Hoje, para mim, ela vem da permissão de me abrir para receber.
Da disponibilidade em crescer interdependentemente e em comunhão.
De olhar para meu sentir.
Da humildade em olhar para mim, para minha história, meus hábitos, atos, comportamentos que não fazem mais sentido para o que desejo viver.
De me libertar de velhos padrões.
De quebrar velhos ciclos ancestrais, honrando-os, mas escolhendo fazer diferente e seguir por novos caminhos.
De me conectar com meu coração, com meu corpo, perceber o mundo.
De mergulhar em mim, no meu mundo intuitivo, no meu espaço sagrado.
De me preencher inteira de pai e de mãe, tomar de canudinho e me lambuzar inteira com essa vida que me foi dada de presente por Deus, através deles.
Vem da força do silêncio, da força de gerar vida, da força de colorir a vida em preto e branco.
De conseguir comunicar de forma vulnerável e permissiva: necessidades, desejos, sentimentos e problemas.
Hoje , para mim, a minha força vem da minha capacidade em pedir ajuda, e não de fingir que eu não preciso de ninguém e de que dou conta de tudo sozinha.
De me abrir para receber do outro e da vida.
De não mais emburrar e fechar meu coração, mas ter a maturidade de conseguir lidar com meus problemas relacionais e virar a grande chave de não me manter mais como vítima inocente diante deles. Entender que às vezes preciso “sujar minhas mãos” e sair da inocência ou abrir mão da razão, para estar nas relações.
De também me responsabilizar pelos meus atos e ter humildade e clareza para dar os passos necessários para compensa-los.
Por muito tempo eu acreditei que minha força estava dentro de armaduras: da super mulher, da Mulher-Maravilha e guerreira, com minhas bandeiras erguidas e armas em punho.
Hoje sei que minha força habita onde há beleza, leveza, onde há lastro emocional sustentado.
A minha força hoje habita na minha capacidade de ser feliz, de ser leve e fluir e estar presente no AQUI AGORA da vida.
Para mim, esse tem sido o verdadeiro segredo do feminino, minha verdadeira força de mulher.
Gabriela Lima, mulher, amazônida, aos 41 anos se (re)descobrindo mulher.
Um comentário:
Texto que mexe com a gente. Desperta um novo olhar. A vontade de se autoconhecer. Tentar se redescobrir e entender quem realmente eu sou.
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