Revi o filme “De Repente 30” pela enésima vez, e, a cada vez, penso mais e mais em como nos esforçamos para nos tornarmos o que queremos que os outros querem que sejamos, mas não o que realmente queríamos ser. A gente se veste, se alimenta, se comporta de acordo com o que a mídia, a moda, os amigos, os inimigos, a família, os desconhecidos ditam. Calçamos sapatos desconfortáveis, que machucam os pés, porque são de marca, de estilo. Nos vestimos com roupas caras, que muitas vezes nem se parecem conosco, só porque a moda assim nos impôs.
Além disso, assistimos a filmes que não entendemos, ou que não gostamos do estilo da direção, ou do roteiro, mas ainda assim os vemos, e comentamos, porque é chique ser cult! Comemos uma refeição caríssima, num restaurante badalado, que mal nos alimenta, ou vamos ao extremo, e tentamos fazer regimes, nos alimentando pouco, para termos um peso que não condiz com nossa estrutura corporal.
Qual é o problema de calçarmos algo bonito, sem marca de grife, que seja confortável? E de vestir uma roupa que nos faça sentir bem, sem precisar ser de um estilista famoso? Qual o problema de vermos um filme pipoca, como o “De Repente 30”, e aprendermos mais com ele do que com um filme noir? Qual o problema em comermos bife com batata frita, e nos sentirmos felizes, como quando éramos crianças, e isso era tudo o que queríamos?
Acho que o mundo seria mais simples se agíssemos como acreditamos que seria melhor, mas teimamos em quere parecer o que não somos. E isso nos faz sofrer. Ainda tento ser como eu imaginava que seria quando era criança. Mas, às vezes, é ainda mais difícil, pois há muita gente que se importa mais comigo do que consigo mesma. E essa gente fala demais, insiste demais em me mudar, e impõe que meu modo de ser, meus valores, devem ser mudados, pois está tudo errado. Oh mundinho complicado, sô!
Tania resolveu se preocupar com sua saúde, pois, com sua vida tem muita gente se preocupando.
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