quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Bridezilla II – listas, listas, listas.

Parece que foi ontem que contei como fui pedida em casamento por aqui. Pois já faz um ano e meio e estamos praticamente na porta do grande dia.

O estresse de se casar vem de definir as coisas grandes: salão, bufê, vestido, igreja e decoração, não? Ledo engano. E quando estas coisas estiverem definidas o resto é a deliciosa espera pelo grande dia, não? Pfff.

Antes do grande dia vem a maldita lista de convidados. Que horror falar assim dos amigos, pra que fazer festa, então? O problema não são os amigos, meus caros, estes deveriam ser a solução. Mas é punk ter que convidar (porque se não seu pai vai morrer de desgosto) a tia-avó que você não vê a vinte anos e cuja única lembrança é o quanto doíam as suas bochechas quando você a via. Pior ainda é saber que aquela amiga, companheira de boteco, cachaçada e muitos bons momentos, que sim, faz tempo que você não vê mas continua adorando, vai ter que ficar de fora do seu xeiquebari por causa da querida tia-avó. E os tios que você quer convidar, mas tem certeza de que, se forem, a indicação no convite, de “fulano e beltrana”, será sumariamente ignorada e a torcida do flamengo vai aparecer, ainda por cima sem confirmar presença. Lá se vai a chance de chamar os dois casais, amigos de um estágio que você fez no milênio passado, e que só vê de vez em nunca, mas adora.

E a lista de presentes? Ai caramba... Já moramos juntos e, se não temos tudo o que gostaríamos, temos tudo o que precisamos em casa. Pra que então um conjunto de baixelas de louça Armênia? Candelabros? É óbvio que estas coisas não estariam na nossa lista mesmo, mas são bons exemplos do que encontramos por aí. Tudo bem, nós acabamos optando por trocar os copos de requeijão (que eu particularmente adoro, principalmente os de vaquinha), por algo mais decente. Aí vem o esquema da entrega. Acredita que muitas lojas exigem que os presentes sejam entregues à medida que forem comprados? E um casal que TRABALHA e não está nunca em casa em horário comercial, muito menos diariamente, faz o que? Pior ainda é descobrir que não fazer lista, como era minha intenção original, dá uma dor de cabeça danada, pois já pensou ter que trocar um presente a 1400 km de onde se mora, ou não ser possível trocar um hipopótamo de madeira de 1,80m da Indonésia? Parece que para quem presenteia também, pois não tem a menor idéia do que comprar. Desisti quando uma das madrinhas ameaçou dizer que tinha algo contra essa união na igreja se eu não fizesse a tal da lista.

E a lista das coisas já orçadas que ainda precisam ser escolhidas. Cabeleireiro? Fotógrafo? Como escolher se são coisas que eu só vou saber se são boas depois que estiverem feitas? Unidunitê?

E as listas de músicas? Como escolher se com todas que os dois gostam daria pra fazer a trilha sonora de uma séria inteira de televisão?

E a lista de documentos necessários para casar no civil com estrangeiros?

E a lista das despesas que faltam?

Então, ainda pensa que casar é mole? Acho que estou descobrindo que lua-de-mel não deve servir para o que eu pensava, não, snif.

Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. Há um ano e meio atrás escrevia aos sábados e disse que estava “em Paz e Feliz (também com muitas coisas divertidas para pensar provavelmente até o fim do ano que vem)”. O “fim do ano que vem” está chegando, ela segue Feliz, mas longe, muito longe de seguir em Paz.

Um comentário:

Lila disse...

Quem foi a madrinha q disse q nao compareceria se nao tivesse lista?
To aqui morrendo de curiosidade ;-)
Beijos!

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