sábado, 22 de novembro de 2008

Vida

Quando se vive, deve-se atentar para evitar que a vida passe por nós, atropelando.
Se vive ao respirar, ao trabalhar, ao caminhar. Mas quantas vezes passam as horas, passa o dia, passa o tempo e a gente nem percebe! Quem permite isso não é a vida corrida demais, nem o tempo que encurta micromilissegundos de tanto em tanto tempo, somos nós mesmos! Sou eu mesma, que às vezes cometo o sacrilégio de torcer para que o tempo voe, passe correndo.
Quando deito, à noite, e penso no que aconteceu durante o dia, muitas vezes percebo que não aproveitei, não vivi com consciência as pequenas e as grandes coisas, os bons e os maus momentos. Parece muito com quando cochilo em partes de um filme, tento lembrar o que aconteceu entre uma parte e outra, mas eu não consigo.
Venho procurando estar presente quando respiro, quando escuto alguém, quando como, quando me espreguiço, quando estou sozinha, quando estou acompanhada. Quando sinto prazer e quando sinto dor. Quando rio e quando choro.
Não tiro o valor de, em alguns momentos, desligar o cérebro e pensar em nada... Algo como dar uma limpada no pensamento.
Mas acredito que se aproveita muito mais da vida quando se está nela, de corpo, alma e mente.

Renata está vivendo. E gostando muito.

Um comentário:

Gisele Lins disse...

Puxa, Rê, que texto lindo!
Foi um tapa de luva na minha reclamação mais recorrente.
Um beijão e ótimos tempos pra ti, guria!

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