sábado, 22 de agosto de 2009

A primeira vez a gente nunca esquece




Nos conhecemos há mais de 3 anos. Ela é a coisa mais linda da minha vida. Eu a projetei, planejei e esperei ansiosamente muitos anos antes de tê-la conhecido.


Já falei aqui neste blog da grande influência de sua alma para o meu bem-estar e sanidade mental.

Pois bem, hoje então marca o dia que nos separamos por mais de 24 horas pela primeira vez.




Quarta-feira, 20 de agosto. Acordamos pela manhã juntas. Abraços, beijos, café da manhã e lá foi ela para escolinha sem ter a mínima idéia (pelo menos é o que eu acho) que não nos veremos pelos próximos 3 dias. Tentei explicar mas é bem difícil saber o nível de compreensão de uma criança de um pouco mais de 2 anos. Na verdade acho que entendem muito mais do que pensamos. Outro dia mesmo li uma pesquisa sobre isso. Achados reportam que crianças de 0 a 5 anos têm mais percepção, recepção e interpretação do meio onde vive que um adulto pois este último tende a estar concentrado em tarefas específicas e perde a visão global das coisas. Além disso a criança está no pico de sua plasticidade cerebral e portanto com o cérebro muito mais propenso a captação de sinais e ao aprendizado. Um alerta aos pais: liguem as antenas e percebam o que acontece ao redor dos seus filhos pois se este estudo for verídico, o que vêem e escutam em tão tenra idade terá muito mais influência no futuro adulto do que até então pensaramos ter.

Estou no avião agora. Bem satisfeita por estar a caminho da Gold Coast, no nordeste da Austrália. Calor de 30 graus em agosto, sol, sol, sol e uma Conferência em Audiologia. Está certo que não terei tempo de ir à praia e nem ao menos aproveitar a piscina ou a jacuzzi do hotel mas só o fato de saber que estou deixando as baixas temperaturas, a chuva e o vento frio de Melbourne por alguns dias já me satisfaz. Estarei em companhia de colegas de profissão e me atualizando no que há de mais moderno na pesquisa em audição e próteses auditivas. Tudo isso me deixa borbulhando por dentro. Amo o que eu faço e abrir os horizontes faz com que meu trabalho se torne ainda mais interessante. Como resultado, que eu então venha a encontrar soluções que farão meus pacientes mais satisfeitos e por conseqüência mais felizes com suas próprias vidas. Esse é o objetivo e é o mesmo motivo que me leva ao consultório todos os dias e me faz deixar a pequena pessoa aos cuidados de estranhos.

Como tudo na vida, perdas e ganhos. Claro que é difícil se afastar pela primeira vez mas por enquanto estou tranquila. Pensando bem, sera que ela vai dormir bem sem me dar um beijo de boa noite? Rsrsrsrs

Primeira noite. Um jantar em um cruzeiro com uma palestra sobre zumbido de um americano que veio de São Francisco, na Califórnia. Esse é um assunto que intriga muitos audiologistas pois é um dos problemas na medicina em que ainda não se encontrou cura. Há tratamentos mas de fato o zumbido estará sempre lá, provavelmente incomodando menos, mas presente. A palestra acabou as 20hs. Putz, cadê meu celular, cadê... o Sr Fritz atende e diz que ela já foi dormir.

Aí vem a frustração de se sentir relapsa por nem ao menos ter telefonado na primeira noite de ausência, por ter me tornado profissional demais naquele momento e ter perdido o horário de sono dela, ter perdido a chance de dar boa noite a distância, pelo telefone.

Algumas taças de espumante depois eu já tinha relaxado e consegui dormir sem o sentimento de culpa. Na manhã seguinte, por algum motivo eu achei que Melbourne estava 1h atrás da Gold Coast e pluft, eu a perdi de novo.

Não encanei muito desta vez pois afinal de contas ela tinha um dia todo pela frente e normalmente nós interagimos de maneira mais intensiva a noite.

O meu bem-estar prosseguiu pois estava tão excitada com as novidades do mercado e com as oportunidades de conhecer pessoalmente indivíduos que tem o conhecimento em suas mãos (ou melhor, cabeças hahaha). Mas mãe é mãe e se sente mãe 24hs por dia. Não pode mancar assim.

...

Sábado, 22 de agosto. No avião de novo. Agora retornando a Melbourne. O congresso foi bárbaro. Foram 20hs de palestras, 3 jantares, muita dança, comida, bebida, risada e networking. O sol brilha agora, magnífico. Eu poderia ter esticado mais um dia pois amanhã é domingo. Seria o me time. Biquíni, óculos de sol, iPod, um bom livro e uma cadeira de praia?

Nããããããããããããããããooooooooooooooooooo. Definitivamente!

Mal posso esperar para chegar em casa e ver minha Isa monkey. Três dias de desenvolvimento profissional foi bom, mas por agora chega dessa brincadeira de vida independente.

Lil escreve aqui aos sábados e achou que não conseguiria publicar o texto dessa semana pois não encontrou oportunidade de conectar a internet do quarto do hotel. É mãe e profissional. Às vezes acha que deveria ser mais mãe que profissional para o benefício da Isa monkey, que é a coisa mais importante da vida dela.

2 comentários:

Júlia disse...

Ahh..que lindooo!!!

Polly Etienne disse...

vc tirou de letra ué!!!
bjokasssssssssss

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