A menina peregrina constantemente em busca da alegria.
Ela gosta de bom-humor, de brilho no olhar, de sensualidade, de alegria de viver...
A raiva, a inveja, a falsidade e a dor de cotovelo lhe inspiram repulsa.
Mas o que a menina detesta mesmo é o sofrimento opcional.
Aquele phátos insano pela própria dor.
Aquela mania doentia de se agarrar desesperadamente à dor na tentativa de prolongá-la ao máximo.
Aquela espécie de orgulho mal disfarçado de quem bate no próprio peito e brada dramaticamente: "Oh! Pobre de mim! Vejam como sofro! " .
A menina sente profundo desprezo por pessoas assim.
É claro que a menina não está sempre alegre.
Tampouco está sempre bem-disposta.
A menina, às vezes, simplesmente não está. . .
Contudo, a menina sabe que existe dor.
Sempre existirá.
E não vê problema algum nisso, pois compreende a dor como parte intrínseca da sensibilidade de estar viva.
E a menina jamais se furta à dor.
Ao contrário.
Se há que doer, então que doa intensamente!
E a menina abre-se tal qual botão em flor para acolher a dor.
E sente.
E chora.
E sangra.
Mas a menina jamais se apega à dor.
Ela permite que a dor se vá antes que se transforme em sofrimento.
E então a menina se renova.
E recomeça.
E caminha.
E corre.
E voa...
Déia escreve aos domingos e sente imenso prazer na plenitude de se entregar à vida.
Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.
4 comentários:
Perceber tudo isso é crescer
E crescer dói
:)
E a gente sangra, se rasga, se renova, reencontra a felicidade, recebe visitas de utras dores, e a gente chama isso de VIDA
Toda minha e eu só tenho uma...
Déia, a menina é o próprio exame de eletro (cáfalo/cardíaco), picos extremados que palpitam ritmos. Carecemos deles.
Abç da Luh
Luh, querida, que linda síntese da Menina... "picos extremados que palpitam ritmos"...
Obrigada pelo carinho, amada.
Bjs!
Déia
Olá Déia! Já que estás a voar, que seja como uma nuvem branca, então!
Um abraço,
Sérgio
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Que seja apenas um gesto de amor que você compartilha
E um convite ao amanhecer pra ver a luz da vida
Ser Nuvens Brancas / O Ir o Vir / Um caminho sem caminho
Ser Nuvens Brancas / Sem nenhuma raiz / Uma trilha sem trilha
O caminho das nuvens brancas celebrando o momento
O caminho das nuvens brancas neste exato momento
Flutua por aí / Flutua por aqui / E a vida está contigo
Viver seu movimento / É ir além do tempo / É estar tão bem / Tão vivo
Não há luta / Não há meta / O Agora é seu lugar
O caminho das nuvens brancas neste exato momento
Flutua por aí / Flutua por aqui
E a vida está contigo
Viver seu movimento / É ir além do tempo
É estar tão bem / Tão vivo
Sem luta / Sem abrigo
Nuvens Brancas
Nuvens Brancas
Nuvens Brancas
Nuvens Brancas
(Osho, O Caminho das Nuvens Brancas)
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Sérgio, querido, coisa mais linda esse poema de Osho! Aliás, tudo o que Osho escreve é um estínulo à alegria de viver. Adoro! Grata, querido! Abraços, Déia.
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