sábado, 16 de fevereiro de 2008

Reaprendendo a Caminhar

Demorei anos para compreender e aceitar que sou responsável por minha felicidade. Já lia e ouvia sobre isso, mas não aceitava. Quase sempre me considerei uma pessoa feliz, e sempre soube que momentos de tristeza e decepção fazem parte da vida.

Entretanto, não sei se por me afastar de meus sonhos e objetivos iniciais, de uns tempos para cá reprimi meus pontos de vista, meus valores, minha personalidade, por vários motivos, entre eles para conviver social e profissionalmente. Assim, minha alegria, o mais me caracteriza, foi ficando escassa, e, por assumir muitas responsabilidades, como a maioria das pessoas adultas, acabei adquirindo muitos problemas. Os maiores problemas não foram criados por mim, mas não pude fugir deles quando chegaram.

Também, como a maioria das pessoas, resolvi muitos desses problemas e segui em frente. Outros ainda não resolvi, mas sei que se resolverão. E outros sei que não consigo resolver, e preciso conviver com eles. Mas o fato de ter aberto mão de parte de minha alegria para me “enquadrar” acabou me deixando desamparada.

Já consegui perceber que preciso recuperar minha alegria para me sentir feliz novamente. Também já percebi que só eu posso fazer isso, e que ninguém fará isso por mim. Depois de muitas decepções ocorridas ao longo do ano passado, resolvi que vou, mesmo que o preço seja alto, recuperar e reafirmar meus valores, minha auto-estima, minha alegria.

Contudo, como passei um bom tempo me anulando, também sei que há um longo caminho a percorrer para recuperar o que perdi porque acreditei que outro modo de vida me faria feliz.

Espero, daqui a algum tempo, escrever outro texto contando que voltei a ser aquela pessoa que tem orgulho de si mesma e de suas atitudes, sem se importar com difamações de pessoas invejosas e infelizes que um dia conseguiram abalar minha autoconfiança. Realmente, hoje quero que essas pessoas se roam de inveja ao me verem reerguida, e sei que isso vai acontecer. Sei que vai demorar, mas já comecei. Já reconheci o problema e quero solucioná-lo. Agora só falta o modo de fazê-lo, que vai levar tempo...


Tania levou uma rasteira muito grande, caiu e se machucou muito. Mas agora está reaprendendo a andar com as próprias pernas, e, mesmo com muita dor, sabe que a felicidade é andar, sozinha ou acompanhada, mas sem apoios.

5 comentários:

Angel disse...

Tânia,
Assim como disse à Paula, conte comigo para o que precisar. Somos um grupo e nós temos o privilégio de estarmos próximas (geograficamente). Não se acanhe se quiser conversar ou mesmo tomar um sorvete e conversar fiado!
Fico por seus novos passos!

Beijos!

Angel disse...

Eu quiz dizer que fico FELIZ por seus novos passos.

Desculpem o erro!

Anônimo disse...

Entrei no blog agora, mas vou de contar as vezes me sinto assim tb!!! Força ñ desista nunca, pois o sol nasce pra tds.
Um forte abraço,Rosa Mônica

Sisa disse...

Oi Tânia, olha a coincidência com meu texto aí embaixo... Depois do tombo que eu levei, meu problema foi gastar tempo demais tentando entender o que aconteceu ao invés de tratar logo das feridas. Mas depois que a gente consegue, morrendo de medo, ficar de pé, espero que a coragem de sair caminhando demore um pouco menos...

Paula disse...

Tânia, assim como você, passei por uma situação bastante difícil neste último mês, e entendo bem o que está dizendo... Acabei concluindo, da forma mais difícil, que não devemos abandonar nossos valores jamais, pois são eles que nos sustentam quando nada mais nos conforta.

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