segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quando a vontade não vai

E quis sair, pra minha casa, pro meu mundo, pro meu canto,
prum lugar só meu, sem ninguém, nem você, nem niguém,
lugar onde não terei que me explicar, dizer, que disse, nem que nada,
onde serei só eu,
sabendo exatamente quem sou, e do que sou capaz,
sem medo, nem receio,
sendo apenas eu, eu mesma.

E quis sumir,
chorar, até não poder mais,
esquecer,
ser e não ser,
invisível; pra mim mesma.
Chorar até secar, até ninguém perceber mais,
nem eu mesma.

Num mar de lágrimas, renascer,
ser outra pessoa, e nada mais do que eu mesma.
Mas apenas eu.
Completa.
Única.
Apenas.
Sem e com vocês.
Da maneira como deveria ser.

Família, é bom e é ruim, nas devidas proporções.

2 comentários:

Anônimo disse...

Silvia,
Não conheço ninguém que nunca tenha sentido o que vc descreveu tão bem no seu texto!
Pois é... a gente cresce e parece não caber mais no lugar de antes, seja ele físico ou não.
Enfim... desejo que vc se acerte... e eu tbm! rs
beijos
Dani.

Tania disse...

Silvia,
Não tem um dia que eu não sinta exatamwnte assim! Você conseguiu transmitir em palavras essa vontade de sumir para um lugar só da gente, em que a solidão seja acolhedora e não triste.

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