Mostrando postagens com marcador Vanessa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vanessa. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TUDO é made in China

Sou consumista. Quem não é?! A novidade é que basicamente tudo o que consumo hoje em dia é made in China. 

As xícaras do café são made in China; a decoração de Natal, da árvore aos apetrechos mimosos, é  made in China; a sombrinha desses tempos chuvosos é made in China; as luzinhas de Natal são made in China; muitos presentes dados, presentes recebidos; o forro da mesa, os enfeites da estante, anjinhos, porta-retratos, enfeites de cabelo e demais miudezas infantis...tudo é made in China! Uma febre!!! 

Se você ainda não se deu conta dessa invasão, experimente passar a ler as etiquetas. Aquela tal de “produzido na zona franca de Manaus” já era. A moda agora você já sabe: made in China! 

Tudo quanto é empresa foi para lá! Bons negócios? O que se ouve  é que a mão de obra made in China é mais em conta, que se trabalha mais por menos. Bom, não vou me aprofundar nesses aspectos econômico-trabalhistas, prefiro ficar com os produtos que nos chegam, mesmo porque eles estão sempre de passagem. 

Só no mês de dezembro precisei comprar três sombrinhas. Todas quebraram. As lindas e coloridas xicrinhas sempre perdem as alças. Minha vizinha sempre compra pisca-pisca a mais, pois um nunca dá para enfeitar a janela  o mês de dezembro inteiro. Tic-tacs para os cabelos da Maria Fernanda compro aos montes, não apenas porque ela perde muitos, mas principalmente porque eles quebram ou se soltam facilmente. 

Não se trata apenas de lamúrias  de dona de casa, mas reclamação de uma pessoa física consumista (como já confessei ser) e que gosta de coisas baratas sim, mas de qualidade. Paciência... 

Bom, do jeito que a coisa anda , aliás, corre, a economia chinesa avança. Uma grande potência, sem dúvida! Fico pensando aqui com os meus botões ( a maioria deles mad...) se o próximo presidente do mundo vai ser made in China... 

Vanessa, aqui, esporadicamente.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

P.S. EU TE AMO

Outro dia Laeticia escreveu a respeito de um filme que acabou de estrear nos cinemas e que ela simplesmente amou. Era um Woody Allen a la Almodóvar! Hoje vou imitar a Laeticia, falando também a respeito de um filme, algo que eu nunca havia feito aqui no Blog, até então.

INTRODUÇÃO:

O meu filme é um filme de mulherzinha, desses de assistir em casa preferencialmente, com baldinho de pipoca, um copão de coca-cola ou/e brigadeiro de panela, por que não?!

Ah, sem marido ou sem namorado, porque eles provavelmente não vão gostar ou, caso gostem, não vão admitir – o que vai te matar de raiva!

DESENVOLVIMENTO:

O filme chama-se P.S. Eu te amo e é classificado como comédia romântica. O título, a princípio, me deixou meio intrigada, mas despertou minha curiosidade, já que adoro literatura e tudo mais que seja relacionado a missivas.

A atriz principal é a mesma que fez a boxeadora do filme Menina de Ouro, só que numa versão light, delicada e feminina. Ela é casada... muito bem casada... muitíssimo bem casa! O ator, gente, é um gato!

O filme é a respeito da história dos dois e se inicia com uma briga entre eles. Briga comum, corriqueira, como a de qualquer outro casal. Acho que isso provoca uma identificação imediata do telespectador com os personagens. No nosso caso então, mulheres de trinta, acho que essa identificação é maior ainda, porque eles são um casal jovem, na faixa dos trinta anos também, vivendo experiências e tendo expectativas como nós.

Em tempo, a personagem principal se torna uma mulher de trinta durante o filme e a partir de alguns acontecimentos que nos fazem rir e chorar quase que ao mesmo tempo, ela tem que reinventar a si mesma. Lindo!

Não vou contar mais porque você é quem tem que conferir a beleza e a emoção que o filme transmite. Vale a pena!

CONCLUSÃO:

Geralmente não dou muita sorte com os filmes que são muito comentados e indicados. Com Titanik foi assim, Tropa de Elite não acabei de ver... acho que eu crio muita expectativa, sei lá. Mas com este filme foi diferente. Umas cinco pessoas comentaram a respeito dele comigo “assiste, assiste, você vai gostar” e eu não apenas gostei, como AMEI!

P.S. Vanessa diz: “assiste, assiste, você vai gostar”. Beijos!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FINALMENTE TRINTA

Demorei muito a escrever. Fora o problema do computador que eu pedi a Sisa para explicar para o grupo, confesso que iniciava um texto e apagava. Não sei ao certo o porquê, mas isso aconteceu. Não, não estou com depressão. TPM crônica? Não, também não. Sei lá... Acho que tenho andado muito exigente comigo mesma. 

Fico pensando a respeito do que muda na vida da gente quando fazemos trinta anos. Passei por uma crisezinha, tentando entender certas coisas. Lembro que dentro dos meus projetos de vida eu havia traçado estar casada e com filho até os trinta. Apesar de as coisas não terem acontecido exatamente na ordem esperada, estou casada e com filho, aliás, filha, aos trinta anos. (Pausa para a corujice: um verdadeiro presente que me encanta a cada dia e que muitas de vocês, escritoras do blog, já conhecem.)

 

Acredito que um aprendizado dos trinta é a perda de certas ilusões. Sinto-me mais realista com relação a certas coisas, especialmente casamento. Pé no chão, mesmo. Não estou dizendo que é uma regra, mas é algo que só aconteceu para mim, ou eu somente percebi agora, aos trinta.

Um relacionamento somente tem condições de sobreviver se as entidades envolvidas - o EU o TU e o NÓS- estiverem em perfeito equilíbrio e harmonia. Eu já não respeitei como também já não fui respeitada em relação ao meu mundo, ao meu espaço. O excesso de presença não é demonstração de amor e carinho, é simplesmente um excesso, e como tudo que é demais, sobra... 

Não é permitido a alguém, de trinta, certos erros, certos riscos. Espera-se a maturidade emocional e a estabilidade profissional dessas pessoas. É imprescindível estar bem nesses quesitos e caso você tenha um salário de cinco dígitos, nossa, você é “o cara”! 

Esse semestre fechei o PEC Idiomas, um curso de inglês que abri e que funcionou durante quase 5 anos. É muito bom ter o próprio negócio, mas dá trabalho. Fechando o Pec sinto que fechei também um lado meu de empresária. Meio atrapalhado, é certo, mas me orgulhava dele. Paciência... 

Muitas coisas passaram e passam pela minha cabeça nesses meses que sucedem 19 de junho. Não tenho me achado gatinha, por exemplo. Após o nascimento da Nanda emagreci, engordei, engordei, Herbalife, emagreci, engordei, engordei, engordei. Não tenho coragem, sinceramente, de usar certas roupas, pois sou uma mulher de trinta. Descobri que a moda é magra, magérrima, mesmo com peças números 40, 42, 44... Devia ter usado mais mini-saia aos 15! 

Olho-me no espelho e fico pensando se não deveria cortar os cabelos, alisá-los, fazer uma escova definitiva, mas fico na dúvida se japonesa ou marroquina (essa é nova, né?!). Depois eu penso que não seria eu e sinto falta do cabelão anelado, do saião hippie, das rasteirinhas. Aquele “visu” Fafich-Letras. (Nossa, o tempo passa...) 

Uma aluna minha vende AVON e a outra Natura. Renew ou Chronos?! Cada uma delas tenta me vender produtos para disfarçar ruguinhas insistentes que até o ano passado não me incomodavam, afinal eu ainda estava na casa dos vinte!

Nesse 2º semestre, como fechei o Pec,   estou trabalhando menos e me dedicando um pouco mais à minha casa (entendam casa como pacote completo: marido, filha e serviços domésticos). Sinceramente adoro e mais do que isso, não quero saber das novidades que envolvem a  Nanda de ouvir falar. Quero ver, ouvir, sentir... realmente participar da vida dela. E como isso me rejuvenesce!

Acredito que em breve vou reencontrar meu eixo. Sigo reinventando...

 

Vanessa está passando por uma espécie de crise de identidade.Sabe que precisa perder uns quilinhos, mas também sabe que balzaca não deixa de ser gatinha!

sábado, 28 de junho de 2008

Chegar

Nunca tinha pensado no valor dessa palavra, até ter conhecimento da história que segue abaixo:

‘Um cientista estrangeiro foi convidado a montar um laboratório no meio da Amazônia, um local de difícil acesso, e a única maneira de chegar até lá era caminhando por difíceis trilhas, que só os índios daquela região conheciam. Então, o cientista e a sua equipe contrataram alguns índios para guiá-los e carregarem parte do material que usariam para montar o laboratório e o alojamento.

Ao começar a expedição, o cientista, muito aflito para chegar, dizia para os índios a todo o momento: “Mais rápido, mais rápido! Não temos tempo a perder.” E os índios, ouvindo as ordens do cientista, aceleraram a caminhada, andando de forma bem rápida.

Com um pouco mais de cinco horas de caminhada, toda a equipe da expedição chegou ao destino. Os índios mal colocaram suas mochilas no chão e já ouviram a seguinte ordem:

- Vamos montar o acampamento o mais rápido possível. Vamos agilizar, não podemos perder tempo.

Após ouvirem esta ordem, os índios permaneceram sentados, em silêncio, respirando profundamente.

O cientista perguntou:

- Vocês não escutaram minhas ordens? Já está quase escurecendo. Temos que montar o alojamento rapidamente.

Os índios permaneceram sentados, respirando profundamente. O cientista estava ficando cada vez mais nervoso com aquela situação, até que um índio chamou- o para sentar-se ao seu lado, e disse:

- Nosso corpo, de forma acelerada, já chegou até aqui, mas nosso espírito, nossa essência está pelo caminho, no seu ritmo de serenidade, no tempo da natureza, desfrutando as belezas e as riquezas dos caminhos da vida. Temos que esperar por ele para podermos dar continuidade ao nosso trabalho.’

Acho muito interessante o texto e a reflexão que ele sugere, pois tenho me sentido, muitas vezes, exatamente como esses índios, cuja essência perderam pelo caminho.

A vida é um nonsense e nos misturamos à nossa rotina e obrigações, sem percebermos ou sem termos tempo sequer para perceber. Tudo ao mesmo tempo agora, trabalho, casa, família, filhos, problemas, alegrias, dinheiro, escola...

Perdemos o prazer nas pequenas coisas, nas pequenas felicidades certas, sempre presentes diante de cada janela. E sei, como dizia Cecília Meireles, que é preciso aprender a olhar para poder vê-las assim. Mas antes, aprendi, é preciso efetivamente chegar.


Vanessa atualmente está dando uma assistência para o seu primo Kélvio, pessoa muito querida, que está se ingressando no caminho das letras. Este texto reflexivo é parte integrante de seu livro DEZ DIAS PARA A VIDA, que será lançado em breve, assim que a revisão chegar! Deixa um abraço e avisa: TRINTOU ESSE MÊS!



domingo, 8 de junho de 2008

“Ado, aado, cada um no seu quadrado”

Vocês já ouviram isso? É claro que já ouviram! E deixando de lado toda a brincadeira que a música suscita, quanta verdade não há impregnada nestes versos... e como me têm sido de valia !. Vejam alguns exemplos:

NA ESCOLA: “O quê??? Copiando exercício do colega?! Nem pensar! Cada um no seu quadrado! Devolva o caderno agora!”

NA RELAÇÃO, PARTE I: “Eu não acho que a relação a dois deva ser sempre assim, cada um no seu quadrado, afinal estamos sempre precisando um do outro e...”

NA RELAÇÃO, PARTE II: “Somos casados sim, mas, por favor, cada um no seu quadrado, eu não quero perder a minha individualidade, o meu eu, você entende?!”

NA FAMÍLIA: “Família é bonita só no retrato, no mais, pra funcionar, cada um no seu quadrado e almoço só no final de semana.”

NO TRABALHO: “Cada um, no seu quadrado, fez a sua parte e dessa maneira foi possível atingir as metas, de modo que estamos aqui, nessa mesa redonda, verificando os resultados.”


Vanessa diz: “É claro que essas pérolas não são todas minhas e caso você também já tenha se deparado, inserindo a expressão no seu falar cotidiano, registre no (quad) espaço abaixo.”
Até mais!!!



sábado, 26 de abril de 2008

Bullying

Essa palavra inglesa, sem tradução específica para o português, diz respeito a um problema que acontece em sala de aula e que certamente todo mundo, um dia, vivenciou, direta ou indiretamente. (Mesmo nós, mulheres de 30!!!).

Trata-se daquela brincadeira boba, daquele deboche, daquela zombaria, muito comuns no período escolar. Por exemplo, se você usava óculos, dá-lhe QUATRO OLHOS; se era gordinha, BALEIA; se era aplicada, estudiosa, toma CDF... e tantos outros apelidinhos e gracinhas que poderiam ser citados aqui.

Mas como doía... e como dói, porque crianças e adolescentes continuam sendo vítimas do bullying, principalmente aquelas mais retraídas, que possuem alguma dificuldade de relacionamento ou um problema físico aparente. (Mães, fiquemos de olhos bem apertos!)

A vítima, acuada, não pode sequer contar em casa, quanto mais na escola, para alguma autoridade. Caso seja um garoto, pior ainda, MARIQUINHA, CHORÃO, BAMBI...

Além da vítima, é claro, podemos identificar outros papéis. Temos o agressor, geralmente algum colega da sala que exerce relativa liderança sobre os demais e que possui, digamos assim, a coragem para fazer a brincadeira, ou iniciá-la. Os demais colegas são cúmplices, mas não deixam de ser também agressores, pois contribuem com risinhos e comentários não menos maldosos.

Uma característica importante para se identificar o Bullying é o caráter repetitivo do fato. É algo intermitente, dia após dia, muitas vezes de maneira velada. Vale também lembrar que pode ser considerado bullying apelidos, deboches, atirar objetos na vítima ou jogar objetos na vítima, que tem medo de contar e muitas vezes finge aceitar a brincadeira, mas certamente sofre, perde o entusiasmo, tem vontade de faltar às aulas.

Às vezes pensamos que isso ocorre somente entre os alunos, mas pode acontecer de alunos para com os professores e vice-versa também. Eu já fui vítima de bullying, apesar de não saber que era esse o nome que tinha. Fui vítima enquanto professora, em início de carreira, anos atrás.

Uma turma de 5ª série, onde os alunos tinham a minha idade ou eram mais velhos do que eu, passaram a ter muita resistência comigo, batiam de frente e se comunicavam como se eu não estivesse ali, levavam correntes, batiam com o lápis na carteira enquanto eu falava, entravam e saíam da sala e se perguntavam: “Você vai assistir a aula dessa mulher?” Entre outras coisas, eu sinceramente não entendia o que tinha acontecido, até que uma pessoa da sala me contou que uma professora teria dito que eu falei mal deles na sala dos professore e que, ao contrário do que eles imaginavam, eu não gostava tanto deles assim.

Até que tudo se esclarecesse, sofri muito, tive depressão e uma vontade louca de largar trabalho, faculdade, tudo que tivesse relação com a área de educação e ensino, que eu tanto amo. Foi difícil contornar, mas dei a volta por cima. A respeito do que aconteceu, até depoimento eu já dei em um colóquio sobre o tema. Hoje, nada disso me passa despercebido em sala de aula, mas ainda temo pelas coisas que são ditas e que acontecem durante recreio e intervalos. Já foram tantos casos... mas o que eu posso fazer para defender “minhas coisinhas pequenas” , eu faço! (As grandes também!!!).
Um grande abraço!


Vanessa adora escrever no blog, pois é um espaço para o crescimento de quem lê, de quem escreve. Uma pena pessoas fazerem uso de orkut e blog para praticarem o cyberbullying. Deixa aqui o seu protesto, e um aviso: É CRIME.



sábado, 1 de março de 2008

Sou caren...

Definitivamente sou uma pessoa carente. Às vezes faço de conta que não quero, que não percebo uma indiferença, que não tem problema, que está tudo bem, mas na verdade preciso de atenção e carinho, como todo e qualquer ser humano. (Principalmente quando estou de TPM!).

Choro escondida, muitas vezes, no silêncio que a noite traz. A carência é um sentimento cruel porque envolve a espera. Espera-se pela atenção do outro, por um olhar atento, um gesto de carinho... (mas tem que ser natural, não pode ser forçado, senão não vale). Então espera-se...

Nós, os carentes, estamos sempre na berlinda. Somos do detalhe, da delicadeza e ninguém, nessa vida corrida que Deus deu, está atento a isso. Ficamos um pouco perdidos, pelo meio do caminho, uma espécie de estorvo. Estamos ali a lembrar que “quando a gente ama é claro que a gente cuida”, mas nem sempre há alguém querendo ser lembrado disso, menos ainda “caetanear o que há de bom.”

Sim, somos alvo de crítica. A presença do carente para alguns chega a ser chata, até mesmo irritante e a própria palavra carente vira um xingamento.

CARENTE. CARENTE. CARENTE.


É difícil admitir-se carente. Deveria haver alguma vergonha nisso? Há pessoas, eu sei, que se fazem a todo tempo de vítimas. A carência excessiva sugere uma personalidade insegura e para o bem da pessoa, um tratamento específico pode ser recomendado.

Mas a carência é do verbo carecer, precisar e é tão difícil admitir-se assim, mesmo que temporariamente, porque há, segundo muitos, uma linha tênue entre a carência e a dependência. E não é mentira. Quantos relacionamentos não terminam devido a cobranças excessivas, brigas intermináveis porque “você não reparou que eu cortei os cabelos”, “você não elogiou meus brincos novos”, “você não me ligou”, você não isso, você não aquilo... Já fui bem assim, admito, e como sofria... e como sofria também quem estava comigo! Ninguém tem tempo, gosta, quer ou merece um relacionamento “chicletes”. O tempo urge, a vida urge...

Acho que poderia dizer que mudei bastante. Sou carente, muito, talvez dias mais, dias menos, mas não fico depositando minhas expectativas no outro. Acho que essa é grande mudança!


Vanessa iniciou este texto que voz fala há alguns dias, mas finalizou há instantes. “Ler é um remédio e tanto para tratar a carência do dia a dia, assim como escrever”. Manda beijos e pergunta à amiga Ciça quando volta, pois está carente dela! Rs...rs...rs...
Manda beijos

domingo, 13 de janeiro de 2008

Mulher de trinta não habilitada?!

Esta semana iniciei as minhas metas de ano novo. A principal delas é tornar-me habilitada ainda este semestre. Um grande desafio!!!

Fui à auto-escola e a secretária me informou várias coisas que eu já sabia, afinal sou uma quase mulher de 30 que já tentou tirar carteira um dia e que do topo da sua autoconfiança bateu o carro do namorido e .... o resto vocês já podem imaginar!

Para aproveitar o $ que eu tinha em mãos antes que o mesmo virasse IOF de alguma coisa supérflua em meu guarda-roupa, paguei o cursinho de legislação: R$50,00. Empolgadíssima passei na delegacia para pegar o formulário resumo e também o DAE (Filas! Taxas! Burocracia!).

Em seguida, maratona 2008, mamãe sarada (para falar a verdade: quase), e futuramente motorizada com a graça de Deus, da intercessão de Nossa Senhora Desatadora dos Nós e de São Cristóvão, segui rumo ao banco para pagar essa simpática taxa de R$36,24. Surpresa!!!! Outra fila enorme, pois o documento não possuía código de barras.


STOP.
A vida parou,
Ou será que foi o automóvel?
(EU parei. Ninguém merece, Drummond!)

Coca-cola geladinha, mulher determinada, meta 2008... rumo à clínica do Detran! Exame psicodoido: cento e trinta e alguma coisa. Claro que eu não fiz na hor!. Uso óculos e eles já estavam fracos. Mais R$90,00 reais para trocar as lentes! (Melhor do que pagar a taxa mais de uma vez!)

Em casa, dei uma lida no papelzinho da auto-escola e quase enfartei:
-taxa para a licença que autoriza a direção do aprendiz;
-10 aulas: 150,00 (devo precisar de quantas, meu Deus?);
-taxa para exame de legislação;
-taxa para exame de rua, aluguel de carro....
(não lembrava de ter pago tanta coisa da última vez...)

Às vezes gostaria de ser Cinderela e não é nem para o príncipe que os meus interesses se voltam...


Vanessa TEM que tirar carteira e pede às suas amigas do blog que façam uma corrente de pensamentos positivos. É sério!
Beijos esporádicos!!!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Uma historinha

Era uma vez uma menina anelada, magrinha, de pernas finas.
(Essa menina adorava ler!)
Era uma vez um menino lisinho, também magrinho, de pernas não tão finas.
(Esse menino adorava tocar guitarra!)
Eles viviam na mesma cidade.
Estudavam na mesma escola.
Passavam na mesma rua.
Mas nunca se encontravam.
Um dia ele olhou para ela, mas ela não olhou para ele.
Um dia ela olhou para ele, mas ele não olhou para ela.
Até que um dia eles resolveram olhar bem fundo um nos olhos do outro.
O que procuravam, enfim encontraram.
(E não mais se desgrudaram!)
O tempo passssssssooooooooouuuuuuuuuuuuu....
E eles CRESCERAM!
Agora ela conta historinhas e ele desenha casinhas.
E continuam, eles dois, olhando nos olhos, agora manso lago azul...


Para Maria Fernanda, em seu 1º aniversário.


Vanessa já escreveu aos sábados, às sextas, agora é esporádica, mas diz que vai estar sempre por aqui!
Ela é mãe da Maria Fernanda, que em 21 de dezembro, comemora um aninho!
“E pra Paspatinha, nada? TUDO!!! Então, como é que é?!”

sábado, 8 de dezembro de 2007

Sofisticated

Outro dia me disseram que a mulher, a partir dos trinta anos, tende a ser mais sofisticada. Concordo e logo pensei nas marcas mais chiquérrimas de shopping centers, restaurantes requintados e convites Vips. Mas não passa somente por isso. Refere-se, antes de mais nada, a uma inclinação para o bom gosto, para a qualidade, em todos os sentidos, em todas as categorias.

A sofisticação da mulher de trinta está relacionada às suas atitudes, ao seu comportamento, às suas escolhas. Ela tende a ser mais polida nos gestos e nos dizeres. Os lugares que ela quer freqüentar são selecionados. Companhia? Só mesmo se valer a pena, sem com isso fazer acepção de pessoas. Falar? Só mesmo se tiver algo de relevante a dizer ou a acrescentar.

Definitivamente ela não é mais aquele papagaio purpurinado adolescente que fala, fala e não tem nada a dizer. Mulher de trinta é mulher antenada!

É uma idade boa para ter filhos, pois sabe a importância de sobrepor a qualidade à quantidade. Os filhos, poucos, é que saem ganhando com isso.

Por outro lado percebo que a mulher, nessa fase da vida, possui uma leve (?) inclinação para a intolerância. Eu, pelo menos, tenho sido intolerante com relação a algumas atitudes alheias. É claro que não brigo, não saio batendo boca por aí, (sou polida!!!), mas tenho questionado algumas coisas com relação a desperdício, gastos exagerados, falta de gentileza. Principalmente a última, pois acredito que a vida pode ser mais leve, além de “chique”.


Vanessa gosta e valoriza muitas coisas na vida, principalmente a possibilidade de mudanças. Ela é geminiana. Não é inconstante como os astrólogos gostam de defini-la, mas gosta de renovar. Na infância dançava ballet e hoje pratica dança do ventre.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Menina, nem te conto!

Não há nada mais feminino do que a fofoca. (Aliás, a própria palavra é feminina!). Fico pensando se não seria um traço inerente à condição feminina. Sim, pois fofocar é coisa de mulher!

Ah, gente, vamos lá: em maior ou menor grau, quem nunca fez uma fofoquinha essa semana!? Que atire a primeira pedra, então! Conjugando, acho que fica mais ou menos assim:

Eu fofoco...
Tu fofocas...
Ele fofoca...
Nós fofocamos...
Vós fofocais...
Eles “se”...

É, porque tem que tomar cuidado. Há certas fofocas que mesmo pequenininhas podem causar um estrago enorme! E podem dar uma dor de cabeça de pegar fogo em travesseiro. Em tempo, gostaria de deixar bem claro aqui que difamação não entra no que eu chamo de fofoca. Quem difama faz uso da fofoca, mas fofoca não é difamação. É aquela comichão, aquela coceirinha que provoca a vontade de passar pra frente o que se escutou, o que se leu, o que se viu..., mas é “coisa leve”, algo sem maiores complicações a princípio.

E chega a ser engraçada a tal da fofoca. Às vezes, irresistível! Eu sei que você, leitor, pode estar achando feio tudo isso e até imaginar que eu estou fazendo uma apologia à fofoca. Ao contrário, estou sendo realista. Todo mundo, mas especialmente a mulher, fofoca. O quê? Você não sabia disso????

É claro que há homens que também fofocam. E eu vou te contar, um homem fofocando vale por uma dezena de mulheres! Engraçado falar nisso porque outro dia, um conhecido meu,...

Bom, vamos a Drummond:

Casas entre bananeiras,
Mulheres entre laranjeiras,
Pomar,
Amor,
Cantar.

Um homem vai devagar,
Um burro vai devagar,
Um cachorro vai devagar.

Devagar,
As janelas olham...
(Êta vida besta, meu Deus!)

(Cidadezinha qualquer)

Gosto muito desse poema, do ritmo, da simplicidade que ele apresenta. E ele me remete a essa questão da cidade pequena, das pessoas que vivem na janela ou sentadas na entrada da casa conversando. Conversando?! FOFOCANDO! E como fofocam... Menina, nem te conto!


Vanessa mora em uma cidade nem tão pequena, mas que possui inúmeras “janelas que olham”. Confessa-se uma leitora das revistas QUEM e CARAS, ainda que apenas em salões de beleza. (Aliás, como fofocam as mulheres nesses ambientes!).


sábado, 10 de novembro de 2007

Os caminhos são de quem não despreza passos (Para ler escutando Jack Johnson)

É assim: um passo e depois outro; um dia de cada vez; água mole em pedra dura... Grandes projetos nascem de grandes idéias que nascem de pessoas especiais. Você é uma dessas pessoas especiais e sabe o valor de cada esforço. Sabe do silêncio de cada noite sem dormir, do som de cada chorinho que não pôde atender...

Os caminhos são de quem não despreza passos. Essa frase, linda, um verdadeiro presente, você me deu um dia e eu estou devolvendo-a. Escrevi no meu convite de formatura e dediquei-a a você, que me ensina a cada dia, através de seus exemplos, quanta verdade há em cada uma dessas palavras.

O tempo urge e a criação demanda morosidade. Ela é fruta boa da estação, não adianta colher antes da hora. Tem que esperar. A criação demanda ócio. O “ócio criativo”, por que não?! Ao final, boas idéias e excelentes resultados!

Descansar, colocar a cabeça em ordem, se deliciar com as descobertas de certa menina. Tudo isso é um bálsamo para mente, para o corpo e para a alma.

Hoje escrevi esse texto para você, que anda um tanto ansioso devido a compromissos e responsabilidades várias. A tal da deadline que se aproxima me remete àquele som de bomba-relógio do seriado 24 horas. É incrível como o personagem consegue salvar o mundo, o presidente de mundo e quem mais couber na lista em tão pouco tempo!

Mas a vida da gente não é assim. Nossas 24 horas são 24 horas reais. Paciência. Tenho certeza de que você está dando o seu melhor e dessa maneira não pode dar certo: tem que dar certo!



Vanessa oferece este texto para alguém que gostaria, com certeza, de ser o Jack Bauer por uma semana! E também manda um beijo para este mesmo alguém.



sábado, 3 de novembro de 2007

Biscoito

É atualmente assim que chamo essa coisinha gostosa que eu tenho em casa. É lindinha, é cheirosa, dá uma vontade de morder... Também chamo de Paspatinha, de Coisinha Pequena, de Pirulita, Neném da mamãe...

CLICK! Mas ela não vai ser para sempre um neném. Vai ser um dia, inclusive, uma mulher de trinta! Terá filhos? Será uma admiradora da nossa MPB? Será uma representante de algum grupo sindical? Será vaidosa e feminina, a minha Paspatinha?
Vai ler a Folha? Sentirá saudades de casa? Fará arquitetura? Será candidata a Miss Nova Lima? Vai querer viajar sozinha com o namorado? Será médica? Professora? Vai tomar bomba na sétima série? Vai fugir de casa? Vai ser entrevistada pelo Jõ? Vai ganhar um nobel?

“Que escolhas fará essa menina,
Tão linda,
Tão doce,
Tão minha?

Quantas luas no céu,
Quantas estrelas a brilhar,
Vou encontrar
Em teu olhar de menina,
Em seus olhos de Paspatinha?

Quantas conchinhas no mar
Quantos peixinhos a nadar
Só pra te encantar,
Menina?

Quantos caminhos a trilhar,
Quantos passinhos não terá que dar,
Minha coisinha pequena,
Para chegar?

E eu vou estar sempre ali,
A ti olhar...

E quando descobrir,
Vai me encontrar.
Pois é a razão maior
Da vida de quem vive
Pra te amar,

Menina.”


Vanessa, mulher de trinta, escutou por todo o dia o cd Três Pontes, do Grupo Amaranto. Tem gosto de infância: mini-chicletes, sombrinha de chocolate, bala Chita.
Ficou introspectiva, nasceu um poema...

Para Maria Fernanda, flor de menina.



sábado, 27 de outubro de 2007

Gentileza

Talvez, caros leitores e leitoras, vocês não se recordem mais exatamente a respeito do que seja gentileza. É uma palavra quase do português arcaico e só não o é devido ao fato de alguns saudosistas, assim como eu, persistirem em utilizá-la.

Trata-se de um substantivo feminino que segundo o Aurélio significa 1. Qualidade ou caráter de gentil. 2. Amabilidade, delicadeza. (2004).
Gentil, palavra derivada de gentileza, seria relativo ao indivíduo nobre, generoso, delicado, gracioso, amável, cortês. Quem é gentil é porque usa de gentilezas! É um adjetivo, logo é uma característica, uma qualidade - rara, muito rara, por sinal.

Podia, a tal da gentileza, ser observada em cenas do cotidiano, como aquela em que se ajudava a velhinha ou alguém que portasse uma necessidade especial a atravessar a rua. Podia também ser observada no casal que passava de mãos dadas, o rapaz sempre atencioso a admirar a sua amada e não Sheilas e Carlas que passassem rebolantes. Ceder um lugar na fila ou um assento no ônibus eram atitudes comuns de extrema generosidade. Mas isso foi há muito tempo atrás...

O que se vê hoje em dia? As pessoas circulam, cada qual com seus botões, não se olham, não se tocam. Cada ser, um mundo em particular. As parafernálias eletrônicas (nem sei se podem mais ser assim chamadas, já que tornaram-se mimos tão delicados e quase imperceptíveis!), como celulares, Mps e Ipods, ajudam as pessoas a não se sentirem tão sozinhas e trazem também um pouco de cor e brilho às almas mais infelizes. É tão custoso assim dar um bom dia para o colega que também segue para o trabalho? É tão difícil e árduo assim dar um sorriso?

Homem gentil é algo mais raro ainda, - mesmo porque chama-se cavalheiro, adjetivo que provém de cavalheirismo, palavra tão velha quanto o rascunho da bíblia, segundo alguns. Mas não posso reclamar: tenho em casa um desses espécimes quase extintos. Sim, meu marido é cavalheiro. Sempre foi e apesar do nosso sufoco cotidiano (casa+bebê+contas+trabalho+estudo+queixas+compromissos...) pergunta como foi meu dia, se preciso de alguma coisa, abre a porta do carro, diz bom dia, boa tarde, boa noite, me liga, entende que trabalho tanto quanto ele e está sempre presente com relação à nossa filha, senta-se na mesa para as refeições e tantas outras coisas que fazem com que eu o admire cada vez mais!

Observo ainda que muitas vezes as pessoas param uma conversa, um bate papo gostoso mesmo, para atenderem uma ligação ou lerem uma mensagem. É claro que há situações em que isso é imprescindível e até agradecemos à tecnologia por isso. Mas será que ler uma mensagem de horóscopo é urgente?! Deixar para retornar uma ligação mais tarde pode ser um ato de extremo cuidado e gentileza com aquele amigo que está ao vivo e a cores em sua frente, esperando para te dar um abraço e não um oi virtual.

Em sala de aula, não posso deixar de falar, tem me dado aflição a insistência de certos alunos com relação ao uso de celulares e companhia. Não é nem mais uma questão de gentileza, é uma questão de boa educação. Alguns parecem andróides, zumbis. Estão de corpo presente, mas a mente está longe, desligada do mundo, ligada em outras coisas. Tenho pensado em dar umas cambalhotas em sala de aula, quem sabe ?!

Por outro lado, algo que eu observo com uma gravidade tão grande quanto a falta de gentileza é o fato das pessoas não saberem receber atitudes de gentileza de alguns poucos. Olham com desconfiança, acham que em algum momento o outro vai querer tirar uma vantagenzinha, um proveito, afinal, “ Por que está me dando o lugar para sentar?! Ah, já sei, tá querendo aparecer para os outros passageiros, não é?!”

É necessário baixar a guarda e aceitar de bom grado a oferta do outro. Apesar de raras, há pessoas gentis e delicadas que ainda não foram contaminadas pelo stress e o corre-corre do dia a dia. Essas atitudes têm que ser valorizadas, pois como diz minha mãe, no auge de seus sessenta anos de experiência, prática docente e sabedoria: “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”.


Vanessa considera-se uma pessoa gentil, mas sabe que pode ser mais. Um gesto afetuoso, atitudes de carinho, tornam menos árduas as tarefas rotineiras e mais colorido o dia a dia!

Ah, aproveita para agradecer à equipe do programa FEMININA da TV ALTEROSA, especialmente à repórter ALINE, pela simpatia e carinho durante a entrevista realizada com as DREPENTE 30: LAETICIA, SÍLVIA, ANGÉLICA, TÂNIA e “YO”! Valeu mesmo! Um abraço!



sábado, 20 de outubro de 2007

Parodiando Drummond

"Um aluno cabeludo,
desses que vivem pulando muros,
me disse: “ Vai, professora,
vai vê se eu tô na esquina..."


Eu fui. Vou sempre, pra falar a verdade. Já disse aqui que educador é aquele que acredita no ser humano, mesmo quando ele não acredita mais em si mesmo. Os alunos que recebemos hoje não são mais os de antigamente. Muitas vezes eles vêm para a escola buscando tudo, menos conhecimento. O professor acumula várias funções, como a de psicólogo, médico, enfermeiro, motorista de ambulância, além da sua própria função de educador.

As escolas também passaram a ser espaços de multiuso, o conselho tutelar, inclusive, sempre nos faz umas visitinhas, mas infelizmente a comunidade escolar, principalmente a fatia onde se lê “pais de alunos”, não é comprometida.

Penso que seria tão bom e tão mais proveitoso se pudéssemos trabalhar juntos. Seria tão melhor para os alunos, que certamente sentiriam-se amparados por dois pilares importantíssimos em sua formação: família e educação.

Recordo-me de situações ímpares (?), como a de um pai que falou que se o seu filho de 5ª série não me obedecesse que eu tinha a sua permissão para lhe dar umas boas bofetadas. Além disso disse também ameaçou o filho na minha frente com uma marreta que estava carregando. Eu chamei a atenção do pai, obviamente, mas ele disse que estava educando seu filho. Educando...

Um aluno cabeludíssimo, também de uma 5ª série, teve os pais chamados pela supervisão. Vieram o menino chorando, a mãe chorando e o pai bêbado. No dia seguinte o menino não apareceu. Dias depois ele chegou e me mostrou as costas marcadas por correiadas que ele ganhou do pai. O pai foi também chamado e ele argumentou que se a escola não estava dando conta do menino que então deixássemos ele educar o filho do jeito dele. Educar...

Há inúmeros exemplos que poderiam ser tecidos aqui. Eu estou pedindo socorro , enquanto educadora. Os pais não entendem, o governo não comparece, os alunos se perdem... mas eu vou sempre atrás.


Ah, o que eu posso dizer? Vanessa é brasileira e não desiste nunca!!!





sábado, 13 de outubro de 2007

Ao mestre, com carinho

O dia do professor se aproxima. Todos nós tivemos vários professores em nossas vidas, de alguns lembramos com extremo carinho, de outros, nem tanto. Há professores que são professores, cumprem o seu papel dando o conteúdo, corrigindo as atividades e aplicando avaliações. Há professores que são verdadeiros mestres. Esses fazem a total diferença.

Professores mestres passam pelas nossas vidas, mas deixam um pouco de si. São aqueles que nos deixam extasiados em suas aulas; preocupam-se com o fato de termos compreendido ou não as explicações dadas, querem e aceitam opiniões dos alunos, discutem, questionam, criam um espaço para o conhecimento existir e não apenas para ser transmitido.

Tive mestres em minha vida, em cada etapa escolar. Lembro-me da “tia” Nazareth, que um dia escreveu em um texto que eu havia produzido: “Uma pequena grande escritora”. Aquilo foi muito legal porque eu queria sempre escrever mais e melhor e esse elogio verdadeiro me incentivou. Eu tinha 9 anos!

Quando eu estava na 6ª série, a professora de Ciência fazia toda a diferença. Muito carinhosa, a professora Rosane estimulava cada um dos alunos a gostarem do conteúdo, a terem um interesse especial por Ciências.

Fiz ensino médio técnico – magistério - e foi com Giannetti, professora de práticas de ensino, que eu aprendi a seriedade da minha profissão, que eu sigo até hoje. Ela não era carinhosa, era bastante séria e tinha uma postura de sala de aula que eu jamais vi igual. Ela me deu disciplina e me puxou a orelha várias vezes. É claro que eu não gostava, mas nunca deixei de reconhecer que eu precisava.

Na faculdade lembro com especial carinho da Vera Casanova, doutora em Literatura Brasileira e Poeta. Ela nunca dava provas, tratava o plano de curso semestral como um aliado em sala de aula e não simplesmente como algo que devesse cumprir obrigatoriamente. Cada assunto era dado de maneira criativa, fazíamos leituras dramatizadas e ríamos, ríamos muito! Estar com a Vera, além de um passaporte garantido para o conhecimento, era também a certeza de estar com alguém que gosta do que faz. É disso que se constitui um mestre: de amor pelo que se propõe a fazer.


Vanessa é educadora. Não sabe se já fez alguma diferença na vida de alguém, mas procura, da melhor maneira possível, seguir exemplos bons de mestres que passaram em sua vida. Dedica esse texto à sua mãe, também educadora, também mestre.

sábado, 6 de outubro de 2007

Faz do leite uma alegria!

Lembro como se fosse hoje. A mãe chegava do supermercado com um pacote de compras (não aparecia seu rosto) e duas crianças, um menino e uma menina, surgiam correndo na cozinha. Ela, a mãe, abria lentamente o pacote pardo (vocês se lembram?), enquanto as crianças não se agüentavam de tão ansiosas. Do pacote saía uma lata com o rótulo colorido. A mãe também abria a lata com a mesma lentidão que havia aberto o pacote. As crianças acotovelavam-se. Enfim, lata aberta, um coelhinho de desenho animado misturava-se a pessoas reais. Uma musiquinha de fundo dava intensidade à cena e ao slogan que eu ouviria ainda muito pela minha vida afora: “Quick, faz do leite uma alegria!” Era uma propaganda.

Essa imagem me marcou de alguma forma. Não por querer experimentar o produto, mas por causa do coelhinho. Eu tinha uns quatro ou cinco anos e tudo o que uma criança dessa idade pode querer é um coelho que sai da lata ou qualquer uma dessas outras coisinhas fáceis de conseguir! Engraçado como a propaganda tem realmente o poder de incitar a imaginação, de despertar o desejo. Abri o berreiro e minha mãe prometeu comprar o produto na próxima lista. Claro que com recomendações bem didáticas, do tipo: “Vou comprar, mas não quero desperdício”; “Se eu fizer e você não tomar...”; “Vai ter que tomar tudo, se não apanha!”.

Percebi que a minha irmã também queria o coelhinho da lata e passamos a contar juntas os dias para as próximas compras do mês. Chegado o dia, compras na mesa, a lata! Minha mãe, sem saber, aumentava ainda mais a nossa ansiedade. A mesma lentidão da mulher sem rosto da propaganda minha mãe imitava, propositadamente ou não. “Abre, abre, abre”, pedíamos.

Minha mãe pegou a lata, tirou a tampa e....nada! Nos acotovelávamos também, como as crianças da propaganda, e a decepção foi geral. “Ah, tem um lacre!” “Deve ser para o coelhinho não fugir!”

Tirado o lacre...nada! “Será que ele está escondido?” “Eta coelhinho danado!” Pensamos em sacudir a lata para acordar o nosso mais novo nunca amiguinho, mas minha mãe já veio com um copão de leite e uma colher para tirar a medida de pó e preparar a bebida. Eu e Valéria, minha irmã, ficamos com medo da minha mãe machucá-lo e pedimos para nós mesmas tirarmos a quantidade de pó e jogar no leite. Ela permitiu nos supervisionado. Valéria tomou tudo. Eu não gostei, mas fui tomando meio a contragosto. “Talvez ele não queira aparecer para adultos! Lembra que a mulher da propaganda não tinha rosto?” Sem minha mãe saber, eu e minha irmã tiramos todo o pó da lata e jogamos na mesa. “Ele tem que estar em algum lugar! “É mesmo, na propaganda mostrou que vem.” Chegamos à mesma conclusão e fomos atrás da minha mãe:

- Mãe, tem que trocar a lata. O coelhinho não veio!


Vanessa hoje já sabe que não encontramos coelhos em latas, talvez em cartolas. Sabe também que se hoje é uma mulher feliz é porque um dia foi uma menina maluquinha. Ah, dedica esse texto a Paspatinha, cor de arco-íris e a Malu, não menos colorida!



sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Isso aqui é assunto SAFADO!

Não, não vamos falar de homens. Tampouco falaremos de sexo, já deixo avisado aos mais afoitos. O assunto safado aqui é outro: POLÍTICA!

É claro que eu não vou tecer um ensaio sobre o tema. Quero, antes de tudo e qualquer coisa, deixar aqui o meu registro de indignação e repúdio com relação ao que vem acontecendo com o nosso dinheiro. É mensalão, é mensalinho, é pensão alimentícia, é jatinho...é dinheiro público e dinheiro público é nosso!

De quantas coisas a sua cidade, o seu bairro precisam? De muitas, com certeza! Sempre há melhorias a serem feitas. No entanto, tais melhorias podem vir a ser feitas no último minuto do segundo tempo, próximo das campanhas políticas, porque sabemos ser muito mais interessante para os nossos governantes e representantes.

Representantes do povo. Nossos deputados e senadores têm cumprido o seu papel? Têm realmente nos representado ou vivem olhando para o próprio umbigo? É necessário responder?

Na época do impeachment do então presidente Collor era bonito ver as pessoas protestando e lutando por seus direitos. Eu não fui às ruas, mas fui um pouco cara-pintada. Sabia o que estava acontecendo, me interessava por política, discorria sobre o assunto com naturalidade. Tinha a ilusão de que aquilo seria um divisor de águas na história política brasileira. Eu era adolescente e sentia que podia mudar o mundo! Eu já não acreditava em Papai Noel, pelo menos.

Lula assumir o poder executivo no Brasil representou o sonho de milhões. Era bonito ver alguém que veio do povo dizer que governaria para o povo, com o povo. Um discurso romântico, com certeza. Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Eu acreditei, e até acho que Lula tem feito algumas coisas interessantes, mas como muitas vezes errado é quem te apóia...

Impostos. Agora que sou casada e tenho que pegar o boi pelo chifre que eu vejo como é caro viver, manter uma casa, carro. Ainda tem a danada da CPMF que é, na minha opinião, um dos impostos mais safados que já criaram. Digo isso porque é um dinheiro que geralmente não sentimos que estamos pagando. Às vezes centavos são descontados e nunca fazemos conta, mas no final é um valor significativo. E o governo, que quando anunciou a CPMF disse ser tal imposto provisório, acostumou-se a ele. Tanto é que essa semana os nossos representantes têm estado às voltas com a votação da permanência da CPMF. Há crimes perfeitos! Obrigada, FHC! Obrigada, Lula! É bonito ver...


Vanessa, brasileira, natural de Nova Lima, procura pagar suas contas em dia. Vai ao banco e pega fila caso seja necessário, mas não se lembra de ter autorizado o pagamento de seus impostos via débito automático.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

“SUPER” notícia

Daria em todas as bancas de jornal, inclusive naquele jornalzinho sensacionalista que tem por aqui, na grande BH: aluna mata professora na porta da escola. Seria algo que causaria um abalo geral, principalmente na classe em questão, mas logo passaria. Sempre passa.

Talvez o Fantástico noticiasse, como noticiou índios queimados vivos, ônibus também incendiados, domésticas e aposentados apanhando de marginal de classe média. Talvez isso agregasse um certo glamour à cena dantesca, nada fantástica; talvez fosse uma morte célebre, talvez rendesse apenas piadinhas do tipo: “Cê viu só?! A professora não deu dez, acabou dezmaiada!!!” Mas não teve graça.

Triste. Foi assim que me senti esta semana, após anos de atuação no magistério. Uma aluna ameaçou me “pegar” e disse isso assim, na lata, em linguagem de todo dia e toda hora, com todas as letras, sem tirar nem pôr, na frente de outros tantos alunos. Fiquei com medo. Ela não podia ter feito o que fez, mesmo porque, mais que professora, sou , ou pelo menos procuro ser, EDUCADORA. Quem estava matando aulas no banheiro para fumar era ela, saindo de casa uniformizada e deixando de entrar na escola era ela, ficando infreqüente nas disciplinas era ela, levando alunas menores de idade a fazerem o mesmo, era ela.

Bom, ao fazer um levantamento da freqüência dos alunos, fiz uma lista com os nomes dos faltosos e pedi para que um contato com os pais fosse feito. Muitos alunos haviam evadido, mas alguns pais descobriram, horrorizados, que seus filhos fingiam que vinham para a escola e ficavam na rua. Isso é muito sério e a escola tem uma parcela muito grande de responsabilidade nesse assunto. Achei que era a minha obrigação, o meu dever avisar os pais e foi o que eu fiz. Claro que vários alunos ficaram sabendo que a escola ligou porque eu alertei a direção. Claro que eu fiquei exposta e alarmada. Não era uma operação policial, mas o público noturno é complexo, desconfiado, vive na defensiva. Enfim, a notícia, através da rádio peão, chegou aos ouvidos da líder, que me falou o que vocês já sabem.

E doeu ouvir o que eu ouvi, mesmo sabendo que a razão me acompanhava de braços dados. Doeu porque foi uma falta de respeito comigo enquanto ser humano. Fiquei desassossegada, inquieta. Alguém me ameaçou e não parecia estar brincando. Justo eu que sempre procurei ter uma relação bacana com os meus alunos. Muito triste. Essa menina precisa saber, que a única pessoinha no mundo que tem o direito de me tirar as noites de sono, e olha que isso quase nunca acontece, é a minha paspatinha. Só ela, mais ninguém...

Uma mãe me agradeceu muito, com lágrimas nos olhos. A filha voltará a freqüentar as aulas e será acompanhada de perto pelo vice-diretor da escola. Outras voltaram, ainda que de cara fechada, mas a líder ainda não apareceu. Também não mandou recados e eu não a tenho visto. Estou tomando certas precauções e isso inclui marido levando e buscando no trabalho. Não inclui fluoxetina.


Vanessa é educadora e ama incondicionalmente o que faz. Sabe que é preciso acreditar no ser humano, mesmo quando ele não acredita mais em si mesmo. Está triste, mas isso passa, que nem piada sem graça!



sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Mulheres por volta e às voltas com seus trinta anos

Gente, tá super na moda hoje em dia fazer festa de 30 anos. Eu já tô planejando a minha com direito, inclusive, a um bolo enorme e velinhas 2 x15 (é que pra bom entendedor meia palavra basta!). Imagino muita farra e muito riso porque, vou ser sincera, ficar mais velha ninguém merece, mas é uma boa desculpa para juntar família e amigos e fazer aquela festa! Número redondinho, então!

30 anos. Não vou mentir: me assusta um pouco. Falei que não ia mentir... ME ASSUSTA MUITO! Acho que porque se espera que uma mulher de trinta chegue aos trinta resolvida, aliás, muito bem resolvida, nos quesitos pré-determinados pela sociedade. Estou falando daquele kit básico: casamento + superior completo + filhos + casa própria + carro na garagem... tudo aquilo que sintetiza um vida tranqüila, estável, feliz e que nossas famílias (pai, mãe, vô, vó, tios, tias, pato, marreco...) nos desejam.

O que muita gente não percebe é que hoje em dia as coisas não acontecem mais nesse ritmo. Mulher de 30 dos anos 2000 é totalmente diferente da mulher de 30 de anos atrás.

É claro que certos anseios, desejos, medos, expectativas são os mesmos, mas as atitudes são diferentes. A mulher da atualidade é mais ativa, corre atrás de seus sonhos e tem mais possibilidade de concretizá-los. Vale dizer que possui seus próprios sonhos, que podem se aproximar ou não do que a sociedade espera. É tudo uma questão de escolha!

E há ainda escolhas que sequer dependem da gente! Quantas não queriam Gianechini!?

Quantos relacionamentos não terminam na porta da igreja?! Quantas MBAs não estão desempregadas? Calma, gente, é tudo mulher bem resolvida!!! Não tem essa de que mulher de 30, sem casar, fica pro caritó não. Mulher de 30, hoje, é mulher analisada, passada a limpo. É MULHER, no sentido mais completo da palavra!

Eu estou por volta e às voltas com os meus trintas anos e sou uma pessoa feliz. Há coisas no kit que me pertencem, há coisas que não me pertencem ainda, há coisas que quero e não encontro lá e há coisas que estão lá e que não quero. Gosto da minha vida e não acho um clichê dizer que gosto dela do jeito que é. Não é um comercial de margarina Qually (estou ainda uns quilinhos acima do peso, tenho contas para pagar e trabalho aos sábados!), mas são caminhos escolhidos por mim, ou que me escolheram. Mas eu gostei e fiquei!


Vanessa é uma mulher de quase 30 que não usa RENEW nem CHRONOS, mas nunca esquece o FILTRO SOLAR. Com relação à festa de 2 x 15, nada de fitas e filós! Promete apenas dançar “macarena” com as amigas, como na formatura do ensino médio!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...