“Sonhar é acordar-se para dentro...” Mário Quintana
Sonhar, almejar, desejar. Sobretudo, querer. Sonhos pra uma vida toda. Sonhos para hoje. Sonhos para guardar para o futuro.
Quantos sonhos se tem em uma vida? Em um ano? Em um dia?
Quantos sonhos ficam para trás?
Quantos sonhos ficam esquecidos e empoeirados, esperando uma oportunidade para voltar a provocar? A coçar?
Sonhos de criança, com doces, viagens de balão e tapete voador, muita música, riso, amigos, cores, cheiro de tuti-fruti, nuvens fofas e muito brilho.
Sonhos adolescentes, hora tão egoístas, hora tão humanitários. Hora querendo mudar a si, hora querendo mudar o mundo. Hora tão irrealizáveis, devaneios, utopias, hora tão concretos, tão próximos. Mudando a todo instante, mas sempre fortes e intensos, como a própria adolescência.
Dessa época, o sonho de que tenho a lembrança mais forte é, com certeza, o de mudar o mundo. Achava que todos sabiam o que era o certo a fazer (afinal, me parecia tão óbvio) e era muito simples: cada um faz o que é certo. Aos poucos fui percebendo que a coisa é um pouco mais complicada. Valores, pontos de vista, enigmas éticos, mentiras... foram surgindo e se multiplicando.
Não me decepcionei de todo com a humanidade e sei que sou professora e bióloga porque ainda quero mudar o mundo. Não todo de uma vez. Não consertá-lo, porque o certo é subjetivo. Mas quero ainda que todos tenham acesso ao máximo de conhecimento, para poderem fazer suas próprias escolhas. Quero ainda que todos saibam que têm direitos. Quero ainda fazer a diferença na vida das pessoas. E quero que elas façam a diferença na minha vida. E quero ainda ter esperanças na humanidade. E quero ainda sonhar e que as próximas gerações sonhem. E realizem.
Renata teve dias nostálgicos a respeito de seus sonhos. E você, lembra-se do que costumava sonhar? Realizou seus sonhos?
2 comentários:
Oi Renata! Adorei seu texto. Também estou numa madrugada nostalgica.
Diz a música que "sonhos não envelhecem", mas os meus sofreram uma grande metamorfose.
Também queria mudar o mundo, mas é frustrante. Me contento tentando fazer diferença na vida das pessoas que posso ajudar.
Bjs,
Dani
Renata,
Seu texto vai ser bem familiar à muita gente. É para mim. Eu acreditava nas mesmas coisas quando adolescente. E, mesmo sabendo hoje que o certo é subjetivo, acho que era melhor quando eu acreditava que podia mudar o mundo. Mas ainda acredito em sonhos, e vou me adaptando, realizando alguns, vivendo outros, abrindo mão de outros...
Beijos,
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