segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Dos desafios

Fui “desafiada” por minha amiga de Blog a escrever sobre os desafios da mulher entre 30 e 40 anos nos dias de hoje.

Eu não sou jornalista. Não sou acadêmica. E não estamos aqui para fazer parte de pesquisas. 

Acredito que sempre, nós humanas, seres vivos habitantes deste planeta, deste país, estaremos vivendo um momento político e econômico que influenciará nosso comportamento social. Mas deixaremos isso para os cientistas daquele universo. Estou aqui para falar de amenidades...de “umbigo”. Estou aqui para falar da minha síndrome de Cinderela. Da minha falta de jeito com a maternidade. Do que acho. Do que consegui abandonar pelo caminho e de outras bagagens que se somaram ao peso que carrego por ser humana. E mulher. E mãe. E profissional.

E do que aconteceu nesse período que estive ausente. 

Para falar um pouco de como é difícil arrumar um tempo sozinha em casa para escrever, descrevo a cena: Estou ainda na mesa de café da manhã, em um domingo que, finalmente, consegui ficar em casa com minha filha de 4 anos. Até agora só escrevi essas poucas linhas, pois a cada 5 minutos ela, que está aqui por perto, assistindo ao filme Frozen, me interrompe. E por mais que eu tenha pedido para “deixar a mamãe trabalhar um pouquinho”, ela não atende. Então, daqui a pouco vou ficar culpada e largar todo o resto para brincar de Barbie.

Sei que essa deve ser a realidade de muitas e muitas mulheres que criam seus filhos sozinhas. Ou até pior. Eu sei que sou privilegiada mas faço parte dessa estatística. Sou mãe em tempo integral e ela tem um pai de 15 em 15 dias por 2 dias. Um pai amoroso sim. Um querido que conquistou o amor da minha filha. Mérito todo dele. Ela simplesmente é apaixonada por ele.

Eu amo muito ser mãe. A maternidade é sim um desafio prazeroso. E tem sido assunto que deu “panos pra manga” nos últimos dias. Eu poderia escrever todas as delícias de ser mãe e também todas as amarguras. Mas eu só tenho a dizer uma coisa: é uma experiência pessoal. Assim como o casamento. Assim como um grande amor. O grande amor…

O último ano foi o mais desafiador. Muito além da maternidade. Uma experiência de expansão de tudo o que eu entendia por amor. Escrevi muito sobre, enquanto passava por aquilo. Mas eram desabafos não confessáveis. Quem precisava escutar, sim, escutou. Digeriu. Retribuiu. E foi embora de novo. Não. Não foi embora. Está aqui. Para sempre. Foi esse o resultado. Amor é nosso. O sentimento. Ele não aprisiona. Ele não precisa de status. Ele só precisa aquecer o coração. Sabe, aquele calorzinho no peito… Sim. Eu amo essa pessoa e isso não vai mudar mesmo que sua vida tenha uma distância física, conceitual e circunstancial da minha. Sei que ele levará com ele a parte confessa deste sentimento por toda a sua vida. E eu cuidarei que a minha parte nunca se acabe, pois ela me faz bem. 

E assim, 2015 terminou com muitas lágrimas mas 2016 começou leve. Muito amor pra ser compartilhado. Muita luz e paz de espírito. Independente da situação política e econômica do mundo, o mundo particular é o que você faz dele.

LorisB. aceitou o desafio e trouxe suas experiências do ano de 2015...que não foi fácil pra ninguém! Mas acredita que com um pouquinho de boa vontade a gente faz um ano melhor.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...