- I -
Personagem principal: Mulher de 30, de cabelo novo, feliz da vida apesar da TPD (tensão pré defesa).
Coadjuvante: Senhor de mais de 80 anos, de cabelos completamente brancos, amparado por uma bengala, custando ficar de pé.
Lá vai a Mulher de 30, feliz da vida com seus cachinhos novos, saltitante, cabelos ao vento. Nem a proximidade da defesa da tese afetaria aquele momento único que é sair do salão de beleza se sentindo (e sendo) a mulher mais linda do mundo e da Paraíba. Lá vem o Senhor de mais de 80 anos, feliz da vida com sua bengalinha. Naquele ponto inevitável da calçada onde ambos passam um pelo outro, ouve-se, em alto e bom som (dentro dos limites de 80 anos, é claro):
GOSTOOOOOOOOOOOOOSA!!!
- II -
Personagem principal: Mulher de 30, ansiosa pra fechar um negócio, na sala de espera de seus clientes, pai e filho, ambos famosos cirurgiões plásticos.
Coadjuvantes: Paciente cinqüentinha vestida como Menina de 20. Secretária linda, do alto dos seus 18 aninhos. Cirurgião plástico filho, 35 anos, bonito, educadíssimo como todo homem deveria ser.
Saem do consultório o Cirurgião filho e a Paciente cinqüentinha, ele visivelmente exercendo auto-controle; ela, visivelmente jogando charme: “aaaaaaaaaaaaaaai, mas eu bem que queria não ter um rosto tãããão fino, saaaaaaaaaaaabe, queria ter assiiiiim umas bochechinhas” (sem perceber que a Mulher de 30 presente possui as tais bochechas) “seu rosto é bonito e harmônico como ele é e ficará mais bonito ainda depois da pequena intervenção que faremos” (médico educado e gentil) “aaaaaaaaaaaaaaaaaaah, mas pensando beeeeem, prefiro não ter estas bochechonas gigantes porque com o tempo elas caaaaaaaaaaaaaaaem, nééééééé’?” (olhando fixamente para a Mulher de 30 que permanecia indiferente na cadeira). Segue-se um silêncio sepulcral. O Cirurgião filho, educado como sempre, oferece um expresso e a Paciente cinqüentinha o acompanha, sem perceber que a Mulher de 30 está ao lado da máquina de expresso. A Paciente cinqüentinha, não satisfeita com toda a atenção que o Cirurgião filho a dispensava, passa a encarar a Mulher de 30, até esta acabar olhando de volta. Neste momento em que os olhares da Paciente cinqüentinha e da Mulher de 30 se cruzam, ouve-se em alto e bom som (desta vez, sem limites de idade):
VOCÊ VAI FAZER PLÁSTICA NO ROSTO, NÉÉÉÉÉÉÉ?
Personagem principal: Mulher de 30, de cabelo novo, feliz da vida apesar da TPD (tensão pré defesa).
Coadjuvante: Senhor de mais de 80 anos, de cabelos completamente brancos, amparado por uma bengala, custando ficar de pé.
Lá vai a Mulher de 30, feliz da vida com seus cachinhos novos, saltitante, cabelos ao vento. Nem a proximidade da defesa da tese afetaria aquele momento único que é sair do salão de beleza se sentindo (e sendo) a mulher mais linda do mundo e da Paraíba. Lá vem o Senhor de mais de 80 anos, feliz da vida com sua bengalinha. Naquele ponto inevitável da calçada onde ambos passam um pelo outro, ouve-se, em alto e bom som (dentro dos limites de 80 anos, é claro):
GOSTOOOOOOOOOOOOOSA!!!
- II -
Personagem principal: Mulher de 30, ansiosa pra fechar um negócio, na sala de espera de seus clientes, pai e filho, ambos famosos cirurgiões plásticos.
Coadjuvantes: Paciente cinqüentinha vestida como Menina de 20. Secretária linda, do alto dos seus 18 aninhos. Cirurgião plástico filho, 35 anos, bonito, educadíssimo como todo homem deveria ser.
Saem do consultório o Cirurgião filho e a Paciente cinqüentinha, ele visivelmente exercendo auto-controle; ela, visivelmente jogando charme: “aaaaaaaaaaaaaaai, mas eu bem que queria não ter um rosto tãããão fino, saaaaaaaaaaaabe, queria ter assiiiiim umas bochechinhas” (sem perceber que a Mulher de 30 presente possui as tais bochechas) “seu rosto é bonito e harmônico como ele é e ficará mais bonito ainda depois da pequena intervenção que faremos” (médico educado e gentil) “aaaaaaaaaaaaaaaaaaah, mas pensando beeeeem, prefiro não ter estas bochechonas gigantes porque com o tempo elas caaaaaaaaaaaaaaaem, nééééééé’?” (olhando fixamente para a Mulher de 30 que permanecia indiferente na cadeira). Segue-se um silêncio sepulcral. O Cirurgião filho, educado como sempre, oferece um expresso e a Paciente cinqüentinha o acompanha, sem perceber que a Mulher de 30 está ao lado da máquina de expresso. A Paciente cinqüentinha, não satisfeita com toda a atenção que o Cirurgião filho a dispensava, passa a encarar a Mulher de 30, até esta acabar olhando de volta. Neste momento em que os olhares da Paciente cinqüentinha e da Mulher de 30 se cruzam, ouve-se em alto e bom som (desta vez, sem limites de idade):
VOCÊ VAI FAZER PLÁSTICA NO ROSTO, NÉÉÉÉÉÉÉ?
Laeticia é a segunda Mulher de 30. A primeira é a Sisa. São irmãs e amigas e coincidentemente passaram por momentos bizarros hoje.
3 comentários:
Tem coisas que só vivendo pra acreditar! Hahhahahaha!
Beijos pra duas vítimas das bizarrices!
Rë
Hahahaha! Cada uma que eu vou te dizer, heim?
Que tal responder com:
- Não querida, e você, vai fazer plástica no céeeeeeeeerebro?
Beijocas para as duas!
A gente ganha pouco, mas a gente se diverte. Hahahahah...
E aí, vai fazer a plástica na cara quando?
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