segunda-feira, 11 de maio de 2009

Às vezes a justiça é feita


Há um pouco mais de um ano e oito meses atrás fui roubada no aeroporto JFK em Nova York, abriram minha mala e retirararm de lá o notebook novo que havia acabado de comprar com todo o dinheiro das minhas aulas particulares que economizei por um ano. Bom, só fui perceber o assalto ao chegar am São Paulo, devidamente atrasada, pois a TAM demorou mais de uma hora para sair de Nova York e portanto, com uma brecha de 40 minutos para pegar o avião para Belo Horizonte. Eu e minha mãe, devidamente transtornadas, tentamos de tudo, fomos no balcão de reclame de bagagem, pesamos, mostramos e demonstramos o ocorrido para um beócio qualquer da TAM e não conseguimos nada, ou melhor, conseguimos dois folhetos com um email para fazer a reclamação online... Tentamos também na Polícia Federal do aeroporto de Guarulhos, nos encaminharam para o SAC do aeroporto e ainda tiveram a coragem de dizer que não podiam fazer uma ocorrência policial. No SAC, assim como nos outros locais, todos lavaram suas mãos, só faltaram dizer que havíamos sido roubadas por culpa própria. De novo no balcão da TAM, nos entregaram outro folheto com orientações sobre o que deve ou não ser colocado na mala. A essa altura nós tínhamos que decidir pegar o avião para BH ou ficar em São Paulo e tentar encontrar alguem que realmente quisesse nos ajudar; decidimos pelo primeiro e embarcamos chorando.

Uma viagem ótima de uma semana em Nova York terminou dessa maneira, por que algum FDP se sentiu no direito de fazer compras na minha mala, compras estas que ele não pagou. Até hoje.

Chegamos em casa tristes e tomamos uma decisão que talvez muitos de nós, devido à descrença na justiça e no sistema judiciário brasileiro, não tomam; processamos a companhia aérea TAM. E hoje minha amiga e também advogada me deu a notícia de que finalmente recibi o valor referente a um notebook igual com o valor reajustado para se comprar outro aqui no Brasil, afinal, eletrônicos nos EUA são muito mais em conta do que aqui. E desta vez eu posso dizer: a justiça tarda mas não falha.


Hoje eu sei que no balcão de reclame da bagagem eles são obrigados a fazer um relatório após pesagem da bagagem, assim como na Polícia Federal eles também fazem o boletim de ocorrência. Hoje eu tiro foto da minha mala no hotel, aberta e fechada, se cismar tiro tambem no aeroporto no balcão de check-in. Podem me chamar de louca, não ligo, pois hoje eu sei que eles fazem de tudo pra te enrolar e para que você não tenha provas do que aconteceu, mas nessa eles não me pegam mais.

5 comentários:

Rosi disse...

Nossa, tô bege com essa história.
Graças a Deus que tudo terminou bem.
Bjs

Hanny Meire disse...

Nossa, que horror ! Mas pelo menos terminou bem.

Liz disse...

Oi Silvia muito bem,
as vezes a gente fica com 'preguica' de lutar pelos nossos direitos porque vai dar muito trabalho ou porque nao vai dar em nada. Mas vc mostrou que não podemos sempre só deixar por isso mesmo.
Parabéns pela vitoria!

Lila disse...

Passei pelo mesmo Silvia e minha acao ainda esta na justica.
A tua historia me deu esperanca de reaver pelo menos o valor em dinheiro das minhas joias e das joias da minha filha.
Cada vez que lembro da uma raiva!!!!

Advokete disse...

Eu sou foda! kkkkkkkkkkkkkkk
(brincadeira, meninas!)

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