segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Encontros Seguintes

Se pelo pó ou pela sombra ou inchaço por outros motivos, seus olhos não se abriam completamente. Os primeiros dias, usualmente, são sempre os melhores, quando não se sabe ao certo por onde anda, ou onde se pisa, pois pequenos detalhes não foram ainda anunciados, tornando difícil se dizer aonde está. Se sentia eufórica, trêmula – resumidamente – feliz. O soube sempre, que seria, assim. De quando em quando seus olhos se encontravam, pouco era-se dito, mas tudo parecia pontualmene esclarecido; ambos tinham um acordo silencioso, sentiam o mesmo. Quando do primeiro encontro, ela tão pouco se lembrava, mas outros foram suficientes para retomarem suas estória, e inadiavelmente, assim como a chegada a partida súbita tambem o seria. Aquele ao seu lado nada falava e em concordância ela nada perguntava. Assim ela previa o futuro próximo. Como migalhas adormecidas ela acordou num desses dias. 

 

Aos atores dessa estória, trágico-comicâ, por me fazerem sentir mais e explicar menos, por me fazerem mais, do que menos.

Um comentário:

Paulo Achiles disse...

Hum, isso me lembra o trecho de uma música antiga e que eu gosto muito, a tradução é mais ou menos assim: "Estranhos passeando pela rua. Acidentalmente dois olhares se encontram. Eu sou você e o que vejo sou eu".

Embora não seja a mesma peça nem os mesmos autores se assemelham um pouco (eu acho...).

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