segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sobre a Copa


Polemizar tem sido minha especialidade. E não será diferente neste texto. Dessa vez, o assunto é a Copa do Mundo no Brasil, e o comportamento dos brasileiros. Ainda que eu tente não emitir opiniões de cunho político, há momentos em que fica inevitável. Ainda assim, vou tentar expressar minha opinião, sem que ela seja político-partidária. Se isso ocorrer, não me importo que discordem, mas peço respeito, porque é bom, e todo mundo gosta!

A Copa do Mundo acabou de acontecer no nosso país, e, em geral, tudo ocorreu da melhor forma, sem grandes problemas! Aliás, foi um evento maravilhoso, que mostrou sim que o brasileiro sabe se portar, sabe receber bem todas as pessoas, de todas as partes do mundo, e sabe fazer festa! Disso quase todos já sabiam, mas, por motivos que não são os mencionados pela mídia, houve quem fizesse cara-feia para a Copa, quem ficasse contra, e, o pior, quem torcesse contra. E, torcer contra não é contra a Seleção Brasileira, mas contra a Copa, contra o próprio país. Você não acha feio? Eu acho!

Eu acho uma atitude feia porque cada um pode ter sua opção política, pode ser a favor ou contra governos e partidos, pode se manifestar, pois estamos numa democracia (conquistada com muita luta, e que deveria ser valorizada!). Entretanto, somos todos brasileiros, e, mesmo quem não torce pelo futebol da Seleção, deveria torcer pela sua nação. Torcer para a Copa ser um evento lindo, para os turistas gostarem daqui, e quererem voltar, para mostrar para o Mundo que o nosso povo é educado, é respeitoso, e é festeiro. Torcer para que seja consertado o que estiver errado, para que possa melhorar o que estiver ruim. 

Acho uma atitude feia, porque tem um monte de gente que sai do país a cada Copa, para torcer pelo Brasil no exterior, mas resolveu ficar de mal justamente no ano em que a Copa é em casa! Acho feio porque não vemos outros povos torcendo contra sim mesmos, ainda que haja problemas em todas as nações. Isso só aconteceu no Brasil!

A Copa foi um sucesso porque parte do povo, povo mesmo, não foi contaminada pela onda de mau-humor que foi instalada neste país nos últimos meses. Uma onda que resolveu reclamar da Copa anos depois do Brasil ter sido eleito país-sede para o evento. Uma onda que não procura saber de outras fontes de informações, e recebe qualquer informação midiática como verdade absoluta. Uma onda de mau-humor que resolveu quebrar tudo o que vê pela frente, sem motivo, só por raiva. 

Ainda bem que, mesmo amedrontando alguns turistas, a maioria deles veio, se divertiu, e saiu com uma boa imagem no nosso país! Ainda bem que pusemos as bandeiras nas janelas, nos carros, no corpo, para mostrar que torcemos pelo Brasil!



Tania continua se preocupando com opiniões mal-formadas, e mal-informadas, que estragam a imagem do Brasil, e não contribuem em nada para melhorar este país!








domingo, 27 de julho de 2014

Se conselho fosse bom...



Já diz a tão conhecida máxima: “se conselho fosse bom ninguém dava, vendia”... Porém se você realmente me permitisse lhe dar um conselho, seria o seguinte:
Jamais mendigue a atenção de quem quer que seja.
Não faça esforços hercúleos para estar próximo a alguém que prefere qualquer outra coisa à sua companhia.
Não invente desculpas para prolongar uma conversa desnecessária apenas para manter a outra pessoa por perto.
Não crie pretextos para encontros forçados apenas para dividir alguns momentos com alguém que não quer ficar perto de você.
Não faça chantagem emocional acreditando que poderá comover alguém que já não se importa com você.
Não force a barra, não insista, não se humilhe.
Entenda que existem muitas pessoas que apreciam sua companhia e que querem ficar ao seu lado por livre e espontânea vontade.
Valorize quem está ao seu lado porque lhe quer bem e não por simples força do hábito.

Déia escreve aos domingos e deseja, de coração, que as pessoas aprendam a valorizar-se.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Guardei minha camisa

O momento é triste, e não faço desse momento nada mais do que ele realmente é: tristeza por perder, vergonhosamente, uma partida de futebol de semifinais, na Copa do Mundo! É só isso, e já é muito! O Brasil não vai melhorar ou piorar por isso. Futebol é nossa festa. E doeu por isso. Porque foi um vexame dentro de casa. Mas foi vexame no campo. Não confundam, nem façam alusão a outras coisas. Não cabe aqui, não leva ninguém a nada.

Assim como não leva ninguém a nada torcer contra o Brasil. O que doeu muito, mais do que eu imaginava, foi ver brasileiros torcendo contra, e felizes porque o Brasil perdeu. Ridículo! Não há alemães torcendo contra a Alemanha. Não há argentinos torcendo contra a Argentina. E não venha falar que por causa social, política, etc. Todo lugar tem seus problemas. Ninguém torce contra si mesmo. Doeu ver isso aqui. Doeu porque é manipulado, sim! Doeu porque, enquanto o Brasil ganhava, estava tudo bem. Quando perdeu, aí é por causa do social que estão torcendo contra?!? Tenha paciência!!!

Como estou tentando me acalmar, resolvi brincar um pouco, e, que me desculpe Paulinho da Viola, mas acabei fazendo parodia de sua música, “Guardei Minha Viola”. Foi inevitável. Não me levem a mal, mas vai aí a paródia para aliviar a tensão...


Minha camisa foi pro fundo do baú
Não torça mais pra Seleção
Quero esquecer, ela não deixa
Os 7 a 1 que foi no Mineirão!


E lá no bar, quero afogar
As mágoas que esse jogo me deixou
E pra facilitar o meu desejo
Guardei minha camisa, não torço mais!


Tania está chateada, triste, com raiva do vexame da Seleção. Isso é coisa de quem torce. Mas ela torce sempre para o Brasil, sua pátria, sua nação!!!!










domingo, 20 de julho de 2014

Uma questão de equilíbrio...


Dizia o filósofo Aristóteles, que a virtude é o meio termo entre dois vícios, o vício do excesso e o vício da falta. Em outras palavras, uma vida virtuosa reside no equilíbrio entre os extremos.
Pensando nisso, resolvi escrever algumas dicas a mim mesma que, talvez, possam lhe ser úteis também:


Dê sempre o melhor de si, mas não deixe que abusem de você.

Se entregue, mas não a ponto de perder-se.

Ame, mas não permita que usem seu coração.

Chore, mas não a ponto de não poder mais sorrir.

Confie, mas não em demasia.

Brinque, mas não a ponto de não levar as coisas sérias a sério.

Escute, mas não perca sua própria voz.

Mude, mas não esqueça suas raízes.

Perdoe, mas não permita que lhe machuquem novamente.

Diga sempre a verdade, mas evite ser cruel.

Lute pelo que acredita, mas se permita mudar de ideia.´

Sonhe, mas mantenha os pés no chão.

Seja humilde, mas não se humilhe.

E, por fim, faça tudo da melhor maneira possível sempre, ainda que seus esforços possam não ser reconhecidos.


Déia escreve aos domingos e segue na luta por encontrar o equilíbrio.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Carta para Julieta

Hoje escrevo para lhe contar um pouco do que aconteceu nestes mais de 25 anos desde que você se foi. Eu era tão pequenina e sequer lembro de você, mas posso imaginar todas as coisas que nós teríamos feito juntas. Nos finais de semana eu iria para a sua casa e você faria "nega maluca" pra mim, depois me deixaria dormir no seu colo enquanto cantava uma canção de ninar.

Quando eu tinha seis anos entrei para a escola. Você teria gostado de me ver andando cheia de pose com aquela mochila de bichinho cor de rosa. Você teria rido muito quando um ano depois eu guardei os toquinhos do cabelo do menino que eu gostava, que a mãe cortou no salão, em uma gaveta. Teria ficado orgulhosa quando eu disse: A vida tem certos rumos que nem um poeta descobre! Teria ficado preocupada quando eu sumi e só voltei tarde da noite aos nove anos, mas teria também me defendido e dito pra pai e pra mãe não me castigarem, já que a culpa não era minha.

Vó! Sei que você teria ficado com o coração na mão, quando aos doze anos, saímos de Santiago e viemos morar em Nova Petrópolis. Teria passado meses esperando que nossas férias chegassem para que fôssemos te visitar e os dias que passaríamos contigo seriam uma grande farra.
Sei que ficaria feliz e ao mesmo tempo preocupada quando eu apareci com o primeiro namorado em casa. Estaria na plateia sorrindo na minha formatura do ensino médio, vibraria junto comigo quando entrei para a faculdade, acompanharia minha angústia ao escrever o TCC, estaria orgulhosíssima da profissão que eu escolhi. 

Posso te imaginar chorando baixinho no dia da minha formatura da faculdade e depois me abraçando orgulhosa, dizendo que me ama.  E agora vó, com a notícia de um bisneto ou bisneta que vem por aí, qual não seria a sua alegria? Tenho certeza de que já estaria fazendo sapatinhos de tricô e olhando pra minha mãe com a certeza da ótima avó que ela vai ser. 
Você não esteve presente nestes dias todos que falei aqui, mas sei que de onde estiver, vibrou comigo, chorou comigo, partilhou de minhas alegrias e tristezas, e, mais do que isso, sei que você me protegeu e olhou por mim todos os dias da minha vida.


Andri escreve às sextas-feiras e dedica este texto para a sua avó Julieta, a estrela mais brilhante deste imenso céu.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

100 dias felizes

Uma amiga me contou que estava participando de um desafio na internet que se chamava 100happydays e eu, como adoro desafios resolvi participar também. O desafio consiste em você tem fazer pelo menos uma coisa que te faça feliz por dia e fotografa-la. Não importa o que fizer, vale tudo, desde que te faça feliz. Comer alguma coisa deliciosa, viajar, encontrar um amigo, fazer uma boa ação pra alguém, enfim qualquer coisa serve.

Achei o desafio o máximo e resolvi compartilhar. Afinal, sempre acreditei que a felicidade era prima-irmã do simples. No site dizia que 71% das pessoas que se inscrevem no desafio não conseguem completa-lo.

Fiquei assustada por uma porcentagem ser tão alta em uma coisa relativamente simples. Acredito que no auge de nossas vidas corrida, a falta de tempo para nós mesmos é o que faz esse número ser tão elevado.
Por isso estou dentro! A partir de amanhã pelo menos em um momento do meu dia farei uma coisa que me faça feliz. Vamos ver se consigo fotografar todas.


Samira segue pensando tanto no trabalho que acredita que dessa forma tiraria um tempo para ela se lembrar que a vida vai muito além do trabalho, prazos e de obrigações.


Você conseguiria ficar feliz por 100 dias seguidos?



domingo, 13 de julho de 2014

Papo de Boteco


É incrível o tipo de papo que rola em uma mesa de bar!
No boteco, com uma cervejinha gelada na mão o riso corre solto, a timidez dá uma trégua e até mesmo aquela pessoa supostamente culta e intelectualizada, fala inúmeras bobagens e conta piadas sem sentido.

Noite dessas fui ao boteco com dois amigos, um homem e uma mulher. Eu, que não podia beber por conta de uma dor terrível no estômago, fui só para acompanhá-los. Quanto a eles, já saíram de casa meio “altos” e lá no boteco apenas complementaram sua “subida astronômica”, se é que vocês me entendem... ;)

Fato é que o papo que rolava lá no boteco era dos mais esquisitos... Reflexões existenciais recheadas de frases de efeito, revoltas incontidas com relação ao comportamento alheio, fofocas mal disfarçadas e alfinetadas a pessoas nas mesas vizinhas.

E isso sem contar os bêbados chatos que faziam fiasco, cantavam, dançavam e choravam suas mágoas. E eu, sem ter bebido uma cervejinha sequer, fiquei refletindo sobre a mudança de comportamento que se opera em uma mesa de bar e rindo das situações inusitadas. Parece que, a despeito da bebida, as pessoas esquecem seus receios, seus tabus, expõem seus anseios...se libertam! Todos são amigos, compartilham cigarros, copos, conversas, confissões.

Às vezes me parece que acabamos conhecendo mais uma pessoa em algumas horinhas de conversa “descontraída” no boteco da esquina do que em longas preleções individuais...


Déia escreve aos domingos e gostou da ideia de ir a um boteco e não colocar sequer uma gotinha de álcool na boca, pois assim pôde observar com maior clareza os diversos comportamentos humanos...


domingo, 6 de julho de 2014

Das pessoas que passam pela minha vida

Tenho pensado muito nas pessoas que passaram pela minha vida.
Naquelas que se foram e nas que permaneceram. 
Nas que deixaram lembranças doces e também nas que só deixaram tristezas.
Nas que se aproximaram por acaso, nas que foram levadas pelos mesmos acasos mas, principalmente, naquelas que permaneceram em minha vida apesar de tais acasos e apesar de certas circunstâncias. 
As que permanecem apesar de todas as adversidades são as que me tocam o coração, que me arrancam sorrisos, às vezes em meio a momentos de tristeza ou até mesmo de raiva.
Essas são as que iluminam minha vida, seja com um gesto, um sorriso, uma palavra ou mesmo com sua simples presença ao meu lado, em silêncio...
Sou grata a todas as pessoas que, de uma forma ou outra, fizeram parte da minha vida. Independentemente do tempo em que permaneceram nela ou das lembranças que deixaram. Elas fizeram parte da minha história e ajudaram-me a tornar-me o que sou hoje.
Mas sou grata, sobretudo, àquelas que permaneceram em minha vida, tornando-a, a cada dia, um pouco melhor e mais bela.

Déia escreve aos domingos e resistiu à tentação de nomear as pessoas especiais que permanecem em sua vida simplesmente por medo de esquecer algum nome.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sobre as palavras

As palavras tem um imenso poder. Quando ditas com sutileza, são como um carinho na nossa alma. Quando ríspidas, nos ferem feito objeto cortante.

Existem aquelas palavras que sempre sonhamos ouvir de alguém especial, estas flutuam ao redor de nossos ouvidos.

Uma palavra que diz sim ao invés de não, tende a fazer de nós alegres seres.

Ouvir "EU QUERO" ao invés de "NÃO VAI DAR", é felicidade que não se pode conter.

Existem palavras que nos entristecem, que nos deixam pensativos, que nos roubam sorrisos, que nos fazem pensar.

Eu hoje quero propor um brinde àquelas pessoas que nos dizem as palavras certas, sejam elas elogios ou críticas. Um brinde às pessoas que sempre usam de elegância para nos dizer o que precisamos ouvir, e não apenas o que queremos ouvir.

Àquelas pessoas que não gritam, que não escandalizam, que são sutis feito brisa, embora às vezes seja bom ser um vendaval. 

Quem tem pessoas assim ao seu redor, tem um tesouro valioso.

Esta semana escutei palavras tão amorosas de gente que quero bem e até mesmo de pessoas com quem sequer tenho grandes vínculos e isso me fez refletir também sobre meu modo de tratar os outros. Aquela máxima popular que prega que "devemos tratar os outros do modo como queremos ser tratados" está certíssima. Tem muita gente que joga pedras esperando receber de volta flores. 

A vida sempre se encarrega de nos mostrar em que estamos errando e em que estamos acertando. Fato inegável. Que possamos rever nossas atitudes a cada novo dia que nos for oportunizado viver. 

Que a colheita de vocês seja doce, como tem sido a minha.


Andri escreve às sextas-feiras e retribui através destas simples palavras todo o carinho que vem recebendo das pessoas que a cercam.



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