Desde que tomei a feliz decisão de fazer doutorado, tenho ido a Porto Alegre aos domingos, para ter aulas durante as segundas e terças feiras. Até então essa decisão tem me deixado bem feliz, mas me faz passar por alguns percalços. O dessa semana colocou seriamente em risco a vida da minha Poliana interior. (Quem não conhece, leia: http://drepente30.blogspot.com/2010/11/o-jogo-do-contente.html.)
Domingo à tarde, pego o ônibus e vou para a Capital. Viagem tranquila, em duas horinhas tava lá. Cheguei à noite, com chuva, frio, e o centro de Porto Alegre num domingo à noite não é exatamente turístico.
Fui para o quarto, que é coletivo, e havia duas senhoras nas suas camas, de pijama, óculos e rolos na cabeça. Visualizem, que fica bem engraçado. Muito queridas, pediram desculpas antecipadamente porque iriam sair e chegar tarde, talvez me acordassem. Umas fofas.
Já eram quase nove horas e pensei: buenas, vou jantar no restaurante do hotel. Desci e estava fechado. Enquanto eu jantava barrinha de cereal no quarto eu devia ter pressentido que as coisas não estavam se encaminhando muito bem.
Mas esse pensamento foi interrompido quando chegou mais uma companheira de quarto. Devia ser prima da Barbie ou algo assim. Sabe aquelas pessoas adultas que falam como criança? Eu achava que ela tinha falado comigo como criança, mas aí eu fiquei sem adjetivo para descrever como ela falou com o namorado pelo celular. Talvez tenha sido como uma criança imitando uma criança.
Dos males o menor. Ela só foi ficar irritante quando acordou às 5 e meia da manhã e levou uns 45 minutos para se arrumar e sair, num show de som e luz.
Logo depois levantei , me arrumei e saí, com aquela cara de mal jantei e mal dormi. E ainda por cima indo pra aula de estatística sabendo que haveria devolução das provas e que levei bomba.
Claro que choveu o tempo todo até eu pegar o ônibus. Claro que o tal ônibus lotou e não consegui sentar, fiquei os 40 minutos do trajeto de pé.
Mas até esse ponto, minha Poliana interior ficava falando aquelas merdas de sempre: Ah, mas pelo menos alguém se ofereceu para segurar tua mochila. Blablabla.
Cheguei no campus e o inimaginável aconteceu: não tinha aula!
Isso mesmo, não tinha aula! O professor decidiu, no domingão, cancelar a aula pois muitos alunos estariam num simpósio, informação essa que ele já sabia há dias. E a tonta que viaja pra ver a aula, não viu o e-mail. Aproveito para agradecer aos colegas que não me avisaram, é sempre um prazer fazer essa peregrinação à toa.
A essa altura, a Poliana estava escondida no sótão, bem quietinha, com medo de que esse fosse seu último dia de vida.
Tentei, ainda, tornar o dia útil. Fui para o laboratório começar o seminário sobre meu projeto que estava, adivinhem onde? Em Caxias, no note que eu mandei formatar!!!!!!!!!! E a Poliana muda.
Respirei, peguei minhas coisas, e fui para o centro carregar o cartão do ônibus. Um dia assim não poderia piorar, mesmo.
Piorou. O banco estava sem sistema, caminhei horrores para achar outra agência, na chuva. Andei horrores para ir carregar o cartão (algo que numa cidadezinha como Caxias se faz até na farmácia) na chuva.
E fui pro hotel, para que nada de mal me acontecesse mais. Eram 11 e 30 da manhã! Se algo mais desse errado, eu MATAVA a Poliana de vez, porque é impossível jogar o jogo do contente nesses termos.
Domingo à tarde, pego o ônibus e vou para a Capital. Viagem tranquila, em duas horinhas tava lá. Cheguei à noite, com chuva, frio, e o centro de Porto Alegre num domingo à noite não é exatamente turístico.
Fui para o quarto, que é coletivo, e havia duas senhoras nas suas camas, de pijama, óculos e rolos na cabeça. Visualizem, que fica bem engraçado. Muito queridas, pediram desculpas antecipadamente porque iriam sair e chegar tarde, talvez me acordassem. Umas fofas.
Já eram quase nove horas e pensei: buenas, vou jantar no restaurante do hotel. Desci e estava fechado. Enquanto eu jantava barrinha de cereal no quarto eu devia ter pressentido que as coisas não estavam se encaminhando muito bem.
Mas esse pensamento foi interrompido quando chegou mais uma companheira de quarto. Devia ser prima da Barbie ou algo assim. Sabe aquelas pessoas adultas que falam como criança? Eu achava que ela tinha falado comigo como criança, mas aí eu fiquei sem adjetivo para descrever como ela falou com o namorado pelo celular. Talvez tenha sido como uma criança imitando uma criança.
Dos males o menor. Ela só foi ficar irritante quando acordou às 5 e meia da manhã e levou uns 45 minutos para se arrumar e sair, num show de som e luz.
Logo depois levantei , me arrumei e saí, com aquela cara de mal jantei e mal dormi. E ainda por cima indo pra aula de estatística sabendo que haveria devolução das provas e que levei bomba.
Claro que choveu o tempo todo até eu pegar o ônibus. Claro que o tal ônibus lotou e não consegui sentar, fiquei os 40 minutos do trajeto de pé.
Mas até esse ponto, minha Poliana interior ficava falando aquelas merdas de sempre: Ah, mas pelo menos alguém se ofereceu para segurar tua mochila. Blablabla.
Cheguei no campus e o inimaginável aconteceu: não tinha aula!
Isso mesmo, não tinha aula! O professor decidiu, no domingão, cancelar a aula pois muitos alunos estariam num simpósio, informação essa que ele já sabia há dias. E a tonta que viaja pra ver a aula, não viu o e-mail. Aproveito para agradecer aos colegas que não me avisaram, é sempre um prazer fazer essa peregrinação à toa.
A essa altura, a Poliana estava escondida no sótão, bem quietinha, com medo de que esse fosse seu último dia de vida.
Tentei, ainda, tornar o dia útil. Fui para o laboratório começar o seminário sobre meu projeto que estava, adivinhem onde? Em Caxias, no note que eu mandei formatar!!!!!!!!!! E a Poliana muda.
Respirei, peguei minhas coisas, e fui para o centro carregar o cartão do ônibus. Um dia assim não poderia piorar, mesmo.
Piorou. O banco estava sem sistema, caminhei horrores para achar outra agência, na chuva. Andei horrores para ir carregar o cartão (algo que numa cidadezinha como Caxias se faz até na farmácia) na chuva.
E fui pro hotel, para que nada de mal me acontecesse mais. Eram 11 e 30 da manhã! Se algo mais desse errado, eu MATAVA a Poliana de vez, porque é impossível jogar o jogo do contente nesses termos.
Renata chegou em casa sã e salva, só levemente irritada. A Poliana manda avisar, por mímicas, que passa bem, pois não tem coragem de abrir sua boca ainda.
6 comentários:
Já passei por dias assim , onde tudo aconteceu, mas nada que facilitasse minha vida e a coisa só piorava. Num eu resolvi ir dormir pois tava com medo de não conseguir terminar o dia. Mas no outro eu liguei pra minha mãe e a convidei pra almoçar, fomos pra um restaurante, pedi vinho, desliguei o celular e comemorei o fato de apenas respirar naquele fatídico dia.
Beijos,
Selma.
Não mate a Poliana, Rê!! Ela só se enganou um diazinho hihi
Selma e Laeticia! Por enquanto ela está viva, e acho que preciso dela para encarar a vida de forma mais leve. Mas tem dias em que não é fácil, né?
Beijos!
Dias assim são importantes para exercitar a paciência negrinha... vai se esforçando aí que vc ganha estrelinhas.. beijos.. Paulinho
ou eu tenho justificativa!!! eu não tinha como falar com você já que se eu falasse com vc logo vc estaria na net e teria visto o email rs
mas foi engraçado o seu depoimento, pelo menos agora vc tem o resto do ano de dias sem azar rs
Eu vou ler a Poliana, já volto!
;)
http://umgurientregurias.blogspot.com/
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