E a Menina, surpresa, percebeu que apesar de todos termos
nossas loucuras,
nossas estranhices,
nossas traquinagens,
nossos dias de pavão glorioso,
nossos dias de patinho feio,
nossos dias doces e tristes.
nossas dores,
nossos amores,
nossos temores...
Curiosamente, contudo, a vida alheia parece sempre mais interessante aos nossos olhos...
Déia escreve aos domingos e, a cada dia, acha sua própria vida mais e mais interessante...
Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.
4 comentários:
Ei Déia!
KKKK, é vero. A velha história de que a grama do vizinho sempre parece mais verdinha que a nossa, rsrs. Acho que o segredo é nos fixarmos mais em nós e em nossa vida que na dos outros. A menina tá no caminho certo...Om!
Um beijo,
S.
Pois é, Sérgio, querido...
Por muito tempo fiquei namorando a grama do vizinho sem perceber o quão linda e verdejante a minha pode ser...
Bjs querido!
Déia
Ei Déia!
Essa é uma das vantagens de "de repente 30", ou como no meu caso um pouco bem mais de 30 rsrs. Vamos aprendendo a ver a vida sob outros prismas. As verdades da juventude se relativizam, a sabedoria começa dar lugar à força bruta, nossa vontade de potência fica um pouco mais domesticada (Nietzche não ia gostar de ouvir isso, certamente ia me chamar de 'bundão' - não sei como se diz isso em alemão - KKKK), dentre outras 'cositas' simples que vamos aprendendo com a idade...
Um bj,
S.
Sabe querido, creio que, com relação à vontade de potência, acontece exatamente o contrário do que vc disse... Não creio que domestiquemos nossa vontade de potência. Aprendemos, isso sim, a valorizá-la e a usufruir de tudo aquilo que ela nos possibilita... Aprendemos a perceber que somos capazes, que somos mais forte do que julgávamos ser, que somos sempre capazes de superar nossas próprias expectativas, que somos capazes de superar a nós mesmos...
E talvez nisso que resida a beleza de perceber que nossa vida pode ser muito mais interessante do que a vida dos outros. E (por que não?) muito mais interessante até mesmo do que nós esperávamos que ela fosse...
Grande beijo querido!
Déia
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