segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A primeira vez a gente nunca esquece


E pela primeira vez, lá se foi, Anastácia a um jogo de futebol. Não dos maiores, mas também não menos significante, foi a um jogo do time de sua cidade, para ela, por si só, interessante.

No início, não disse ao que veio, ou melhor dizendo, não lhe causou nehuma reação realmente expressiva. Contudo e com a chegada do segundo tempo, tudo se transformou. Uma vez que seu time, ou seja, aquele recém adotado, estava perdendo, quase, deslavadamente, e para completar os jogadores pareciam espantalhos que se jogavam ao chão. Anastácia sentiu uma vontade súbita de gritar. E gritou.

De nada adiantou, é claro, pelo menos não para o time, mas para ela, foi, simplesmente, ótimo. Uma sensação incrível poder chamar de PALHAÇO os que estavam se fingindo de machucados, de PERNAS-DE-PAU aqueles que nem corriam mais e nem fingiam que corriam, e de muitas outras coisas que para ela eram mais do que justificáveis.

É, para Anastácia, mesmo tendo perdido, ganhou - um alívio danado.

Silvia escreve às segundas, às vezes bem atrasada.

Um comentário:

Isaac Reis disse...

Sílvia,

Há algum tempo acompanho a sua escritura e ela cada vez mais me surpreende. Adoro a leveza e as cores que consegues vestir nas palavras.

Aliás, a tua escritura é exatamente o que descreve o teu perfil.

Beijo grande

IR

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