Tenho pensado muito sobre tantas coisas, mas principalmente sobre a distância que nos separa do amigos, se amigos. Por vezes estamos muito próximos de quem anda distante, e noutras só daqueles que moram bem perto de nós. As vezes temos conversas incríveis e significantes com amigos de outros países, noutras procuramos alguém que entenda bem a nossa própria língua. Já fui a amiga que está com problemas e busquei pessoas que sabia, seriam honestas e sinceras comigo, além de bons ouvintes, e já fui o ouvido também. Já fui a amiga das encomendas, das traduções, das bebedeiras, do choro e do riso em conjunto, de Carnavais e Reveillons. Mas hoje tenho me sentido, sem querer, a amiga do telefone ocupado, da secretária eletrônica, do fica pra depois, de ambos os lados, do meu e dos outros. E talvez mais dos outros do que do meu. E isso me deixa triste, pois vejo pessoas que amo se distanciando de mim. E penso em minha mãe e algumas de suas amigas que se encontram uma vez por ano, com presentes de Natal e aniversários de anos passados, convites de casamento dos filhos que por sua vez não lembramos bem do rosto. E me sinto ainda mais triste; ainda mais por que me lembro do presente de uma amiga que ainda não dei, e que está comigo há meses. Não quero ficar assim, mas também quero a sensação de que a amizade é recíproca, de que o telefone toca dos dois lados e que a vontade ainda é igual.
Silvia escreve as segundas, às vezes um pouco só.
3 comentários:
Adorei seu texto, e tenho pensado nessas coisas tb... e adorei tua foto nova!
Beijos!!!!!!!!!!
= ) que bom. Beijos, Silvia.
E como faz para ser a mulher de 30 que escreve na quarta? O clube tá aberto? Adorei. :)
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