terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dia dos pais


Nas escolas onde trabalhei, há anos não se faz comemoração de dia dos Pais, mas sim algo que envolva a família como um todo, da forma que ela esteja organizada, pelo fato de que a maioria dos alunos não tem pai.

Como assim, não tem pai? Nasce como, então?

Explico: nasce como toda e qualquer criança. Mas por motivos variados e inúmeros, o pai acaba se separando da mãe e, quase sempre, da criança. Para uma mãe isso soa impensável, e a gente estranha ver as raras famílias levadas apenas pelo pai. Mas famílias levadas apensa pela mãe, são tão comuns que ninguém nem estranha.

Para uma mulher que se separa do marido, muitas coisas mudam, mas não o fato de que ela é mãe. Agora, para alguns pais, a coisa parece ser ligada: não sou mais marido, então não sou mais pai.

Que absurdo!

Cadê os homens desse país? Cadê os homens que não precisam de uma esposa ou de uma intimação da justiça para ser pais? Cadê os homens com coragem? Com responsabilidade? Com senso de compromisso? Cadê os homens que criam a geração do futuro? Por favor, manifestem-se, pois o que ando vendo são ex-pais (como se fosse possível!), que se afastam de tudo e deixam seus filhos com as mães, sem ao menos dar o acompanhamento legal, regrado em legislação, de auxiliar no sustento, prezar pela saúde, dignidade e educação.

O que vejo são “pais” que nunca pagaram pensão, que nunca visitaram a escola dos filhos, que nunca olharam um boletim, que nunca passaram noites em claro, que nunca ficaram na fila do plantão, que nunca brincaram mesmo estando exaustos, que nunca ficaram preocupados 24 horas por dia, que nunca choraram ou riram com eles, que nunca dormiram lendo uma história, que nunca enfrentaram surtos de fúria adolescente, que nunca disseram não, que nunca foram pais.

Mas acham que ter tido uma relação sexual que ocasionou em uma gravidez os faz serem pais.

Não, não faz.

Renata parabeniza os pais de verdade e teme pelas gerações do futuro...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótima observação sua, Renata!

Mas, penso que não devemos culpar somente o pai pela injustiça com os filhos. Ta certo que vários homens(zinhos) são playboy demais para cuidar de filhos.

Só que há de evidenciar, também, que o feminismo sob a ótica de panfletagem ocasiona o má relacionamento entre pai e filhos. Mulheres que querem sobrepor os homens, ou, no mínimo, se igualar aos direitos (às vezes sem os deveres) e ao imaginado e enganado retrato “devasso” do homem.

A noção e os valores familiares se esvaecem pelo fato das mulheres pensarem cada vez mais que têm a obrigação em ser independentes, consequentemente, ter filhos independentes sem casar-se; até mesmo nem tê-los, perdendo de graça sua graciosidade feminina em ser mãe/esposa! Daí a ausência do PAI.

Quando casados, se o homem é totalmente dependente da mulher, visto o antigo dito que ao lado dele existe uma grande mulher, o por quê da mulher também não ser dependente do homem? Os filhos merecem este respeito mútuo entre os pais. Quando um não quer dois não brigam! E, no mais ninguém é mais que ninguém!

Comentário de um homem casado, pai de 2 filhos, um deles com uma esposa maravilhosa e o outro separado!

Um forte abraço.

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