Ela parece um tantinho comigo sim. É linda! Não sou tão linda quanto ela. As crianças, além da beleza natural, têm a beleza infantil, a pureza. A minha menina está crescendo, evoluindo, me surpreendendo a cada dia.
Dia desses estávamos deitadas e eu a admirar a beleza dela. Não resisti e disse “Bebe, sabia que você é linda!?”. E então veio a resposta que toda tia gostaria de ouvir “É porque eu tenho o cabelo cheio de cachinhos igual ao seu titia...” Ah, parem e digam pra mim se isso não é motivo para um sorrisão regado de algumas lágrimas de orgulho e felicidade!?
A melhor dos últimos meses foi que ela cochichou sobre um tal Breno. “Quem é esse Bebe?” “É um menino da minha escola titia, ele gosta de mim.” “E você, gosta dele?” “Gosto!” Falou bem baixinho para o pai não ouvir, pode!? A minha menina, que nem completou cinco anos, já falando em meninos, paquera, esse amor infantil que é lindo...
Valha-me Deus, como o tempo voa!
Outro dia mesmo a vi sair da barriga da mãe, chorando com toda vontade. E agora...
É como eu sempre digo, quem precisa de filhos se tem por perto sobrinhos lindos e pouco santinhos? Criança santa é enfadonha, irreal. Bom mesmo são os naturalmente “encapetados”, birrentos, arteiros e felizes, principalmente aos olhos das tias.
Angel orgulha-se de sua menina e vê alguma coisa de si mesma nela, além dos cachinhos: uma meiguice (que é mais visível nas crianças), uma carência, o olhar.
Um comentário:
Ai que delícia, Angel!
Adorei o texto!
Um beijão para você e para sua menina "encapetada".
Gi
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