Chamou o vento para me acalmar e mais uma vez ele me sussurrou - vai menina, vai adiante que nesse mundo você já viu muito pior e muito melhor
Entrei no mar que não se acalmava e me senti uma
Sem alacançar o chão me deixei levar até chegar a céu e mar adentro, unos
Olhei pros lados e nada reconheci, apenas mar e céu, num azul profundo
E chorei mais uma vez por nós, pelos outros, por mim
Outra vez a deriva de meus sonhos e sentimentos
Outra vez me sentindo tão sozinha, a espera de um abraço, um sorriso, quem sabe até um beijo
Mas o mar me levava pra longe e fomos nos deixando separar
E por lá eu fiquei, me tornando elemento da própria água, cheia, escura, agitada
E esperei com o coração confuso e dolorido que no dia seguinte a maré se acalmasse
Que no dia seguinte eu ainda estivesse lá
Silvia escreve as segundas.
Um comentário:
Lindíssimo post, Sílvia!
Fiquei até arrepiada...
Bjs!
Déia
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