Eu sei que tu me amas não quando tu falas isso em voz alta, nem quando me trás flores. Eu sei que tu me amas quando fecha os olhos e suspira, quando eu te abraço calada; quando aperta minha mão em alguma situação que sabe que me machuca e que naquele momento eu não posso fazer nada; quando faz muito barulho ao acordar mais cedo para eu estar também acordada e quando me trás café na cama quando o barulho não funciona; quando não reclama do meu barulho à noite, depois que tu já estás dormindo, pois sabe que eu não consigo dormir; quando não reclama do pé gelado que tuas pernas aquecem todas as noites do inverno; quando tu dormes suando rodeado de edredons, mesmo no verão, só por minha causa, quando me sacode com gentileza para eu não acordar assustada quando tenho pesadelos; quando cala ao ouvir barbaridades de minha mente em TPM; quando me ataca de surpresa e prova que conhece cada milímetro do meu corpo; quando presta mesmo atenção no meu longo e tedioso raciocínio sobre algum significado qualquer da vida enquanto corta cebolas; quando me faz lembrar o lado bom de algo que só estou vendo com óculos de tempestade; quando me faz parar um pouco e esquecer dos “tenho-que” que me assombram a todo tempo; quando me cutuca quando vê um bebê fofo; quando faz a janta para que eu possa ter tempo de treinar no violão; quando teu rosto se ilumina por eu estar contente com um motivo qualquer.
Eu sei que te amo não quando penso em dizê-lo. Eu sei que te amo quando espero ansiosa pelo fim do dia para estar contigo; quando suspiro, grata, em teus braços ao chegar em casa exausta; quando tu fechas o livro que leio e se aconchega pedindo um cafuné; quando percebo imediatamente que algo que eu disse te magoou e desejo então morrer fulminada; quando deito na curva do teu braço e vejo que ali encaixo perfeitamente; quando me preocupo ao te ver muito calado; quando necessito tentar te distrair, e te fazer rir, se eu percebo que o peso do dia ficou grande demais para ti; quando fico tão orgulhosa com algum sucesso teu, seja pequeno ou grande; quando meu coração aperta ao ver o tamanho do teu coração; quando acho graça de alguma rabugice tua, e mais graça ainda quando te antevejo como um velho rabugento; quando divido o último pedaço de chocolate contigo, mas nem sequer ofereço o que eu já sei que tu não gostas; quando sinto o teu cheiro, do início do dia, de barba feita, ao fim do dia, do homem que eu escolhi; quando te vejo passar de bermudas, quando não canso de imaginar teu rosto da porta da igreja (mesmo que este evento nunca antes tenha sido um grande sonho pra mim); quando tu não sabes o que dizer ao me ver chorar, mas me abraça muito forte; quando não consigo imaginar minha vida, sem nela ver você.
Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. Grata pelo amor em sua vida (valeu a inspiração no blog, gurias).
4 comentários:
eu já disse, mas não custa repetir: se puxou hein?
eu que normalmente sou durona fiquei com lágrimas nos olhos.
lindo mesmo. o texto e o amor.
bjos
O Puko esta com a bola toda hein?
Admravel o amor, apos longa data...
Eu que ja era fa de carteirinha ;-) agora ainda mais.
Dale Pukooooooo!!!!!!!!!
casal lindo...
amor lindo...
muitas felicidades!!!
e muito mais amor!
o amor inunda a vida!
Gi eu que não costumo visitar o blog com frequencia me deparei hj com este seu texto que foi de encher os olhos de quem lê.
Lindo lindo lindo.
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