segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Por onde eu ando?

Às vezes me sinto uma estranha no ninho...
Literalmente ilhada num mar que desconheço
Por vezes, muitas vezes, infelizmente, cheio de alienação
Não consigo entender como as pessoas não se incomodam
Como acham que tudo é natural, que nada se pode fazer para mudar esta dura realidade

Será que é melhor assim?
Será que eu seria mais feliz assim?

Não, não mesmo. Melhor sofrer sozinha, ou com poucos,
e ter este algo a mais que me move pra frente
Não dá mais para voltar para trás.
Querer o diferente, implica ser diferente...
Eta, como é difícil esta tal transformação social
Temos muito a caminhar...


Compartilho com vocês a letra de uma música linda, de melodia marcante, já serviu várias vezes para pulsar meus vacilos e reerguer meus ideais:


Só Peço a Deus

(Dan Torres)

Eu só peço a Deus que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu devia

Eu só peço a Deus que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucado brutalmente

Eu só peço a Deus que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda a pobre inocência dessa gente

Eu só peço a Deus que a mentira não me seja indiferente
Se um traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganado
Pra viver uma cultura diferente

Solo le pido a diós que la guerra não me sea indiferente
Es um monstro grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente


Marília, espera nunca ser indiferente à dor, à miséria, ao analfabetismo, às cercas, à exploração, à fome... e não morrer solitária sem ter feito o que devia...



4 comentários:

Sisa disse...

Oi Marilia,

É tanta coisa acontecendo (ou não acontecendo) que muitas vezes a gente nem percebe que vai sendo anestesiado... Mas como a Carla já escreveu num texto pra trás sobre pedras na água, eu acredito que a gente fazendo uma coisa boa aqui que isso se espalha e acaba fazendo alguma diferença. Beijos!

Paula disse...

Eu estou me sentindo exatamente assim, uma estranha fora do ninho, por conta de uma matéria que decidi fazer no doutorado. Além de não ter nada a ver comigo, não termina nunca e está tirando todo o meu ânimo.
Mas só quando você se encontra tão perdida assim pode se encontrar depois. Ainda bem!

Angel disse...

Acredito que todos nós podemos fazer uma tantinho para colaborar na melhora da sociedade e do mundo em que vivemos. Temos é que nos acostumar a nos manifestarmos.

Um abraço!

Professora Vanessa disse...

Mensagem MARAVILHOSA!
Um abraço, Marília!
Vanessa.

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