terça-feira, 11 de novembro de 2008

Torpor

Há dois meses, postei um texto sobre minha ansiedade na espera pelo mês de dezembro. Eis que já consigo avistá-lo. Até bem perto de mim. Isso é bom, sim, é bom! 

Na verdade, a evidência mais importante da proximidade de dezembro não foi exatamente a chegada de novembro, foi o meu estado de torpor. O que antes era só ansiedade (uma baita ansiedade), hoje é uma situação real de sono incontrolável e raciocínio lento (principalmente na semana que passou em que minhas sagradas 5h de sono diárias foram comprometidas seriamente). 

Não preciso dizer pra ninguém que estou cansada, que é o fim da linha. Está nos meus olhos. Na semana passada tive, várias vezes, a sensação de que os meus olhos fechariam sem que eu percebesse, em um momento impróprio. Para escrever esse texto, no domingo, tive de dormir durante uma hora (por volta das 18h) para viabilizar o raciocínio. 

Tive um grande receio no domingo. Foi o dia da sessão de fotos para o convite de formatura. Durante toda semana, olhei-me no espelho e pensei: vou ficar uma múmia nas fotos, afinal estou entorpecida, abobada. Mas não havia o que fazer. Dormir, não daria. Havia outras coisas a fazer... E maquiagem não aparecia, para mim, como solução. Nem o torpor me faria ceder ao blush, sombra, hímel e etc. Um batonzinho foi o suficiente. Porém, surpreendi-me. Não fiquei horrível. Fiquei bonitinha, é sério! E foi divertido ver aquele monte de mulher se debatendo entre maquiagens e cabelos lisinhos, pra garantir o click perfeito. 

A proximidade do fim da faculdade me remete à primeira formatura, em que me senti um peixe fora d’água na colação de grau. Acho que não será diferente dessa vez. Talvez essa sensação seja uma das únicas que não mudou. Aquele tantão de gente me olhando me assustou e me assusta até hoje. 

O silêncio ainda é a opção perfeita para livrar-me e livrar todos a meu redor das conseqüências do torpor. Afinal, com raciocínio lento, não consigo triar palavras, nem direcionar a palavra x para o receptor x. A palavra x pode, facilmente, ser dita ao receptor a. Aí, danou-se! O silêncio, ah, o silêncio, tem-se revelado grande amigo. 

 Ainda quero colo, doces, carinho e uma noite de sonho sem hora pra acordar. 

Angel está entorpecida, porém com a sensação de que a bonança está próxima. Pretende comparecer a esse encontro todas as terças, mesmo com o torpor em grau elevado.  

2 comentários:

Gisele Lins disse...

Puxa vida que legal que este momento está se aproximando! Aproveite muito o torpor, mesmo que ele seja horrendo, porque é pos causa dele que o segundo após a colação é tão, tão maravilhoso!
Um grande abraço e muita luz para os caminhos que (re)começam!

Jacky - Simples assim!!! disse...

Dezembro p/ mim é sempre um mês de
reflexão, fico pensando no que fiz ao longo do ano, o que não fiz, e me praparando p/ fazer uma listinha das coisas q pretendo fazer neste próximo ano q se inicia...Muitas coisa não sairam como planejado, mas ainda dá tempo de rever algumas coisas...
Dezembro... ele tá chegando...

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