segunda-feira, 3 de maio de 2010

Let it go, let me go.

E me lembrei de você por vários meses com um sentimento bom,
por vezes pensava bastante em tudo o que se passou,
tentava enteder o que não tinha explicação,
e se tinha, eu preferia fingir que não.
Percebi que o que foi, ficou, em algum lugar no tempo passado,
mas que ainda assim em mim sobrevivia.

E o tempo passou. Anos se passaram.
Mas as marcas em mim continuavam vivas,
me incomodando, se mostrando a todos.
E caminhei buscando uma cura,
procurando encontrar algo que me fizesse bem,
talvez uma borracha especial, que apagasse da pele o que não se importava em aparecer.
Mas não encontrei.

E o tempo passou. Os anos também.
E com ele você deixou de ser algo significativo pra mim,
uma lembrança, nem boa, nem ruim.
Difícil de se classificar, mas talvez diria, que foi mais uma novela da vida,
daquelas que a gente acha que só acontecem em novelas.
O que via em minha pele, de certa forma, havia me acostumado,
e acho que os outros também, de certa forma, cicatrizes fazem parte da vida.

E num dia ali, que acabou de passar, assim como o tempo,
você me aparece pra dar um Hello.
Falando da vida, das mágoas da vida, do que havia sido, do que já era.
E minha pele voltou a coçar novamente.
Sonhei com você, calei pra você, repensei tudo de novo.
E cansei. Cansei há muito tempo.
Vamos deixar o que ficou no seu lugar, pra trás, pra lá do lado de lá.
E olhar pra frente, pra página em branco que se extende sobre nós todos os dias,
dizendo que podemos fazer diferente, da maneira certa, como deve ser.
Pra frente e não pra trás.

Silvia escreve às segundas-feiras.

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