terça-feira, 15 de abril de 2014

O que é do homem o bicho não come

O que é do homem o bicho não come
O que é pra ser, será.
Deixa a vida me levar.
No fim tudo, dá certo. Se ainda não deu, é porque ainda não chegou o fim.
O universo conspira a favor de quem é do bem.
Isso é coisa do destino.
Deixa nas mãos de Deus.




São tantos ditos e ditados com a mesma mensagem que até convence. Por um tempo. Mas eu tenho minhas dúvidas. Por um lado, super acredito em livre arbítrio. Acho que é uma das maiores contribuições da Igreja Católica para a sociedade (uma pena que mesmo alguns cristãos esqueçam disso). Cada um é livre para fazer suas escolhas, e SEMPRE há uma escolha. E para cada uma delas, as respectivas consequências. Isso pra mim é claro.

Por outro lado, há essa forte tendência de dizer que no fim das contas não importa tanto assim, afinal “o que é pra ser, será”. Será? Me parece comodismo. Um pouco de medo de lidar com suas escolhas e consequências. 

Muitas pessoas falam: ah, foi assim porque era o destino. E me pego pensando que elas falariam isso diante de qualquer situação. Qualquer coisa que aconteça, resultante das várias escolhas que fazemos na vida, é coisa do destino? Então quer dizer não importa o que a gente escolhe, o que for pra acontecer vai acontecer de qualquer jeito? Então todas as listas de prós e contras, as unhas roídas, as noites mal dormidas, foram em vão? A energia gasta em cada decisão poderia ter sido usada em outra coisa? É isso, produção? Ou foram parte do grande plano do destino? 

Me conforta pensar que tudo o que for pra ser, será. Mas não me convence. Não consigo pensar que vivemos num tabuleiro manipulado por outras forças. Que a gente brinca de escolher, mas que na verdade tem alguém escolhendo pela gente. Me divirto com coincidências, mas não as atribuo ao destino. São coincidências. Quem buscar um padrão ou uma explicação nelas, vai achar. Como em quase tudo, quem procura acha.

Não sou uma maníaca controladora (menos que o nível Mônica, até), e sei que há muitas forças nesse universo que vão levar os acontecimentos prum lado ou pra outro. Mas eu posso escolher ir com a maré e ver no que dá (e depois dizer que foi o destino, se eu quiser); assim como posso escolher nadar contra ou achar outro caminho, e ver no que dá (e depois dizer que foi adivinhem o quê? Isso mesmo: o destino!).




Renata não fez esse texto como uma crítica ao jeito de pensar de ninguém, é mais um desabafo sobre algo que a deixa confusa. Como vocês pensam, se é que pensam, sobre isso? (E alguém aí tem mais ditados nessa linha?)


2 comentários:

Nana disse...

Até concordo com todos esses ditados, mas durante o problema ou a situação, fica difícil a gente acreditar que a coisa tá feia só porque ainda não chegou ao fim.
Bj e fk c Deus.
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com.br/

Nana disse...

Até concordo com todos esses ditados, mas durante o problema ou a situação, fica difícil a gente acreditar que a coisa tá feia só porque ainda não chegou ao fim.
Bj e fk c Deus.
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com.br/

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