quarta-feira, 1 de junho de 2011

Destruir para recomeçar


Tem dias que a gente acorda com vontade de brincar de destruir coisas. Jogar uns pratos na parede, esfregar lama em obras de arte, desmanchar as linhas retas da arquitetura careta. Cortar os cabos que conectam as tomadas, desligar a energia central. Deixar no escuro toda a mentira que brilha às três da tarde. Arremessar pedregulhos nas vitrines humanas e fazer sangrar a verdade que cada um esconde no peito. Mas acho que não conseguiria queimar todos os livros de poesia, arranhar os discos e quebrar a vitrola.


Mariana escreve esporadicamente num constante processo de desapego e transformação; e acha que todo mundo deveria assistir o filme Clube da Luta.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eita que texto maravilhoso!
Já fiz isso. Já destruí coisas pra recomeçar. Já enterrei pessoas pra deixar nascer novamente o amor por outra. E enterrei mesmo! Fiz funeral e tudo, fiz um buraco no chão e enterrei nome, presentes que ganhei e tudo mais o que me lembrasse. Garanto que o ritual de quebrar tudo e refazer , enterrar ( seja como fiz,rsss) ou apenas na memória dá resultado satisfatório na alma.

Selma.

Andréia B. Borba disse...

Adorei o texto!
concordo com vc... O Clube da Luta deveria mesmo ser visto por todos...
Bjs!
Déia

Lila disse...

hahahaha, morri de rir ao relembrar as coisas que ja quebrei e dos comentarios de pessoas que nao sao passionais, que nunca quebraram nada.
A quebra e uma catarse, um recomeco, uma limpeza. As vezes e preciso.
Adorei!
Beijos

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