segunda-feira, 6 de abril de 2009

Feixe de luz


O clima estava cada vez melhor, acreditava ela. Somente agora percebia o quanto havia mudado. Não sabia quando aconteceu nem como, ou por que, mas se modificou. Parecia que vivia melhor. A chuva não era mais motivo para reclamações, mas apenas uma sensação de limpeza. Suas ânsias com relação ao trabalho estavam arrefecendo, no tocante ao amor, apaziguadas. Tinha a sensação de que não estava mais numa sala de espera, via e fazia as coisas acontecerem. Anastácia tinha visto a luz da Lua ontem, sem querer, sua janela estava fechada, mas mesmo assim a luz adentrou em seu quarto. Tudo pareceu mais claro. Anastácia percebeu que havia esgotado o passado, não pensaria mais sobre isso, não valia mais a pena, nunca valeu. Caminhava para o futuro e somente nele queria pensar. Anastácia sonhava novamente.

Uma luz singela, inesperada, por vezes nos mostra que algumas sombras nos acompanham, e que na verdade, nós é que as convidamos para ficar. E, que, por vezes devemos dizer adeus.

Um comentário:

Huguinho disse...

Puxa, adorei!!! Preciso me despedir de algumas sombras mesmo.

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