sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gente Complicada

Lidar com gente é muito difícil. Por mais que façamos tudo para agradar ou tudo para não desagradar, ou tudo para nem ser notado por alguém, há sempre um alguém que está insatisfeito com nossas atitudes. Recentemente, em meu ambiente de trabalho, que tem muita gente insatisfeita com o que faz, resolveram reparar mais em mim, para encontrar meus defeitos. Sei que tenho muitos defeitos, e que nem precisa olhar muito para encontrá-los, mas o caso ficou pessoal. 

Tenho uma colega de trabalho, dessas que todo mundo tem, que se acha o máximo em tudo o que faz, e se porta como se fosse mesmo a pessoa mais fantástica do mundo. Até aí, não me incomodava, pois bastava que eu ficasse na minha, que ela poderia continuar com os delírios de superioridade dela. Mas não foi isso o que aconteceu. Eu continuei, e tento continuar na minha, mas a pessoa resolveu que, por algum motivo, eu a incomodo. E olha que nós não competimos nem por função no serviço. Virou implicância mesmo, sem motivo aparente. 

De uns tempos para cá, ela espalhou no trabalho que sou incompetente, e que minhas conquistas profissionais foram por proteção. Só se for proteção de algum santo, pois onde trabalho mais tem gente para ajudar a gente a afundar do que para puxar para cima. Até aí, eu não podia fazer nada, porque ela falou para outras pessoas, e não diretamente para mim. Como boato espalha mesmo, descobri que ela falou isso de mim. Depois, a minha que-ri-da colega de trabalho começou a atacar diretamente. Uma manhã, numa conversa durante o lanche, a turma falava de compras, e eu, como sou pão-dura, reafirmei minhas atitudes super-econômicas. Todos riram, e iria ficar na brincadeira, quando a pessoa solta a pérola: “Deus abençoe quem doa, pois se eu não tivesse ganhado um pãozinho hoje, ficaria com fome”. Detalhe que ela ganhou um pãozinho de um sujeito que tem um salário bem menor do que o dela, e que isso é prática comum. Agora, por que falar uma frase dessas justo num momento de descontração, em que eu falava do quanto seguro dinheiro?! É provocação mesmo. 

Bom, podia ter parado por aí, e eu ia pensar que foi implicância minha... Mas, dias depois, quando eu conversava com outra colega sobre sairmos para um bar à noite, ela entra na conversa, sem ser chamada, e brinca que mulher casada não pode sair solta assim. Tudo bem, era brincadeira! Mas aí ela completa que achava estranho eu ser casada, pois não me imaginava casada, e que eu parecia frágil, e não uma mulher casada. Pode?! Bom, agora sou incompetente, egoísta, frágil, e que não consegue homem. É dose!

E a cada dia parece que cresce a admiração dessa colega por mim. Acho que vou colecionar os elogios que ela me faz, pois são muitos. Ela não é muito querida no trabalho, justo por espalhar falsos boatos, por se portar como a melhor, por tratar as pessoas com ar de superioridade. Mas precisava caçar confusão comigo? Por enquanto estou rindo das baboseiras que ela fala de mim. Vamos ver até quando agüento ficar calada, diante de tantas pérolas. É por isso que gosto tanto de animais, eles não têm tantos problemas.....


Tania está aprendendo a contar até um milhão em números primos, para ver se acalma enquanto ouve os discursos vazios de sua colega.

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