Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Morte
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Constante
Já faz tempo que não te escrevo. Esse mesmo tempo insiste em passar, as angústias se tornaram brandas, sol e lua jogando como numa brincadeira de criança. Essa constante mudança que invade os pequenos cômodos, às vezes deixa um silêncio. Ecos de pensamentos sem resposta, sem retorno… Pois é! Nem tudo tem volta e se o novo sempre vem porque permanecer sendo o mesmo?
Vejo que a mudança reside em ti também, de partes tuas não sei mais e em partes talvez nem você saiba. Talvez meu presente fosse teu passado te aprisionando num ser que já não mais queria, não mais podia ser. Essa impossibilidade era do desejo pelo novo, a mudança necessária. Pode ser que a gente precise que as coisas mudem antes de nós, pra que haja o impulso, a força que em horas falta.
Talvez a saudade seja a única constante.
Mariana escreve esporadicamente e ainda sente saudade.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sobre Amizade
Definir amizade é uma das tarefas mais difíceis que conheço. Pelo menos, é difícil para mim. Posso sentir amizade de formas diferentes, por pessoas diferentes, mas não sei como definir esses sentimentos. Tenho grupos de amigos em cada turma que freqüento. Tenho os amigos de infância, de colégio, de faculdade, do local de trabalho, na família, amigos que não fazem parte de nenhum desses grupos, etc.
Acredito que com a maioria das pessoas seja assim. Muitos grupos desses amigos nem sequer conhecem os outros grupos. Há, mesmo em cada grupo, aqueles amigos mais íntimos, que conhecem melhor a gente; e aqueles que são mais distantes, mas não deixam de ser amigos por isso.
Entretanto, um ponto comum em todas essas amizades, que tenho observado, é que o amigo aceita a gente como a gente é. E a gente aceita os amigos como eles são. Não importa o quanto cada um seja diferente, com hábitos, atitudes, crenças, preferências, conhecimentos e sentimentos diferentes; quando existe amizade, existe aceitação e troca de experiências.
Eu tenho amigos que discordam de mim
Por isso, recomendo a todos que pensem sobre essa característica da amizade, e procurem valorizar ainda mais os amigos, principalmente os que são mais diferentes de nós, pois é aí que vemos o milagre da amizade.
Tania acredita na amizade, mas de uma forma mais antiga, daquela sem cobranças, sem interesses, sem imposições, com aceitação das diferenças.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
A preguiçosa
Devagar e com certo gosto
Ela leva a vida à La Zeca Pagodinho.
Ronrona, se enrola, suspira
E se espreguiça no sol.
Devagar e com bom gosto,
Escolhe o que quer fazer
E com quem se dá.
Inocente, não entende a pressa
De leve, dá de ombros
Com ar de desgosto
Pra quem não a entende
E sorri.
Tem preguiça de se irritar.
Do alto dos seus 30 anos, suspira e pensa:
Talvez tenha chegado na metade de minha vida.
Aff, que preguiça de viver mais tudo isso...
Renata pensou muito em uma amiga para escrever esse texto. E tem sentido muita preguiça ultimamente. Preguiça de gente superficial, invejosa, egoísta, chata... Preguiça de muita gente, mesmo!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Maré alta, maré cheia
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Coisas que aprendi com a vida...
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Querer mais. Mais querer.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
A invejosa
Perdida na sua imensa pequenez
Nem sabe mais por onde sair...
Enxerga o mundo com olhos semi-cerrados
Pela inveja.
Cinza e borrado lhe parece,
Ameaçador lhe soa,
Respondendo às suas 4 pedras nas mãos.
Sua frio, desacorçoada
Pois todos querem roubar seu lugar:
O pedestal.
Renata sabe que todas nós temos um pouco de cada pecado em nós. mas se admira com pessoas que se entregam a eles, de forma que se tornam sua essência.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Coisas que só as mulheres entendem:
- Sentir-se super-mega-hiper poderosa só porque está usando um batom vermelho...
- Deitar na cama, quase sem respirar, para conseguir fechar a calça jeans...
- Comprar um sapato um número menor do que o que você calça só porque era lindo de morrer e estava em promoção e passar a festa toda sentada porque está morrendo de dor nos pés...
- Ficar se olhando no espelho para ter certeza que o seu "bigode" não está maior do que o do seu namorado só porque não teve coragem de depilar o buço com cera quente...
- Comer só uma salada no primeiro encontro para ele não pensar que você é gulosa e, ao chegar em casa, assaltar a geladeira ...
- Olhar aquelas modelos lindas nas revistas e pensar que com grana e com a ajuda do photoshop qualquer baranga vira cinderela...
- Fazer a dieta da lua, do abacaxi, de south beach, dos pontos (e, algumas sortudas, até dieta de engorda!) etc. só para ficar linda em uma roupa...
- Ficar soprando ar no próprio pulso só para testar se o hálito está ok antes de encontrar aquele paquera...
- Fazer alguns agachamentos e alguns exercícios para glúteos antes de vestir o biquíni porque leu em alguma revista feminina que isso dá uma disfarçadinha momentânea na celulite...
- Olhar-se no espelho e, de tão branca, sentir-se "vestida de gesso" em pleno verão, besuntar o corpo todo com autobronzeador e ficar parecendo uma dálmata de tantas manchas (esse, inclusive, é o meu caso agora...:-/ afff...) ...
- Receber um elogio, ficar super satisfeita, mas fingir cara de humilde e dizer "Imagina, são seus olhos..."...
- Passar horas se arrumando no cabeleireiro, fazer manicure, pedicure, depilação completa, esfoliar e hidratar o corpo todo, maquiar-se, ficar horas escolhendo a melhor roupa... só para ele lhe achar linda e você poder fazer aquela cara de "nasci assim"...
- Passar o dia comendo praticamente só alface e se matar na academia só porque está com a consciência pesada pela comilança do fim de semana...
- Ficar sorrindo que nem uma imbecil na frente do espelho só para ver o quão aparente estão as ruguinhas nos cantos dos olhos...
- Ficar feliz por não ver ruguinhas nos cantos e sair por aí observando a cara das amigas para ver se elas tem (e ficar intimamente feliz - embora jamais vá admitir isso - se elas tiverem rugas e vc não!)...
- Ficar deprimida por ver as tais ruguinhas e gastar horrorres num anti-rugas que promete milagres...
- Achar que seu dia será uma droga só porque não conseguiu ajeitar o cabelo...
- Aguardar ansiosamente o telefone tocar e depois esperar para atender só para não parecer ansiosa demais...
- Descobrir, no meio de uma festa, que sua meia calça está com o fio puxado e que você não tem uma de reserva na bolsa...
- Ser pega em flagrante na frente do espelho tentando separar com um palito de dentes os cílios que ficaram grudados por excesso de rímel e depois ter que ficar aguentando piadinhas sobre isso...
- Ter que pendurar a bolsa no pescoço, segurar a porta com uma mão e ainda ter que ficar em posição de agachamento só para conseguir fazer xixi em um banheiro público...
- Tentar, bravamente, estacionar em uma ladeira, no meio de dois carros, olhar para o lado e ver um bando de babacas se matando de rir do seu esforço e pensando "Só podia ser mulher"...
- Receber uma promoção ou um aumento no salário e ouvir alguns colegas comentando maldosamente "fez um agradinho p/ o chefe p/ conseguir isso, é?"...
- Ir ao ginecologista e fazer "cara de paisagem" enquanto ele lhe examinha...
- Comprar alguma coisa da qual você não precisava só porque estava em oferta e você NÃO PODIA perder essa oportunidade...
- Usar meia-calça cor da pele por baixo de uma calça jeans branca para disfarçar a celulite...
- Espremer-se dentro de um modelador apertado só para que nenhuma gordurinha apareça quando estiver usando aquela roupa mais justinha...
- Sentir-se um urso panda por conta das olheiras após uma noite mal dormida...
- Jurar que aquela pessoa que fez fiasco depois de beber umas e outras não era vc e sim sua irmã gêmea...
- Ver o seu ex (namorado, marido, ficante etc.) com outra, analisar a moça de cima a baixo e pensar, satisfeita "Credo! Que baranga! Eu sou mais eu"...
- Deixar de pedir sobremesa no restaurante porque está de dieta, ficar roubando a dos outros, e se enganar achando que porque a sobremesa não é sua você não vai engordar...
- Ficar se sentindo uma tábua de passar se está magra demais ou ficar se sentindo um botijão de gás se está acima do peso...
- Ficar nua na frente do espelho para procurar estrias e celulites e respirar alviada por perceber que não há nenhuma "visitante nova"e que só as de sempre estão lá...
- Sentir cólicas, dores nos seios, nas costas, na cabeça, ficar sensível, irritável e ainda ouvir um homem dizer que TPM é só frescura... (Que ódio!)
E que atire a primeira pedra a mulher nunca passou por pelo menos uma dessas situações...
Déia escreve aos domingos e acha divertidíssimo encarar com bom humor essas coisas que só mulher entende...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A Volta
Trouxe na mala meia-dúzia de roupas usadas e um tanto considerável de seu coração quebrado. E se deu conta do estrago que a distância havia feito. E pro resto da vida lembraria de todo aquele vácuo que lhe tomava o peito. Dos sorrisos que não foram dados, das mãos que não se entrelaçaram, das danças que não foram dançadas, das músicas que não foram tocadas… E de toda aquela falta de vida, o que mais a machucava era pensar que os outros viviam agora no seu mundo de sonhos. Um a um no tempo em que tudo era. E já não é mais. Porque não tem mais volta, entende? O que não se viveu não há mais. Nunca mais. Porque ausência não constrói memória.
Mariana escreve esporadicamente e está num complexo processo de tentativa de retorno à vida real.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Do início do fim
domingo, 6 de fevereiro de 2011
A magia do teatro
Desde a Grécia Antiga o teatro exerce enorme fascínio sobre as pessoas.
Por vezes conseguimos “nos ver” nos atores e nas situações dramáticas ou cômicas que eles vivenciam...
Eu sinto, às vezes, como se os sentimentos que vivem nos abismos mais profundos do meu ser fossem escancarados no palco e “me olhassem nos olhos”, como a me desafiar a lidar com eles...
Cada peça a que assisto, é um encontro comigo mesma, um encontro com algo escondido em algum recôndito de mim...
Simplesmente AMO teatro!
E, no último sábado de janeiro, fui ver a peça: “Se meu ponto G falasse” (sucesso há quase 15 anos!) e fiquei deveras impressionada...
Desde a insana ansiedade pelo “princípe encantado” até o inevitável encontro consigo mesmas (encontro, este, a que todas nós somos submetidas mais cedo ou mais tarde), duas amigas, Bia (Patsy Cecato) e Ana (Heloísa Migliavacca), vão vivenciando temas comuns a todas as mulheres.
Por meio de um calendário que, folha após, marca sempre o mesmo dia (quarta feira, 27 de setembro), o espetáculo retrata o cotidiano dessas mulheres que apesar de ao longo dos anos estarem sempre presas a um dia que não termina, mas que, contudo, sempre recomeça, conseguem, com muita garra e sensibilidade, se refazer e se reinventar. Tal qual todas nós mulheres.
É um espetáculo para sorrir, para chorar, para chorar de rir…
Compartilho com vocês a experiência dessa peça em especial porque ela me tocou de muitas e diferentes maneiras…ela trouxe lembranças de momentos e situações vivenciados, de sentimentos que nasceram e foram sufocados, de situações pelas quais passei…
Enfim, se algum dia essa peça estiver em cartaz em algum lugar próximo a vocês, recomendo que assistam e que se preparem para as dores e as delícias do universo feminino.
Déia escreve aos domingos e pede licença para colocar o link da chamada para a peça:
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Apego
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Aniversário da Rê
Parafraseando ma ex-chefe minha, “não tenho problema nenhum em ser minoria”! Mais um caso eu que sou minoria é que eu adoro fazer aniversário!
Alguns dizem que isso vai passar conforme as primaveras (ou verões, que prefiro) forem se acumulando. Eu duvido, cada vez tenho mais motivos a celebrar.
Afinal, é nesta data em que se reúnem pessoas que eu gosto, que recebo abraços, elogios e presentes! Como não gostar? Também é nesta data que termino meu balanço de ano novo; não é que eu seja assim tão demorada, mas é no meu aniversário que o ano novo efetivamente começa pra mim.
No aniversário deste ano, estive com pessoas muito estimadas, que se esforçaram para estar presentes (afinal, é período de férias, praia...) e fizeram tão divertidas as comemorações.
Mesmo quem ao pode estar comigo de perto, esteve de longe e recebi seu carinho.
Agradeço pelo carinho, abraçoes, elogios, companhia, presentes, brindes, bebidas e comidas especiais, novos amigos que fiz, risadas, parceria pra dançar até doer a panturrilha e continuar e por tudo o mais!
Renata entrou os 31 feliz da vida, que segue mudando. Até o blog dentro de um tempo vai ter que mudar, quem sabe para drepente40?