sábado, 23 de fevereiro de 2008

Um pouco de inocência

Adoro desenho animado! É claro que, hoje em dia, já não posso assisti-los como antigamente, nem conheço mais todos eles, mas continuo sendo fãzona.

A maioria dos desenhos do “meu tempo” (ai que horror!) já nem existe mais (Smurfs, snif!), e eventualmente eu descubro que eles estão passando de novo em alguma emissora ou que foram “remasterizados”, ou então que foi feita a versão com os filhos dos meus personagens preferidos. É claro que eu sempre acho a versão antiga melhor, mas, ainda me divirto muito com os desenhos de hoje, nas raras vezes em que eu consigo assisti-los.

Nunca gostei, no entanto, de desenho de lutinha e de monstro. Essa história perpétua de Power Isso ou Aquilo e de bichinhos japoneses com poderes, Coisamons, e muito tá tá tá pow acaba comigo. Quando criança eu achava um tédio, pois parecia que nada de concreto acontecia ali, além das simulações das lutinhas serem péssimas e nada convincentes (eu sei, eu já era estranha, fui uma criança adulta e hoje sou uma adulta criança). Sem ofensas, eu sei que tem um monte de gente que adorava e ainda adora, só não faz mesmo o meu tipo.

O que eu gosto mesmo é destes bem inocentes, mas que tem uma sacada, um humor inteligente quase subliminar. Eu gosto dos que tem história, dos que os personagens acabam tendo personalidade e traços psicológicos únicos. E tenho tido gratas surpresas ao ver que na nova geração de desenhos, ainda aparecem alguns “do meu estilo”. Nos últimos tempos O Estranho mundo de Bob era o meu preferido, até chegar o Bob Esponja (detalhe: não estranhem, eu não tenho TV a cabo, satélite ou pirlimpimpim e ainda sou feliz com isso, então, o meu conhecimento se restringe à TV aberta mesmo). Virei super fã. Cheguei a pensar em fazer meu aniversário de 30 anos com a decoração do Bob, igual à da festa de três anos que eu fui do sobrinho de uma amigona no ano passado (a piscina de bolinhas tinha que ser maior, é claro, e tinha que ter um Patrick enorme, pois eu o adoro!). Mas agora estou realmente em dúvida: conheci há pouco A Mansão Foster Para Amigos Imaginários e acho que ela desbancou o Bob, infelizmente. O desenho chega a ser emocionante: a senhora Foster resolveu acolher monstros imaginários (que são horríveis e muito fofos) cujos criadores (crianças como eu e você já fomos) já cresceram e esqueceram deles, ou por algum motivo não puderam mantê-los. Óooowwwnnnnnn. Adorei, é muito, muito lindo e se eu pudesse estaria em casa toda manhã para assistir, ou moraria eu mesma na mansão.

Estou em êxtase também com a enxurrada de longas metragens dos últimos anos. A cara do gato de botas do Shrek? Não tem preço! A esquecida Doli? Fantástica! O esquilo da era do gelo? Sensacional! Quando eu era criança esse “mercado” não era tão disseminado. Ainda bem que muitas das crianças da minha época cresceram, continuaram amando desenhos e resolveram viver disso, fazendo filmes para crianças grandes como eu (sim, porque a maioria destes filmes obviamente não é feita para crianças pequenas).

Meu consolo é que eu sou bem esquisita. Há um tempo alguém me disse eu seria daquelas que conta histórias inventadas para as crianças da minha vida. Pretendo mesmo, mas quero ainda interpretá-las com teatrinhos e à luz de velas, chamar os amiguinhos e me divertir muito com elas, antes que cresçam um pouco e digam “não dá bola pra doida da minha mãe, vó, tia, dinda”. Por enquanto pretendo continuar assistindo desenho pra ser uma doida pelo menos bem inspirada.


Gisele Lins descobriu que deveria ter nascido um amigo imaginário, mas caiu no corpo errado. Escreve aqui aos sábados.

7 comentários:

Anônimo disse...

Ah, legal!!!!
Sinto saudades do Snoopy e dos Smurfs. Há uma maratona de Pica-Pau (no SBT e na Record) durante o dia. Tenho uma camiseta com uma foto do Snoopy e acho muito engraçado quando alguma criança me vê vestido com ela e fica com cara de interrogação. Já tive uma do Pica Pau também.
Pretendo comprar todos esses desenhos em DVD quando achar.
Abraços, menina!!!

Angel disse...

Eu já gostei muito de desenhos, os de nossa época, como você disse.
Não simpatizo com os de hoje, embora não conheça "A mansão Foster...).
Como disse Huguinho, tb tenho saudades dos Smurfs, do Popeye, dos desenhos de 25 anos atrás.

Bjos!

Anônimo disse...

Adooorrrooooo desenhos animados. Sempre me achei meio anormal por curtir isso ainda... vc me aliviou rsrsrs

Claro, prefiro os mais inteligentes, divertidos ou bonitinhos.

Pena que transmite de dia, e eu trabalho, então, quase não vejo (pois tbém não tenho TV a cabo). Muito melhor que novela...

Beijos

Anônimo disse...

HAHAHAAHAHA

Me diverti muito relembrando coisas bacanas que já até havia esquecido.

Vou procurar na grade o horário da Senhora Foster para ver, este eu ainda não conheço.

BEIJOS

da Ale (que ta aqui no Sul esperando teu contato!)

Paula disse...

Eu também faço parte do saudável grupo que ainda assisti a desenhos animados!
Caverna do Dragão, Scooby-doo, Smurfs, He-man, She-ha, Popeye, Liga da Justiça, Homem-aranha... POsso ficar aqui até amanhã rsrs.
A Mansão Foster é uma graça! E dos atuais, também gosto de Três Espiãs Demais. E de mais alguns, confesso rs.
Sabe, acho que nós é que somos felizes!!!
Beijos.

Unknown disse...

Me identifiquei muito com o seu texto!!! Também acho q a mansão foster é muito legal! Continuo amando desenhos, assito todos, até aqueles destinados às criancinhas, tanto que a dona da locadora me perguntou quantos anos tinha meu filho! rsrs

Sisa disse...

O Fantástico Mundo de Bobby eu tenho certeza que foi baseado no meu irmão, rs... Ele é irmão gêmeo dele!
Agora, recentemente dei uma mergulhada na minha infância sabe como? Uma amiga daqui de Portugal me arrumou uma sacola ENORME de revistinha da Turma da Mônica! Enquanto vou fazendo as malas vou lendo aquilo e me acabando de rir!

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