Todo mundo já passou por essa situação, algumas vezes na infância e adolescência: ao voltar às aulas, a professora mandava fazer uma redação com o tema “Minhas Férias”. Era horrível! Muitos alunos mal saiam de suas casas para a casa da avó como passeio, pois era escola pública, e muitas famílias não tinham dinheiro para passear, viajar, fazer algo diferente que valesse ser escrito numa redação. Era até constrangedor em alguns casos ter que escrever a dita redação.
Pois é, mesmo assim, resolvi escrever a minha, com algumas décadas de atraso. Mas é que, depois dos trinta, a gente se acostuma com episódios que só acontecem em viagens de férias, e que são comuns a todos que costumam viajar em excursões.
Pois bem, eu gosto muito de viajar por excursão, pois são viagens mais baratas, e a gente acaba aproveitando mais o lugar, e conhecendo mais gente. O entrosamento já começa no ônibus, e já fiz amizades assim. Entretanto, o mais engraçado é a quantidade de ciladas nas quais a gente cai, justamente por ser excursão.
Nessas férias, fui para Araxá em excursão, e a viagem foi muito boa mesmo. Aproveitei bastante, conheci museus, fiz visita com guia ao Grande Hotel de Araxá, que é maravilhoso!
Mas as ciladas não podiam faltar. Logo no início da viagem, o guia colocou um filme no ônibus: “Vovó Zona II”. A explicação era por haver crianças na viagem. Mas poderia ser um desenha animado, ou outro filme infantil. Francamente, “Vovó Zona”, e ainda por cima o 2?! É demais. Nem Bruno Mazzeo pensou nessa para seu programa de televisão “Cilada”.
Após o filme, o guia de turismo começou a explicar sobre a excursão, sobre a história e a geografia de Araxá, sobre as normas de hospedagem, entre outras coisas. Entretanto, essas explicações demoraram mais de 80 minutos! Eu parei de prestar atenção depois dos dez primeiros minutos. Estou de férias, não quero ouvir demais, só colocar o fone de ouvido e escutar as músicas que coloquei no meu aparelho de mp3 para descansar a cabeça. Resultado, perdi informações importantes sobre a excursão, que poderiam ser dadas de forma mais abreviada, sucinta, para não ficarem enfadonhas como ficaram.
Aí, para não ficar só nisso, começaram os passeios por museus, comércio, Grande Hotel, etc. Como criança em excursão não fica parada nem no ônibus, a cada passeio, eu levava tapas na cabeça e pontapés nas costas, pois os anjinhos que sentavam no banco atrás do meu, ficavam dependurados, com mãos e braços nas poltronas, e chutando-as, para meu desespero. É claro que os pais não falavam nada. Educação hoje é uma palavra que está em desuso.
Não podia deixar de fechar minha redação de férias com chave de ouro, e a cilada das ciladas. No retorno da viagem, meu celular, que estava no bolso, escorregou e caiu debaixo da poltrona. Era noite, e tive que sair, engatinhando, procurando o celular, que eu julguei ter ido direto para o chão. Tentaram me ajudar a encontrá-lo, e então telefonaram para meu número, para que eu pudesse ouvir de onde o toque vinha, e achá-lo. O toque do meu celular é baixo, e custei a ouvir. Aí percebi que o som vinha de dentro da minha poltrona. Eu tentei, tentei, até conseguir resgatá-lo de dentro da poltrona. Fiquei com a cara enorme de vergonha. E assim terminou minha viagem de férias.
Tania continua gostando de excursões, mesmo com as ciladas!
2 comentários:
HAHAHAHA, mas olha, são as ciladas que fazem a gente ter o que contar !
Beijos !
NOSSA MUITO LEGALL... MAS ÉH ENGRAÇADO DE MAIS ... AHSUAHAUS
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