem aquelas informações que os livros didáticos não trazem e que somente nossos olhos são capazes de nos mostrar com perfeição.

Quando eles sobem no palco, a energia se espalha em poucos segundos. Você tem vontade de dançar junto, é impossível ficar parado. Suas roupas coloridas, suas peles negras, são um espetáculo à parte. Dançam o tempo todo sorrindo, transmitem nos olhos o que sentem e o que sentem é inexplicável através de palavras. Desejo que como eu, as pessoas que moram ou estão de passagem por nossa cidade tenham se permitido o prazer de deleitar seus olhos por meia hora que seja, com tamanho espetáculo.

A apresentação por si só, já teria me bastado para muitas horas de alegria ao relembrá-la. Mas como sou daquelas pessoas que gosta de tirar sempre uma lição de tudo o que acontece, cá estou eu, refletindo para saber o que, além do prazer gratuito que a arte proporciona, esta apresentação de dança pode me ensinar.

Aprendi com este povo tão simpático que levar a vida sorrindo realmente é o melhor remédio. Que devemos nos permitir conhecer nosso corpo e usufruir dele da melhor forma, pois é um instrumento de comunicação, ele realmente fala, mesmo quando nos mantemos calados. Aprendi que ser cordial é uma virtude. Que as cores transmitem energia. E, principalmente, aprendi que não importa se falamos o mesmo idioma, a linguagem da música e do sorriso é universal.


Eu, que andava tendo uns dias meio down, estou decidida a sair na rua e puxar papo com um estranho, quem sabe a pessoa maravilhosa que posso acabar conhecendo? Esqueçam vocês também aquele papo de mãe “não vá falar com estranhos”, e falem. Falem com todos que cruzarem seus caminhos, permitam-se! A felicidade não vem para quem fica em casa se lamentando. Ela está na rua, nos lugares e situações mais inesperadas.

Andri escreve às sextas-feiras, vai ali bater um papo cabeça com o primeiro estranho que aparecer e já volta

Créditos da Imagem: Mauro Stoffel

Um comentário:

Inaie disse...

Conheci pessoas maravilhosas em fila de banco!

:-)

Fiquei com vontade de ir á Martinica!

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