“De três coisas eu estava convicta.
Primeira, Edward era um vampiro.
Segunda, havia uma parte dele – e eu não sabia que poder essa parte teria – que tinha sede do meu sangue.
E terceira, eu estava incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por ele”.
E aqui estamos nós.
A culpa é minha. Eu devia saber que eu também me apaixonaria no momento em que abrisse a primeira página. Já aconteceu outras vezes. Poucas, eu admito. Mas não sou principiante nem inocente.
Nesse caso especificamente, minha relação com eles é muito antiga, e um tanto quanto inexplicável. É verdade, eu sempre quis ser um deles. Admito. Sempre sonhei em achar um vampiro para me transformar. Acho que pode ter a ver com o fato de que toda boa história de vampiro tem como pano de fundo a paixão entre um vampiro e um mortal. E o fascínio que esse relacionamento exerce sobre mim é algo além do que eu posso descrever.
Crepúsculo (Twilight – Stephanie Meyer, 2005) não é diferente. Edward e Bella se amam como se não houvesse amanhã. E é impossível parar de ler.
O que acontece de diferente é que Edward Cullen é irritantemente perfeito. Inclusive – e principalmente – pelo fato de ser um vampiro. Pálido como um cadáver. Frio como o vento de inverno na madrugada. Lindo como nada. Nada pode ser comparável à beleza de Edward. Nem Louis. Nem Lestat. Nenhum deles.
E Edward é bom. Mas com uma bondade diferente da de Louis, descrita fantasticamente por Anne Rice. Bom porque ele provavelmente acredita que tem uma alma, e não quer perdê-la. Ele luta contra sua sede como um exército de um homem só luta uma guerra que sabe que é perdida.
O livro é leve e intenso ao mesmo tempo. E me acertou em cheio. A muitos anos eu não tinha uma leitura tão agradável. A muito tempo eu não tinha ânsias para chegar ao final da história. A muito tempo eu não me perdia assim.
Milena escreve aqui às quintas e está convicta de três coisas: primeira, o ator escolhido para representar Edward Cullen não é nem perto do que ela o imaginou quando o leu. Segunda, mesmo assim ela vai assistir ao filme. Terceira, ler é sem sombra de dúvidas, seu melhor vício.
Terá sido tão de repente assim? Desaceleramos muito com a proximidade dos 40. Aprendemos a caminhar apreciando o caminho ao invés de correr loucamente para chegar sabe-se lá onde. Descobrimos que todas queremos chegar lá, e que o lá de cada uma é diferente. Aprendemos a olhar de dentro para fora. Muita coisa aconteceu nesta década. Crianças nasceram, animais de estimação se foram, relações se fortaleceram, outras, desvaneceram. Aprendemos muito. Principalmente que dividir só nos faz melhores.
2 comentários:
Tá bem, tá bem! Agora eu estou convencida! Quando tu parar de reler as partes boas dá pra me emprestar antes que mais alguém entre na fila (mesmo eu estando com um livro teu há uns dois anos?).
Beijos, beijos!
Menina, preciso te confessar uma coisa... Tb tenho paixão por eles, desde muito criança.... Meu sonho tb era me transformar em uma.
Adorei a dica!
Beijios
Postar um comentário