quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Giselismo

Giselismo é um sistema próprio criado sem querer pela Gisele, ao longo de quase trinta anos, para ser seguido por ela mesma. Não se pode dizer que seja, assim, um sistema político, pois apresenta características ditatoriais (da Gisele para a Gisele), mas tal poder é quase nulo para influenciar a vida de terceiros e não apresenta interesses ideológicos bem definidos nem mesmo para a criação sequer de um partido (ainda que de uma só).

Tampouco se pode dizer que seja um sistema religioso, pois no Giselismo, o conceito de Deus é uma mistura de várias crenças alheias. Até que este conceito vem se mantendo relativamente inalterado ao longo do tempo, o que costuma caracterizar um sistema religioso, mas às vezes é tão complexo que a própria seguidora-mor se confunde na hora de explicar a doutrina e não convence a ninguém.

O Giselismo é um sistema seja lá do que for desorganizado. Mentalmente regras são mantidas como metas claras a serem cumpridas, mas na prática, o sistema acaba sendo representado apenas por listas intermináveis e burocráticas de coisas a fazer, que mudam de lugar e prioridade com freqüência e que acabam não sendo cumpridas, mas consomem muito do tempo da única funcionária em prol do sistema, a própria Gisele (parecido com muitos dos sistemas e nações que conhecemos por aí).

O lema do Giselismo é “ou isto ou aquilo”, pois o principal desafio do sistema é promover a feitura de escolhas pela Gisele, ou não. Em trinta anos poucas vezes o sistema de fato teve sucesso em sua meta primordial, pois a Gisele segue sem conseguir fazer escolhas, de qualquer tipo. Quando consegue fazer escolhas importantes Gisele tem o direito de criar um pseudo-feriado nacional. Pseudo porque o Giselismo infelizmente está inserido em uma pátria onde é proibido criar feriados próprios, o que realmente é uma pena.

Economicamente o Giselismo é caracterizado pelo pão-durismo. Não o pão-durismo radical, apenas moderado. Por exemplo, no Giselismo considera-se um absurdo se pagar por um carro zero o dobro do que vale um carro equivalente de sete anos para se ter quase os mesmos recursos que o carro velho, e ainda ter que perder o apego por ele. Porém, acaba-se pagando. Outro exemplo de moderação é que é considerado um absurdo pagar mais de quarenta reais por um sapato, mas não há problema algum em comprar dez pares que se enquadram neste conceito.

As relações internacionais (ou interpessoais) no Giselismo são o que há de mais complexo. Preocupa-se demais com o que os outros pensam. Geralmente por motivos patriarcais, ou seja, o simples fato de querer ver bem quem se ama, achando que abrir mão de pequenas coisas em prol da felicidade de outrem é um esforço extremamente válido. Porém, algumas vezes atitudes confusas surgem deste comportamento, onde uma ânsia por liberdade passa a interpretá-lo como uma forma de repressão (nem sempre estas interpretações estão corretas, mas as facções Tepeêmicas possuem muita influência no Giselismo). As revoluções que daí surgem acabam machucando tanto a seguidora do sistema quanto suas relações. A sorte é que com o tempo geralmente elas são restabelecidas, e geralmente, um pouco mais fortalecidas.

O Giselismo é um sistema ainda jovem, mas por vezes governado por uma alma tão velha, chata e cheia de manias. No entanto, têm-se observado movimentações rebeldes com freqüência cada vez maior. O mundo Giselesco está em estado de alerta, juntamente com a bolsa de valores.

Gisele Lins escreve aqui às quartas-feiras, especificamente nesta com ânsias de abdicar de um sistema tão ditador.

4 comentários:

Lila disse...

Mais pessoas das tuas relacoes deveriam saber sobre o funcionamento do Giselismo pois assim tambem compreenderiam as razoes pelas quais algumas vezes sua seguidora se rebela contra o sistema e resolve mudar o mundo em um segundo.
Eu sigo de certa forma o Giselismo pois o aceito, o compreendo, o amo e mesmo que ele seja questionado por outros, eu o defendo sim pois tenho muita fe na sua filosofia.

Unknown disse...

Hahahaha
Excelentes observações.
Se eu conseguisse fazer um balanço desses na minha vida, acho que não teria mais do que duas linhas!
beijos!
Mi

Renata disse...

É com certo alívio que observei ter estabelecido relações amsitosas e diplomáticas com esta nação, sua lei, imperatriz e seguidora! Ufa!
Viva o intercâmbio!
Beijo!

Anônimo disse...

amei isso! tambem sigo o giselismo hahaha

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