Daqueles dias que até o carro que você não tem bate.
Sua vontade foi para o espaço e você fica querendo achar o melhor caminho para evaporar atrás do que realmente deseja.
Uma hora passa...e a TV te assiste, a casa está no lugar, ainda nada caiu por aqui...embora você sinta esta onda gigante!
Falta de tempo, sensação de solidão no meio à tantos, todos tontos por tão pouco tempo para os encontros consigo mesmo.
Saudade do sorriso, da leveza, da alegria que me invadia a cara sem o menor porque...saudade de encontrar de novo comigo!
É preciso gastar logo a grana, divertir-se rápido, comprar a roupa que vai ficar jogada dias em um canto qualquer, buscar valor a qualquer custo para fazer voltar a graça, beber a bebida mais gelada ou mais quente que estiver no comercial mais legal, sorrir alto, visitar os lugares mais badalados mesmo sem ter ido de fato lá... Não importa, teremos fotos no Orkut, e nos álbuns de retrato eletrônicos todos os encontros ficam tão lindos, pessoas que passam por perto são todos amigos de tanto tempo... E o planeta é qual mesmo?
Não sei porque ficar sem os pés no chão... Talvez seja a melhor maneira de se sentir vivo.
Quanto vale um tanto de silêncio? De barulho de chuva boa caindo devagar sem assustar o sono? Tem, mais acabou!
Tempo árido.
Hora de achar o caminho de volta.
Juliana escreve esporadicamente
2 comentários:
Ai Ju tô mais ou menos assim.. Precisamos tomar a nossa cerveja, urgente!
Beijos com saudade de conversar com vc.
Silvia.
Profundo, alto, lindo. Palavras que já expressam o encontro, o sentido, a voz de si mesma.
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