terça-feira, 16 de novembro de 2010

O jogo do contente

Sempre gostei muito de ler. Leio desde pequena, e sempre li estilos diversos. Cheguei ao ponto de a bibliotecária da escola liberar para mim uma parte da biblioteca destinada “aos grandes”, porque eu já havia lido todos os da minha idade. Minha mãe era professora na mesma escola, então eu gozava de alguns privilégios.

Mas como mãe é mãe, também tive leituras proibidas e leituras obrigatórias. A que mais me marcou foi o livro Pollyanna. Detestei aquela história do início ao fim! É um clássico da literatura infanto-juvenil, publicado pela primeira vez em 1913.

A história é triste. O sofrimento pelo qual a protagonista passa é imenso, mas ela raramente se abala. Leva sua vida de acordo com um ensinamento do pai: o jogo do contente. Este consiste em SEMPRE achar um lado bom para tudo o que acontece. SEMPRE.

Eu achava aquilo irritante demais! Como alguém não se revolta, não se entristece, não reclama?! Meu Deus! Achava muita passividade. Quanto mais ela achava coisas que a deixavam contente, mais eu me irritava!

Mas ultimamente me pego jogando tal jogo. Não que eu não me irrite, não me revolta, não reclame. Mas percebo que é muito mais fácil ver o lado negativo. Ver o problema. Ver a rachadura.

E jogando o tal jogo, a pessoa se esforça pra achar o lado bom. E percebi que ele SEMPRE está lá. SEMPRE. Às vezes mais explícito, às vezes menos. E percebi que a vida não é mais fácil sob esta ótica. Muitas vezes é custoso achar o lado bom, enfraquecer as coisas ruins. Negar o negativismo. Mas é bem mais gostoso viver assim.

Renata se declara jogadora oficial do jogo do contente. E recomenda!

2 comentários:

Unknown disse...

OI Rê!
ptz, tb sou meio pollyanna. mas tem horas que é realmente mais fácil não ser.

de qualquer forma, fica pra reflexao. tudo, tudo mesmo, tem o lado bom.
mesmo que a gente nunca descubra qual é.

bjos!

Andréia B. Borba disse...

Oi Rê!
Adorei o texto...
Também procuro achar o lado positivo das coisas, mesmo que às vezes isso pareça algo extremamente difícil...

Penso que, no fundo, o tal livro acabou irritando a maioria das pessoas que o leram (e aqui me incluo)justamente porque relutamos um pouco em procurar pontos positivos... Reclamar é tão mais fácil, né?
Bjs!
Déia

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