quarta-feira, 29 de julho de 2009

AAAUUUUUUU


Lá vai ela, rebolando, de cima do salto, dona de seu próprio nariz.
Prefere estar só a carregar qualquer traste nas costas.
Não teve filhos, porque não quis e vive bem com isso. Ou os teve e eventualmente os busca na balada, ou nela vai com eles.
Quer sua independência, seu espaço, e arregaça as mangas.
Já mudou tanto, trocou de roupa, de pele, de cabelo, de idéias, que as mudanças já não assustam mais.
Vai para a academia, para a aula de dança, ou de pára-quedismo, em paz com o corpitcho. Se não, está nos seus planos comprar em breve novas coxas, novos seios, nova barriga, mas segue em paz com o corpitcho.
Quer viajar, ver o mundo, conhecer lugares, coisas e pessoas para os quais se sentia tão longe até então.
Liga o foda-se genuinamente, e com incrível facilidade.
Não mais vive de sonhos e aprendeu a gostar do que tem, do que é, sem deixar de ainda querer muito mais.
Não mais vive para alguém. Quer ou tem um companheiro, um par, um amigo, e não apenas um marido (Deuzolivre cuecas no chão e panelas no fogão).
Se tem cabelo branco? Pinta. Para a parede monótona? Tinta.
Unhas roxas de novo, porque não?
Lá vai ela, pisando firme, segura de si. Diva, doida, loba, linda, encantando o mundo e desencantando a si mesma.

Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras. Esta é uma tentativa de homenagem às Mulheres na Idade da Loba. Em especial, à minha irmã (parabéns maninha, que seja uma fase linda pra ti).

Um comentário:

Lila disse...

Parabens Giane...
... e que me venha a idade da loba e me tire dos meus tormentos...
;-)

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