Veio como filete, fresta de água
Rachou a parede da casa, pingo por pingo
Já não podia correr para outro canto
Vazou devagar ganhando espaço e abrindo caminho
Água de remanso
De goteira virou poça
Poço de corrente
Riacho
Balanço buscando mais água criou onda
Arrebentou na beira de outro lugar
E o doce virou sal
Lagoa grande que carrega águas vindas também do céu
Claro ou escuro o mistério do mar pingava nas manhãs no teto de minha cozinha
Deixo vazar o desenho na parede, tatuagem
Quem sabe um dia conserto
Esta minha infiltração.
Juliana escreve esporadicamente.
2 comentários:
Me encontrei!
Amigas "Balzacas", amei o blog!
Passa no meu...
Bjos!
Não se afobe, não
Que nada é pra já
(ou:
Não se afogue não
que nada é pra já)
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