segunda-feira, 4 de maio de 2009

Silêncio das Palavras


Acordou e não queria dizer, abriu a boca mas seus olhos continuaram fechados. Procurou se lembrar do que havia acontecido enquanto tentava ao mesmo tempo esquecer. Tinha vontade de dormir por anos a fio, com o intuito de que o tempo levasse tudo embora, tudo mesmo. Recompunha tudo que havia sido dito, acreditava que dessa vez não fora ela quem começara a discussão, mas é sempre tão difícil saber ao certo. Por mais que Anastácia tentasse, sua opinião já estava estabelecida e, infelizmente, não era das melhores impressões. E a falta de conversa sobre o assunto a fazia acreditar cada vez mais que não se enganara, mas no fundo, gostaria de o estar. Por que não conversavam? Não o sabia e já estava cansada de ser sempre a pessoa a tentar. Não mais. Estava resolvido, tinham resolvido por si só. Falaria apenas de coisas boas, fingiria que as ruims não os atingia, não perguntaria o que não estivesse preparada para saber e mais, deixairia que o tempo, mais uma vez mostrasse as caras, das pessoas.


Esse texto foi escrito há alguns dias atrás, fiquei pensando sobre ele por muito tempo, na dúvida se publicava ou não. Contudo, ainda hoje, escrevi, outro mais sombrio, e percebi que o melhor era deixar como está, pois algumas dúvidas só tempo é capaz de tirar.

2 comentários:

Mariana disse...

em geral adoro seus textos silvia! mas esse me tocou demais! amei! beijos!

Anônimo disse...

Fantástico!!!
Parabéns!
Abraços

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