segunda-feira, 6 de abril de 2015

Essa coisa do feminismo

Eu sei que tem gente falando muita coisa sem noção por aí sobre o “novo feminismo”, sobre mulheres extremistas, e tal…
Estou acompanhando, de longe, um movimento que me desperta algumas memórias e sensações que não tinha reparado… e passei a não julgá­-las como extremistas. 

Vou explicar:

Sempre fui chamada de “metida”. Sempre me acusaram de fresca quando não queria sair de casa sozinha à noite, ou andar por determinada rua sozinha. Algumas pessoas já me disseram que eu tinha que baixar a cabeça quando recebesse cantadas na rua. Outras pessoas me disseram que isso era legal! Sinal de que estou chamando atenção dos homens…(pffffff).

Mas, lendo essas meninas, “feministas antipáticas”, me recordo de ter passado por várias situações de perigo e discriminação, por ser mulher. E que a minha cara fechada e o meu isolamento sempre foi a maneira que arranjei de me defender. 

Não sou feminista. E nunca tinha parado pra pensar nisso. Acho que o respeito deve ser mútuo entre SERES HUMANOS independente do sexo. 

Mas eu fui criada (ai ai...que antigo isso!) para ser um pouquinho independente e um pouquinho submissa. Sou filha da revolução sexual. Meus pais viveram essa transição mas não eram visionários. Eu fui estimulada a ter minha idenpendência financeira e só. Ninguém me disse mais nada. Eu não soube identificar muitas coisas que aconteceram. E não dei o meu grito na hora certa. Até começar a vivenciar essas coisas abertamente no ambiente de trabalho. Sim! Coisas do tipo: Mulher não pode ganhar igual ao homem, principalmente no setor público, pois tiram muitas licenças…(Seu babaca! Se a gente não tirasse licença maternidade talvez você nem estivesse nascido pra estar aí falando merda!)... 

Não acho que essas meninas estão dando a cara à tapa em vão! E elas tem que mostrar os extremos sim. Serem radicais. É dessa discussão meio sem direção é que vamos tirar os benefícios. Coloca tudo pra fora que depois organizamos! Tudo que não foi dito! 

LorisB não é nenhuma radical... Mas gosta do movimento pelo respeito!


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