Muitas mulheres. Muitas mesmo. E todas falando ao mesmo tempo, sem exceções. É o resultado obtido quando se coloca juntas, um uma mesma cozinha 4 gerações de mulheres com o dom da comunicação. E sim, todas ficam na cozinha. Se espremendo enquanto provam a comida que ainda está sendo feita. Contando histórias do tempo do onça. Bebendo e rindo muito.
Homens na sala assistindo TV. O volume fica no máximo, claro, e mesmo assim eles não conseguem ouvir n-a-d-a. O som das mulheres na cozinha se sobrepõe muitas e muitas vezes mais. Ocasionalmente um deles se arrisca a ir até o santuário da gastronomia. Apenas para se arrepender imediata e amargamente.
Creme de milho. Farofa doce com muita, muita pimenta. Farofa salgada com muita, muita pimenta. Porco assado. Frango assado. Salada de folhas praticamente intocada. Salada de maionese.
Sobre essa última é necessário abrir um parênteses, porque eu tenho certeza de que a família inteira sentiu profundamente a falta de um tio que não está mais entre nós durante o preparo da salada de maionese. Foi o primeiro natal da minha vida onde não separamos uma porção sem maionese para ele. Não fisicamente, de qualquer forma, já que nosso pensamento certamente guardou uma porção.
Ainda tem mais, é claro. Amigo secreto, troca de presentes, almoço no dia seguinte, já que a ceia é feita para alimentar umas 5 famílias do tamanho da nossa, e a sensação do dever cumprido. Afinal, só é Natal uma vez por ano, não é?
Milena escreve aqui às quintas. Todos os anos passa o natal na casa da avó, como num dejàvu, que se torna cada vez mais prazeroso.
Um comentário:
Oi Meninas,
Devo admitir que estou sumida daqui. Hoje resolvi entrar e dei de cara com esse layout novo e lindo. Sempre bom saber que meu filho (sim, considero meu filho ainda hehehe) está sendo bem criado e bem cuidado.
Beijos pra todas vocês, que eu amo de coração.
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