Uma ode talvez pra quem não mereça
Urgência de tentar colocar nas palavras: imagens...
Em uma folha branda onde eu possa visitar quando queira.
Barulho de chuva, correnteza que passa
Quem vem de lá
Um mulher
tinha peitos e eu vi
atravessa
Os últimos pingos da chuva
Frio
Embora meu desejo fosse de fugir,
correr obedecendo minha fome insistente de caminhar
Era preciso atravessar
Preciso
Não havia mais a areia molhada
E ainda havia no ar o cheiro de peixe
da beira das praias sem vida nos dias que chovem
Nos dias em que ela vem
Um cachorro que late
Meus passos que atravessam a noite buscando sons
São só imagens
Sós.
Juliana escreve esporadicamente.
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