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sábado, 9 de agosto de 2008

Saudade

O engraçado agora é que estou escrevendo este texto na minha agenda do ano passado, que ao contrário de tempos atrás, contém várias páginas em branco. Na adolescência isso seria impossível: nada ficava sem registro e muitos floreios... Como se não bastasse escrevo com uma canetinha com glitter! Que sensação de revival!

Aproveitei a folga de julho para ir ver minha vó, trocar o abraço mais fofo do mundo, matar um pouco da saudade de parte da família e respirar ares mineiros, que ainda são pra mim os melhores do mundo.

Apesar de fazer isso com certa freqüência, dessa vez a nostalgia tomou conta do meu coração balzaquiano. Sentada à mesa, num dos poucos momentos que estive com minha prima e eterna grande amiga, senti o cheiro, o gosto e todas as sensações boas da adolescência.

Época de férias. Ou eu lá ou ela aqui. Diversão garantida.

Tempos em que cartas chegavam quase que semanalmente, sempre cercadas de ansiedade e alegrias em trocar as novas experiências que vivíamos. Hoje a tecnologia encurta distâncias, mas a vida corrida de gente grande nem sempre permite a convivência que se deveria.

Alguns dias depois de voltar a “minha terra”, fiquei transbordando de orgulho e satisfação quando ouvi meu pai dizer: “Que advogada bonita a Laetícia ficou!”. Não é a simples beleza que qualquer um pode constatar ao vir sua foto. Mas a beleza plena, que seu sorriso largo, faz emanar em uma aura que não duvido alcançar mais de um quilômetro de raio. Tudo de bom que pude curtir ao seu lado ou perceber nela ficou fresco em minha mente. Quanta saudade...

Isso foi escrito para ser mandado por e-mail pra você, Lê. Mas achei melhor não deixar em segredo!



Aline: Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 6 de julho de 2008

Ser de verdade

Nos últimos dias estive envolvida em reflexões existenciais. Parece que tem hora que não tem como correr: é preciso fechar, mesmo que rapidamente, para se fazer um balanço. Pensar no que vale a pena, no que não vale... No que é necessário, no que posso muito bem passar sem...

E uma coisa me chamou demais a atenção. A importância da liberdade. Não uma liberdade libertina. Mas a liberdade da alma. Liberdade para poder escolher aonde se vai. Com quem se quer ir. Liberdade para se entregar. Liberdade para se anular. Liberdade para seguir aquilo que realmente acredita. Para dizer não. Para dizer sim. Para não aderir a modismos. Para ser honesto. Liberdade para ser sincero. Para amar. Para se entregar ao trabalho. Para fazer coisas boas. Para servir. Para não ter vergonha de assumir quem realmente é. Liberdade para assumir mil compromissos. Liberdade para não se fazer nada. Liberdade para acertar. E sem dúvidas, para também poder errar e assumir com consciência todas as suas consequências.


Aline: Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.


domingo, 30 de março de 2008

Evitando uma vida leve

Hoje meu texto será mais curto que o habitual, já que em uma frase resumo o momento mais importante da minha semana.

Percebi que dentre as várias maneiras que o ser humano encontrou para complicar a própria vida, existe uma infalível para trazer infelicidade e inquietude: tentar controlar e/ou modificar a vida alheia... É certo que a paz e alegria irão passar bem longe!


Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 23 de março de 2008

O valor de uma vida

Os seres humanos têm mania de superestimar as suas próprias vidas. Querem descobrir valores, razões, explicações, importância para a própria existência.

Às vezes também fico pensando: qual será o motivo para a gente estar aqui?

Como se isso fizesse alguma diferença!!!

Mas no final chego a uma conclusão. A diferença que cada um faz, é a falta que ele vai fazer quando não estiver mais aqui. E a falta que cada um vai fazer, vai ser justamente naqueles momentos em que ele se doava, em que fazia por outros, em que servia.

No final das contas acho que o valor das pessoas é a capacidade de amar.


Aline, não vejo diferença entre a importância da vida dos animais e dos humanos, concordo que "tudo que move é sagrado", e que basta respeitarmos a natureza e as outras vidas para seremos muito mais felizes...

domingo, 16 de março de 2008

Preservar a natureza

Ultimamente as notícias e os movimentos para defender o meio ambiente nos chegam o tempo todo. Falam-se em evitar o uso de sacolas plásticas no supermercado, economia de água, de energia elétrica, reciclagem....

Muitas coisas seriam bem facilmente adaptadas à nossa rotina. Bastaria uma forcinha inicial, e tudo fluiria naturalmente. Acontece que a tecnologia avançou tanto que quase tudo é feito às custas de agressões à natureza.

Se tudo o que está acontecendo, como o aquecimento global, os fenômenos como furacões e afins, é devido à ação do homem, é uma discussão à parte. O que realmente vejo é que no dia a dia, algumas ações deveriam ser combatidas.

A poluição que inalamos diariamente nas ruas é um absurdo. O estresse gerado pelo trânsito é outro. E esses dois problemas poderiam ser evitados com um melhor planejamento dos meios de transportes públicos e conscientização da população que não se deveria tirar o carro da garagem para todas as ocasiões.

O que está ao meu alcance já coloco em prática: sempre que posso troco o carro pela bicicleta ou pelo tênis. Separo o lixo para reciclagem. E outras pequenas ações, que isoladas não tem grande valor para a natureza, mas já me mostraram as vantagens que tenho em seguí-las. Melhoro minha saúde e economizo ao reduzir meus gastos e meu impacto ambiental!


Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 9 de março de 2008

Ponto final II

E a hora chegou. Não foi para mim. Nem para quem amo. Mas de certa forma me atingiu.

Impossível não rever todo um filme na cabeça. Uma história de muita luta, muita garra, muitos sucessos. Mas pouco carinho, afeto e aconchego. Não é hora de julgar. “Cada um sabe a dor e a delícia de ser ....”

A vida continua... As mudanças vão continuar acontecendo e agora pouca diferença faz.

O exemplo permanece. A história que acabou é uma parte do nosso grande enredo, que não acaba nunca.

Que nos sirva para muita reflexão...


Aline... Para mim a morte ainda não causou uma dor implacável ou se mostrou um mistério, mas sim uma brecha para parar e pensar.

domingo, 2 de março de 2008

Quando o relógio pára?

O trabalho, e todos os outros compromissos do dia-a-dia muitas vezes não permitem que consiga tempo para uma atividade que já não estava planejada: alguns minutos a mais para uma conversa com uma amiga, mudar a rota para diversão das crianças, andar à toa sem me preocupar se dará tempo para cumprir os compromissos.

Mas no meio da correria do nosso dia-a-dia existem situações que simplesmente fazem a gente ter que parar.

Como poderíamos respeitar a agenda se no meio dessa correria formos surpreendidos por um acidente (ou incidente) que requeira nossa presença até tudo ficar resolvido?

Quem vai olhar o relógio, se está diante do seu amor, em um encontro apaixonado?

Alguns desses momentos são maravilhosos, outros envolvem angústias e preocupações. O relógio não pára, mas como não tem como olhar para ele no meio dessa confusão, a gente nem vê o tempo passar....


Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ponto final

Após ver um anúncio na televisão, surgiu o assunto:

- Deve ser horrível um médico chegar pra você, determinando quanto tempo de vida ainda lhe falta.

- Talvez não... Sabendo que o fim está próximo, passaria a fazer tudo que tivesse vontade.

- Ah! Não mudaria meu comportamento por isso. Não estragaria minha vida assim.

- Não, não estou falando de fazer coisas absurdas, imorais ou ilegais. Mas se soubesse que iria morrer logo, não adiaria mais nada, não perderia tempo, aproveitaria intensamente cada minuto.

- Só que na verdade você pode morrer daqui a pouco. Amanhã. Daqui a um mês. Geralmente ninguém prevê isso.

- .....

- Isso é tão óbvio e já se fala tanto nisso.

- É verdade. Mas tem hora que nem me lembro, e vou deixando de fazer o que “quero” pra fazer o que “tenho”. Também adio prazos para “ganhar tempo”, mas pensando bem, isso só me faz perdê-lo e aproveitar menos do que poderia.

- Então, o que você mudaria?

- Dormiria menos e veria menos TV. Sairia mais. Passearia mais. Brincaria mais! Não deixaria de expressar meus bons sentimentos. Curtiria intensamente as pessoas que amo...


Aline... tentando descobrir todas as formas de encarar o presente como um presente! E não desperdiçar um minuto sequer....

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Crescimento

“Conhece a ti mesmo”. Esse lema de Sócrates diz o principal para que possamos nos aprimorar. Muitas vezes ao invés de olhar pra nós mesmos, acabamos justificando os erros culpando os outros, ou a situação, quando na verdade, o protagonista e responsável pela cena somos nós mesmos.

Só nos conhecendo bem, nossos anseios, medos, falhas, é que podemos evoluir. E isso é difícil. Requer tempo, humildade, paciência. O bom é que no pacote está incluído tranqüilidade e uma boa convivência com os outros.

Pra quê nos cobrar algo impossível? Por quê apontar erros ao invés de tentar uma solução que esteja ao nosso alcance? Conhecendo bem o problema encontraremos a resposta.

Aline: Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Disciplina?

Estou a dois dias de voltar à ativa e repensando o que fiz nas minhas férias. Dentre descanso e diversão, algo fez bater o arrependimento: joguei mais de 30% do que demorei quase um ano pra ganhar no lixo.

Depois de ter tido dois filhos com intervalo pequeno acumulei uns dez quilos extras. No início do ano passado, quando parei de amamentar a mais nova, meu apetite voltou ao normal (diminuiu bem) e também voltei firme e forte às atividades físicas. No fim do ano a balança apontou oito quilos a menos, ou seja, estava na reta de chegada ao meu objetivo.

Mas por pura falta de disciplina “consegui” recuperar três desses quilos. Foram chocolates diários, alguns sorvetes e quase nada de atividade física. Vê se pode?! O trabalho de quase um ano (tudo bem que não foi grande esforço, porque adoro me movimentar) ser jogado fora em um mês!

Aiai....

Não vou me lamentar mais. Agora tenho que colocar a cabeça no lugar e voltar à vida normal: pedaladas ao trabalho, volta ao taekwondo e, principalmente, controlando bem a gula!

Aline... vai demorar um pouco mais pra voltar ao “original”.....

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Consciência

Tenho um grande comprometimento com minha consciência. Ela está sempre atenta e o tempo todo regula meus atos. Diz o que devo ou não devo. E, invariavelmente, eu sigo o que ela manda. Aprendi há muito tempo atrás que este é o preço para noites tranqüilas: a paz só reina se minha consciência se mantém intocável em seu reinado.

Na verdade acho isso ótimo. Apesar de muitas vezes a tentação pelo atalho, ou por uma recompensa muito grande mesmo em situações em que outros sejam prejudicados, ser grande, nada se compara ao doce sabor de uma vitória seguida de árdua luta justa e nobre.

Acho que muitos, que a grande maioria, pensa assim também. Mas vejo que alguns, principalmente alguns que possuem qualquer poder em suas mãos, pensem e ajam diferente. Não vêem problema em atropelar quem esteja em seu caminho para o sucesso. Não percebem que o maior bem é a paz. Que esta é a base para a harmonia e justiça na sociedade.

Aline, sabe que seu maior bem é a paz e vale qualquer esforço para mantê-la

domingo, 20 de janeiro de 2008

Ciclos

Fiquei uns meses meio perdida, buscando minha verdadeira identidade, minhas verdadeiras aspirações, minhas reais necessidades. Não sei bem como isso começou, nem o porquê. Mas durante esse período a minha sensação predominante era a insatisfação.

E agora tudo passou, da mesma forma que começou, sem eu perceber. Tento entender, mas não consigo. E o engraçado, é que tenho tudo com que sempre sonhei: emprego estável, uma vida bem confortável (sem luxo, mas nunca sonhei com isso mesmo), uma família linda e saudável, um marido presente, tempo para cuidar de mim....

Para quê então querer mais? Essa é a pergunta que não consigo responder. A verdade é que passei um tempo sem enxergar tudo isso, mas ainda bem, agora vejo bem claro na minha frente.

Queria descobrir quem realmente sou, como se eu simplesmente não fosse o que parece. Agora vejo, não tem mistério: certamente não sou exatamente a mesma de 10 anos atrás, mas minha essência é exatamente igual. Poucas coisas mudaram.


O que quero? Pouco mais do que já tenho. Talvez aperfeiçoar o que já faço, melhorar o que já tenho, aproveitar mais. Quais são minhas necessidades? Ah, essas mudam a cada dia, e são justamente elas que dão vida à minha vida....


Aline sabe que o ser humano é imperfeito, mas é justamente a busca pela perfeição que faz os ciclos se completarem, a roda da vida girar.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Verão

Depois de quase um ano, novamente férias!

Verão, praia, quanta coisa boa.... Paz e descanso, é tudo que quero.

Após nos instalarmos e arrumarmos tudo, vamos a caminho do mar.

Pouco tempo se passa e como num passe de mágica, o sonho, que estava perfeito ( sol, brisa, mar e as crianças em total deleite), se desfaz: no calçadão um carro equipado com um som potente é ligado, com "música" de gosto altamente duvidoso. Em altíssimo volume. Como se não bastasse ligam outro, a menos de vinte metros de distância, com outro barulho. E a disputa começa, para saber quem conseguirá infernizar mais minha vida...

Ai! Juro que havia me esquecido desse "detalhe". Pior que até em casa (quase um quilômetro de distância) o som chega.

Que respeito esse povo tem? Nenhum...

Nada é perfeito mesmo.


Aline: Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 30 de dezembro de 2007

A menina, a pedra e o cavalo

Contam que em certa ocasião, uma menina entrou no ateliê de um escultor. durante um longo momento, ficou admirando todas as coisas assombrosas do ateliê: martelos, cinzéis, pedaços de esculturas rejeitadas, esboços, bustos, troncos... Mas o que mais impressionou a menina foi uma enorme pedra no centro do ateliê. Era uma pedra tosca, cheia de machucaduras e feridas, desigual, trazida numa penosa e longa viagem da longínqua serra. A menina ficou “acariciando” a pedra com os olhos e, depois de um instante, foi embora. Ela voltou ao ateliê poucos meses mais tarde e viu surpresa que, no lugar da enorme pedra, se erguia um belíssimo cavalo que lhe parecia ansioso para libertar-se da rigidez da estátua e começar a galopar. A menina se dirigiu ao escultor e lhe disse: “como você sabia que dentro dessa pedra se escondia esse cavalo?”.

Educar vem da palavra latina “educere”, que significa “tirar de dentro”. É educador quem não vê o aluno a pedra tosca e desigual que nós vemos, mas a obra de arte que se esconde dentro de cada um deles, e entende sua missão com aquele que ajuda a limar as asperezas, a curar as machucaduras, contribuindo para aflorar e se manifestar o ser maravilhoso que todos carregamos potencialmente.

(do livro “Educar valores e o valor de educar – parábolas”, de Antonio Pérez Esclarin – Editora Paulus)


Aline: Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 23 de dezembro de 2007

O tempo

Sempre que chega essa época do ano o que mais ouço das pessoas são frases como: “Nossa, o ano já está acabando!” ou “Como o tempo está passando mais rápido” ou ainda “Já estamos em dezembro, o ano voou”. E quase sempre essas frases vêm acompanhadas de uma certa frustração, como se fosse melhor tudo acontecer mais devagar.

Não penso assim. Na verdade o tempo é meu grande aliado. Quando olho para trás e vejo algumas fases difíceis por que passei e depois como foi tudo superado, penso no meu amigo tempo, que passou e fez a poeira baixar. Ajudou o raciocino ficar mais claro. Fez-me enxergar a saída. Geralmente é assim: dê tempo ao tempo e os problemas são resolvidos, nada como um dia após o outro.

Claro que também existem os bons momentos, que o tempo, implacável, também levou. Mas as memórias ficam para desfrutarmos quando bem quisermos. Além disso, depois que a gente vive e aprende, a gente pode tentar repetir a fórmula, repetir a dose.

Gosto muito de perceber que à medida que o tempo passa, as coisas mudam, as pessoas evoluem e a essência, aquilo que realmente nos desperta as melhores (ou piores) emoções, permanecem.


Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Por quê? – Parte II

Acabo de começar a vivenciar uma outra faceta dos porquês infantis.... Uma coisa são os porquês infindáveis de uma linda garotinha de dois anos. Outra são os porquês de um rapazinho de quase cinco que está tentando entender o mundo a sua volta.

A minha pergunta é: como não acabar com a inocência? Tem muita coisa, e estou falando dos atos humanos, que simplesmente não tem explicação, não se justificam... E agora ele já começa a ver.

Como mãe tenho obrigação de ensiná-lo e alertá-lo para tudo que o cerca, prepará-lo para o que o espera. Mas realmente dói o coração dizer algumas verdades. Sinto vergonha de também estar na condição de ser humano e saber de tantos males que vivemos e que simplesmente poderíamos muito bem evitar. Tanta coisa que se não existisse fariam a vida melhor.

E vejo meu pequeno, crescendo.... E tenho que fazê-lo forte para encarar o mundo.

Só que a nossa existência não é tão simples assim. Acho até que poderia ser. Mas tantos gostam de complicar!

Então eu lembro de uma frase que vira e mexe meu pai solta quando percebe a eminência de uma confusão desnecessária: “Não complica... não complica!”.


Aline: Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.



domingo, 2 de dezembro de 2007

Esperança

Sabe quando as coisas parecem estar ficando cada vez mais complicadas?

Estava vendo tudo assim, meio roxo, quando num momento de relax ouvi uma música que além de me fazer relembrar tempos bem tranqüilos, conseguiu dar uma levantada no meu astral e ver o mundo um pouco mais cor-de-rosa... Afinal, a esperança é a última que morre!

Vou colocar essa letra linda aqui, e agradecer a Lulu Santos tanta inspiração!


A Cura

Existirá, em todo porto tremulará (se hasteará)
A velha bandeira da vida
Acenderá, todo farol iluminará
Uma ponta de esperança
E se virá, será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá, toda certeza vã, não sobrará
Pedra sobre pedra
Enquanto isso não nos custa insistir
Na questão do desejo, não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê que o inferno é aqui
Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo o mal, a cura...


Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.


domingo, 25 de novembro de 2007

Por quê?

Essa tem sido a palavra que mais tenho ouvido da minha pequena. Nada passa impune. Qualquer coisa, ato ou fato vêm acompanhados da indagação: por quê, mãe?

Muito interessante essa natureza humana. Desde tão pequenininhos já começam a querer entender e conhecer tudo quanto possível.

Isso me fez refletir. E depois, quando crescemos e ficamos cada vez mais atarefados, para onde vai essa curiosidade, essa ânsia pelo conhecimento?

Bem, além de todo conhecimento que podemos passar a vida inteira adquirindo, tem momentos muito importantes que não deveríamos deixar passar sem responder o porquê.

Esses momentos são quando tomamos alguma decisão, ou então quando temos certas atitudes, ou ainda quando nossa auto-estima se abala. Por quê? Por quê estou fazendo isso e não aquilo? Por quê fui tão rude com alguém? Por quê me senti tão mal assim?

São questões que se fossem respondidas nos fariam ter um maior autoconhecimento, saber as diretrizes que nos fariam mais felizes e também nos deixariam mais fortes para enfrentar novos problemas.

Instantes de meditação. E a busca por um eu cada vez melhor.


Professora de educação física e mãe em tempo integral, veterinária não atuante... Fiz trinta anos em 2006. Casada, dois filhos lindos (claro!!!! rsrs). Adoro contemplar o mundo e perceber que existe esperança, beleza, alegrias.


domingo, 18 de novembro de 2007

Festa Anos 80 (Laetícia, não tive a sua sorte)

Após ver anunciada uma festa com bandas tocando rock dos anos oitenta me animei. Coisa que não tem sido muito comum ultimamente, já que para passar a noite fora com o maridão, dependo dos meus pais cuidarem dos meus rebentos.

Bem, tudo acertado, lá fomos nós.

A boite em que seria o show tem um bar anexo, e dependendo da consumação, o que confirmamos assim que chegamos, a entrada não precisaria ser paga. Os problemas começaram quando pedimos a conta: sem qualquer constrangimento o garçom avisou que conforme resolução do dono, naquele dia a entrada deveria ser paga! Como eu já tinha o meu ingresso, que ganhei, resolvi engolir o sapo e pensei: a festa vai ser boa, a gente vai se divertir.

Entramos. Ambiente sem ventilação, muita fumaça de cigarro e... Nada de som! Aguardamos, nem tão pacientemente assim, por mais de uma hora. Quando finalmente o som foi ligado percebemos que banda mesmo, não começaria tão cedo. Esperamos mais meia hora. E, finalmente (!), DESISTIMOS. Tempo e dinheiro jogados no lixo. Falamos ao gerente e reclamamos a falta de respeito. Que aquela tinha sido a primeira e última vez que fomos ali.

Depois de tudo, mais de duas horas da madrugada, ficamos refletindo sobre o que se passou. Além de toda a falta de respeito, o que mais me espantou foi a passividade de todos.

A juventude alheia a tudo, sem qualquer iniciativa ou força para exigir respeito.

Um triste retrato da realidade em que vivemos...


Aline – não perde as esperanças, mas não tira a pergunta da cabeça: onde ainda vamos chegar?

domingo, 11 de novembro de 2007

Inércia

Acostumar-se à rotina...

Manter a rota...

Temer mudanças...

Gostar de planos cumpridos...

Odiar que algo não saia como planejado...

Querer controlar tudo (ou quase tudo)...

Tentar manter, só para não perder...

Não arriscar...

Não “petiscar”...

Não saber o gosto de velejar ao sabor do vento...


Aline: ainda não aprendi a gostar de mudanças, mas sei que elas têm o seu lado bom. Quanta força é necessária para romper a Inércia!




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