segunda-feira, 16 de maio de 2011

Apego

Janeiro de 2007, olhei meu caderninho de contas pela enésima vez, constatei o que já sabia, todo o pouco que recebia com aulas particulares escorriam pelos meus dedos em coisinhas que não precisava realmente. Por vezes comprava livros e CDs, mas no geral a futilidade reinava. Somei tudo o que ainda deveria pagar e fiquei abismada. É incrível como é fácil gastar. Não sabia ainda que também não era tão difícil como pensava, economizar. E resolvi comigo mesma que iria abrir uma poupança e zerar meu cartão de crédito para comprar algo melhor pra mim. Resolvi comprar um computador.

Quase um ano se passou após minha decisão e no fim de 2007 viajei com minha mãe, já com o dinheiro para comprar o bendito. Comprei-o logo no primeiro dia, guardamos no cofre do quarto do hotel e na volta para casa, descobri em São Paulo que minha bagagem havia sido violada e que o meu querido foi roubado.

Após um ano e meio de busca de provas do que ocorrera, conseguimos receber da companhia aérea o valor do computador aqui no Brasil, que era bem mais caro, claro, com correções, juros e tudo mais. Viajei novamente e comprei um segundo computador, que está comigo até então.

Três anos se passaram, uso o pequenino pra literalmente tudo, trabalhos, escola, aulas, fotos, meu site, todos os texto do blog, documentos de viajem, em fim tudo. Sei que está na hora de comprar uma memória externa, mas ainda não o fiz. E esse fim de semana, pela primeira vez de sua existência comigo, ele teve que ir ao "médico". E percebi como sou apegada a ele, minha primeira compra significante.

Silvia escreve às segundas, hoje aguardando ansiosa o retorno do seu pequenino.

Um comentário:

Inaie disse...

engracado como a gente se apega a eles mesmo, ne? troquei o meu recentememte, mas com uma dor no coracao pela "traicao"...

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