Até ontem ela sabia exatamente o que queria, mas com o passar dos dias suas idéias que antes eram tão claras, se tornaram, de uma só vez, manchas. Sombras de algo nítido que um dia foram. E Anastácia percebeu que assim como seus desejos e certezas, ela também havia se modificado, mas ainda estava vivendo em meio a incertezas e isso a deixava atônita.
Anastácia nunca gostou muito de dúvidas, de não saber o que se quer, de não ter respostas, mesmo que negativas, sempre preferiu o NÃO ao TALVEZ, ou ainda, ao NÃO SEI. E como as pessoas usam o tal do não sei, o dizem pra tudo, mesmo quando sabem, talvez seja por que parece a resposta mais fácil, e pensa-se que está livre das possíveis perguntas e questionamentos dizendo simplesmente - não sei. Ledo engano.
Essa pequena combinação de duas palavrinhas deixa seus usuários à mercê de decisões alheias, já que não se sabe, alguém o saberá, e, assim sendo, reclamar depois não vale, pois se vale, significa que sabia-se previamente o que dizer, e por que dizer não sei?! Taí combinação explosiva que Anastácia nunca gostou de fazer muito uso, mas de uns tempos pra cá sentia que dizia não sei com mais frequência do que gostaria, será que não sabia mesmo ou não queria dizer o que sabia. Fato é, que nessa dúvidas e noutras ela sabia exatamente o que não queria mas não o que queria.
Silvia escreve às segundas. Complicado né!?
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