quinta-feira, 24 de abril de 2008

Oneomania

Olá.
Meu nome é Milena.
Hoje é a minha primeira vez aqui e eu sou oneomaníaca.
Não sei dizer ao certo quando foi que isso começou.
Na realidade, gosto de pensar que essa é uma das heranças genéticas que ganhei da minha mãe. Não sei se posso afirmar isso, mas diminui consideravelmente a minha culpa.

A wikipédia, fonte universal de saber, cultura e blábláblá diz o seguinte sobre o oneomaníaco: “consumidor ou devedor compulsivo. Pessoa que tem a necessidade de comprar assim como um viciado necessita da droga. O primeiro grupo de apoio para a doença (D.A. - Devedores Anônimos), surgiu em 1968 nos Estados Unidos, migrou para o Brasil em 1997 e tem reuniões de apoio em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná. Não existe um dado oficial sobre oneomaníacos no Brasil, mas acredita-se que 3% da população sofra com a compulsão de comprar. Para a Oneomania não existe remédio, ela é uma doença tratável assim como o Alcoolismo”.

Para minha sorte - e devo nessa hora agradecer à Santa Nossa Protetora dos Saldos Bancários - não ligo para grifes, marcas e etcéteras. Ligo para liquidações. Ligo para promoções. Meu deus, só de ver essas duas palavras juntas na mesma oração já tenho faniquitos!

O problema começa quando eu descubro na minha cidade uma loja de bugigangas boas, bonitas, baratas e inúteis! Pronto, lá vou eu, lépida e fagueira, todas as manhãs de domingo - como quem vai à missa - exercitar um pouquinho do meu vício.

Outro problema foi a introdução das compras on-line no meu dia-a-dia. Lojas sem o menor pudor enviam-me diariamente e-mails contendo promoções de livros - e esses sim, admito são minhas maiores compulsões. Juro, eu tento resistir. Mas quando vejo um guia de turismo ilustrado de Jerusalém e da Terra Santa por R$ 9,90... ahhhhhhh Eu chego a suar frio!

Mas também tenho meus momentos de glória ao comprar uma sandália de qualidade razoável - tipo, que dure uma ou duas primaveras - por R$ 19,90. Rua 25 de março, Brás, José Paulino, Jaú e outros destinos como esses me fazem muito feliz. E depois da felicidade vem a culpa. E a ressaca moral.

Ser oneomaníaca não é divertido, e para sua sorte, se você nem sabe o que é isso, provavelmente você não sofre desse mal.


Milena sofre e é feliz com esse vício/ doença/ compulsão. Já está tentando se tratar sozinha, mas nem sempre consegue. Escreve aqui às quintas.

6 comentários:

Gisele Lins disse...

Mí eu já fui testemunha de muitas das tuas vitórias contra isso. Força na peruca aí, flor, prometo que vou controlar mais os meus impulsos também, pra não te estimular! Beijos!

Angel disse...

Tô longe de ser oneomaníaca. Resisto muito bem a coisas lindas que vejo por aí. Talvez possamos tracar informações para você me ensinar a comprar umas bugigangas e eu te ensinar a ter preguiça de comprar.

Bjos!

Bárbara Anny disse...

Milenaaa,
sou estudante e estou fazendo um trabalho de psicologia sobre oneomania, gostaria se saber se vc me autoriza a usá-lo em meu trabalho?
Obrigadaa
Bárbara Anny

Danielle Kar Lee disse...

Bom dia Milena! Tenho pensado nesse assunto nos ultimos dias e acho q chegou a hora de assumir essa enfermidade. To meia perdida e nao sei como agir, qdo comecei a procurar dicas na net encontrei seu blog e resolvi te escrever. A unica coisa q ja tentei fazer é deixar o cartão de crédito em casa, ajudou muito mas só consegui fazer isso por poucos dias, como meu salario é pouco nao consigo pagar tudo a vista, dai pego o cartão pra fazer compras de supermercado e ali mesmo já começo a achar coisa q não preciso ... Acabei de ler em um site q não é pra fazer emprestimos pra pagar fatura de cartão, mas tem aquele porem, o juro do cartão é muito alto, mas tenho medo de aproveitar q paguei tudo e começar de novo. Será q nunca vou aprender? O q vc tem feito? Escreva pra mim por favor ....
Boa semana pra vc!

Anônimo disse...

Olá Milena, Eu estava pesquisando na net algumas histórias sobre pessoas oneomaníacas e acabei encontrando esse blog da qual você faz parte!Copiei sua história, para mostrar para meus alunos, Ok? Não vai ficar chateada não, tah?

Abraços, se cuida!

Anônimo disse...

oi milena to passando por um problemão meu marido tem oneomania todo mes compra celulares e apos uma semana de uso enjoa e vende a preço de banana pra conseguir pagar os cartoes de credito e comprar os proximos não compra mais nada roupa e nem pensa em construir nada comprar uma casa um carro so celulare quando tento fazer ele adimitir a doença pra procurarmos ajuda ele fica agressivo e neste momento prefere ate acabar com nosso casamento que deixar de comprar o celular não sei o que fazer para ajuda lo a se curar ja fui no pisiquiatra e ele disse que so pode ajuda lo se ele adimitir e for la se tratar mais e impossivel ele dizer que tem o problema e eu estou de mãos atadas.

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